Liga Portugal Betclic 2025/2026

AjpAlmeida

Tribuna
22 Janeiro 2022
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Conquistas
6
41
Porto
  • José Maria Pedroto
  • Bobby Robson
  • Pinto da Costa
  • André Villas-Boas
Crónica de um Glorioso Desencanto
Na Catedral do quase, onde os cânticos se confundem com suspiros, o Benfica entra em campo como quem procura um poema perdido — cheio de rima, mas sem resultado. Zé Rabolhinho, profeta da esperança reciclada, ergue o megafone da fé encarnada, mesmo quando o marcador já grita por misericórdia.
Diz que é estratégia. Diz que é mística. Diz que o adversário teve sorte, vento a favor e um árbitro com formação em teatro. Mas no fundo, todos sabem: o plano tático é uma ode ao improviso, com passes que parecem cartas de amor mal escritas — e cruzamentos que só encontram o vazio existencial da pequena área.
Na bancada, os fiéis rezam ao Santo VAR, enquanto Rabolhinho consulta o oráculo da estatística: “Posse de bola é domínio espiritual”, murmura, como quem transforma derrota em filosofia. E quando a bola não entra, entra o discurso — redondo, como os remates que vão parar ao terceiro anel.
O Glorioso já não encanta. Encanta-se. Com memórias, com vídeos de Eusébio em VHS, com promessas que se repetem como refrões de fado mal cantado. E Zé, sempre Zé, continua a acreditar. Porque no fundo, o Benfica é isso: uma epopeia em capítulos adiados, escrita por poetas que confundem paixão com pontuação.
 

fafe

Tribuna Presidencial
8 Março 2012
8,989
3,899
Ui...ui..quase .vamos galo

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