o gestor da empresa de catering mais famosa do país apareceu hoje refastelado na capa do correio da manhã, um mal nunca vem só, acompanhado por uma interrogação filosófica, que o próprio filosofou, acha que um árbitro se deixa corromper por 300 ou 400 euros? (ou 500?, soma que o jornaleiro director terá achado por bem guardar no interior do diário, não fosse incomodar um algum leitor mais bermelhusco, ou por mero constrangimento de layout
vá, não sejamos gente de má-fé).
Nem de má-fé nem estúpidos. Olhando o senhor com benevolência, podemos admitir que
enfim, realmente, 300 euros por um acto criminoso poderá não ser o melhor dos negócios. Em todo o caso, com borlas duplas e quadruplas semanais, semanas que se estenderam por três épocas
continuaríamos a ser gente de boa-fé, sê-lo-íamos se arbitrássemos, mas éramos capazes de entrar em campo particularmente sorridentes, ou, quem sabe, aquando de uma real pantufada em plena grande área, pensaríamos: epá, estes tipos até são uns porreiros, é uma chatice assinalar isto
Durante anos fomos enxovalhados não antevejo grandes mudanças , tentaram de tudo para prejudicar-nos, e agora
não comento. Oh senhor presidente
francamente, não é? Ponha lá as ideias no sítio, nem parece seu. Nem um
um
uma piquena alusãozita sardónica, uma pontada de veneno? Seria pouquíssimo, é certo, mas nada de nada? Como assim não comenta?
De resto, olhando para o excel das contas 2016/2017
espera-se um ovo de cento e tal milhões. Pobre galinha, terá muito que suar. Como podemos contar, contar desta maneira!, com factores que não controlamos? O caminho para o abismo deve ser este. E se não houver títulos, consegue-se os cem milhões? E se, simplesmente, não houver grande interesse?
pouco percebendo disto, diria que é uma loucura. Bem, mas talvez seja adequado ao modus operandi economicus dos nossos tempos.