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“Estamos a trabalhar para sermos melhores”
Martín Anselmi antevê “um grande desafio” contra “um adversário muito bom” no Estoril (domingo, 18h00)
Duas semanas e um dia depois da vitória caseira frente ao AFS (2-0), o FC Porto regressa à competição e desloca-se até ao Estádio António Coimbra da Mota para defrontar o Estoril a partir das 18h00 deste domingo (Sport TV1). Na antevisão da 27.ª jornada, Martín Anselmi falou de “um grande desafio num grande cenário” contra “um adversário muito bom” que “em 2025 só perdeu um jogo contra o Sporting”. “Treinámos muito bem esta semana, vive-se um ótimo ambiente, com alegria e vontade de trabalhar, é sempre positivo quando essas coisas acontecem e acho que foi uma grande semana”, revela o técnico argentino decidido a “melhorar em todos os jogos até ao fim da época”.
A boa fase dos canarinhos
“Vamos enfrentar uma equipa que está a fazer um ano 2025 muito bom, que só perdeu um jogo com o Sporting, e que se torna forte em casa, que defende bem esperando o momento certo de saltar à pressão. Quando têm bola também sabem atacar, têm bons jogadores, tiveram o Melhor Médio pelo segundo mês consecutivo, por isso vai ser um grande desafio para nós num grande cenário. Vamos defrontar um adversário muito bom.”
Um projeto de futuro
“Eu sempre senti o apoio do presidente, sempre soube o projeto que queríamos montar juntos e sempre soube que iria ter total apoio de toda a gente no FC Porto. Temos conversas diárias, sabemos o caminho que queremos percorrer, sabemos para onde vamos nos dirigir e sabemos que FC Porto queremos construir. Não queremos só um FC Porto de hoje, queremos um FC Porto de sempre. Não queremos resolver apenas os problemas de hoje. Na Argentina dizemos “pão para hoje, fome para amanhã”, porque vivemos um pouco assim, resolvendo os problemas de hoje sem resolver os de amanhã. Sabemos o caminho que queremos percorrer e para onde nos vamos dirigir. Obviamente percebemos que isso leva tempo e também entendemos que é um processo longo. O presidente manifestá-lo publicamente transmite uma mensagem muito mais forte para todos. Estou muito feliz por representar o FC Porto, estou muito feliz pela forma como toda a gente trabalha aqui, estou muito feliz do quão ambicioso é o que queremos fazer. Isso reafirma tudo o que já sabemos, agora temos de nos preparar para o que resta, temos de nos preparar para o que aí vem e começar a fazer com que se veja tudo o que queremos construir.”
A interrupção competitiva
“Estas semanas foram diferentes porque tivemos muitos jogadores na seleção. Também houve descanso, porque se acumulou muito tempo sem descanso, mas pudemos trabalhar com os jogadores que ficaram cá. Trabalhámos ideias de jogo mesmo não tendo jogo ao fim de semana, pudemos trabalhar com coisas mais específicas, o que fazem no modelo e não o que fazem durante o jogo. E isso sempre é positivo, por isso calhou bem. Também gostaria de competir, porque quando começas a competir e a engrenar é bom para qualquer equipa. Mas acho que a paragem nos ajudou, porque os jogadores que foram à seleção e competiram vieram na melhor forma. Treinámos muito bem esta semana, vive-se um ótimo ambiente, com alegria e vontade de trabalhar, é sempre positivo quando essas coisas acontecem e acho que foi uma grande semana.”
Minutos nas pernas
“Há contextos e contextos. Acho que em alguns casos é bom parar, porque se alguém tem jogadores selecionados ou precisa de trabalhar algumas coisas, estas paragens calham bem. No nosso caso, acho que depois de três semanas longas eu teria preferido competir, mas não é uma coisa determinante. Tentamos aproveitar tudo o que nos vai acontecendo.”
Avançados nas seleções
“Aproveitámos para fazer trabalho defensivo, porque tínhamos a linha quase completa e só faltou o Eustáquio que foi para o Canadá. Aproveitámos para fazer trabalho específico, corrigir posicionamentos nos cruzamentos, como perseguir as diagonais, as diferentes profundidades, as reduções de área de metade do campo, as distâncias entre os intervalos… São coisas que ajudam muito. Dou muita importância à fase defensiva, porque só controla o jogo quem defende bem. Obviamente que depois temos de complementar e gerar oportunidades na baliza contrária, mas trabalho muito a parte defensiva. Digo sempre que não podemos controlar a forma de atacar, porque no final vamos atacar a forma de defender do adversário. Então, quando isso está coordenado e bem trabalhado funciona como treinado e, geralmente, fazemos um bom jogo a nível defensivo. Depois é futebol, um desporto imprevisível em que acontecem coisas que ninguém controla. Mas, na medida do possível, eu gosto de trabalhar isso e acho que aproveitámos estes dias para poder trabalhar tendo em conta que os nossos três avançados estavam nas seleções.”
As estreias de Namaso e Gül
“Foram importantes porque lhes deram ainda mais experiência. Além disso, acho que vestir a camisola da seleção é o topo da carreira de qualquer jogador. Fiquei muito feliz pelo Namaso, que se estreou pelos Camarões e reencontrou com parte da família. O Samu foi convocado pela Espanha e são poucos os privilegiados que têm essa sorte. O Gül tem um treinador na Turquia que foi um avançado de elite (Vincenzo Montella), um avançado de classe mundial que lhe transmite ensinamentos específicos do posto e recebe conselhos que eu não posso dar. Quando trabalhas com os melhores aprendes sempre coisas novas.”
O estado de espírito de Samu
“Eu vejo-o feliz, basta abrir as redes sociais. Está contente e espero que continue assim até ao final da época. Tem aproveitado o dia a dia, isso é o mais importante e vai ajudá-lo a atingir os seus objetivos profissionais, porque gerir malas emoções não o leva a lado nenhum. Acho que ele está a fazer isso muito bem, vejo-o feliz. Mais do que marcar ou não marcar, que é o que fica para a história, importa o resultado. As pessoas dizem que se um avançado marca então fez um grande jogo e, se não marca, não jogou bem. Reitero: para mim, o último jogo com o AFS, foi o melhor do Samu desde que eu sou treinador do FC Porto. Cada um vê o que quer ver. Obviamente, o avançado quer fazer golos, não é uma novidade, mas assim estará sempre muito perto de fazer golos.”
O regresso de Marcano
“O Iván é um jogador com muita experiência e, ao mesmo tempo, a equipa vai evoluindo cada vez mais. Além de jogarmos contra o Estoril, vamos jogar contra nós mesmos. Temos que ser melhores. A minha essência como treinador é ajudar o jogador a ser melhor e que o jogador me ajude a ser melhor treinador. Gosto de desafios, de bons adversários, de bons treinadores que montam boas equipas e nos obriguem a sermos melhores. Quando há exigência é porque podes melhorar e nós procurarmos ser melhores. Há duas semanas ganhámos ao AFS e ao FC Porto, porque fomos melhores. Temos que tentar melhorar em todos os jogos até ao fim da época, mesmo que as melhorias pareçam impercetíveis. São melhorias de detalhes, detalhes que vamos trabalhando e que podem ser difíceis de ver. Detalhe a detalhe tornamo-nos muito melhores a nível coletivo. Isso é o que nós procuramos e queremos continuar nesse caminho de melhoria, porque o que podemos controlar é isso. Tentar ser melhores