Sempre tiveram grandes capas.A última vez que comprei a merda da Bola foi a seguir à final de Dublin, mas acho que amanhã vou reincidir. Grande capa.
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Sempre tiveram grandes capas.A última vez que comprei a merda da Bola foi a seguir à final de Dublin, mas acho que amanhã vou reincidir. Grande capa.
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PArece-me que ele falou na possibilidade de isso ser "decidido pelos sócios".Apesar de muito permatura a morte de Jorge Costa, não quero que a camisola número 2 seja retirada, e digo isto por respeito ao outro grande número 2 que também tivemos. Não sei.
No mínimo dos minímos tenho mix feelings em relacão a isto.
Já que o presidente da assembleia geral falou dessa possibilidade.
Escrito por Luís Osório na sua crónica ao JN.
POSTAL DO DIA
Um elogio ao FC. Porto
1.
Discutir futebol ou política com elevação é infelizmente uma impossibilidade.
Benfiquistas – como eu – não podem elogiar adversários.
Da mesma maneira que alguém não pode expressar opiniões políticas sem ser torpedeado com alarvidades de caserna.
Não interessa, continuarei a tentar.
Nestes tempos de cólera, neste dia em que nos despedimos de Jorge Costa, quero fazer o elogio de um clube verdadeiramente único com uma identidade própria e que faz da união e da solidariedade entre todos o seu modo de vida, a sua força e razão de existir.
O FC. Porto não é apenas um clube, é um modo de expressar o orgulho de uma região tantas vezes esquecida pelos poderes, tantas vezes ostracizada.
Impossível perceber o clube sem nos perdermos nas ruas da Ribeira, na faina dos pescadores de Vila do Conde e da Póvoa (apesar do Rio Ave e do Varzim), nos bairros de gente pobre e trabalhadora, gente habituada ao frio que corta no inverno, frio que magoa a pele, mas que não quebra.
Impossível perceber o clube sem entendermos as lágrimas dos mais velhos com umas tripas feitas à antiga, as portas abertas entre vizinhos, as porradas dos miúdos nos seus jogos de bola na rua, as asneiras transformadas em modo de vida, o poder dos “pintas”, mas também a arte única que têm de oferecer a única camisola que têm no corpo a um estranho que possa ter frio.
2.
Ser do FC. Porto é um ato de resistência.
Vestir aquela camisola é um grito contra as injustiças, contra os poderes que condenam o norte a ser um parente pobre, contra os jornais que oferecem sempre as suas primeiras páginas ao Benfica ou ao Sporting, contra os que não compreendem que a vida custa a ganhar, contra os privilegiados.
Ser do FC. Porto é comer a camisola e fazer o que é preciso para ganhar.
Numa guerra faz-se o que for preciso.
3.
Ser do FC. Porto é respeitar a pronúncia e o Douro, é ter orgulho nas duas margens do rio, é saber respeitar os mortos e a memória.
Jogar no FC. Porto é fazer parte de uma família e contribuir para uma história que torna cada pessoa mais importante do que os títulos que ganha.
4.
É assim que vejo o FC. Porto.
Irrita-me?
Muitas vezes.
Gostaria que o Benfica pudesse ser assim?
Não. Pela simples razão de que a identidade não é um desejo, a identidade de cada clube depende da sua história e do lugar de onde se é.
Benfica e o Sporting têm a sua própria identidade.
Mas não me digam que o FC. Porto não é extraordinário.
Não me digam que não é mais do que um clube.
Não me digam que não é uma bandeira dos que acreditam que não há derrotados por antecipação – na vida ou num campo de futebol – que tudo é possível quando se combate com convicção pelo que se acredita.
Não é, Jorge Costa?
LO
Já a capa do Record… não lembra a ninguém.A última vez que comprei a merda da Bola foi a seguir à final de Dublin, mas acho que amanhã vou reincidir. Grande capa.
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Tal e qual.Escrito por Luís Osório na sua crónica ao JN.
POSTAL DO DIA
Um elogio ao FC. Porto
1.
Discutir futebol ou política com elevação é infelizmente uma impossibilidade.
Benfiquistas – como eu – não podem elogiar adversários.
Da mesma maneira que alguém não pode expressar opiniões políticas sem ser torpedeado com alarvidades de caserna.
Não interessa, continuarei a tentar.
Nestes tempos de cólera, neste dia em que nos despedimos de Jorge Costa, quero fazer o elogio de um clube verdadeiramente único com uma identidade própria e que faz da união e da solidariedade entre todos o seu modo de vida, a sua força e razão de existir.
O FC. Porto não é apenas um clube, é um modo de expressar o orgulho de uma região tantas vezes esquecida pelos poderes, tantas vezes ostracizada.
Impossível perceber o clube sem nos perdermos nas ruas da Ribeira, na faina dos pescadores de Vila do Conde e da Póvoa (apesar do Rio Ave e do Varzim), nos bairros de gente pobre e trabalhadora, gente habituada ao frio que corta no inverno, frio que magoa a pele, mas que não quebra.
Impossível perceber o clube sem entendermos as lágrimas dos mais velhos com umas tripas feitas à antiga, as portas abertas entre vizinhos, as porradas dos miúdos nos seus jogos de bola na rua, as asneiras transformadas em modo de vida, o poder dos “pintas”, mas também a arte única que têm de oferecer a única camisola que têm no corpo a um estranho que possa ter frio.
2.
Ser do FC. Porto é um ato de resistência.
Vestir aquela camisola é um grito contra as injustiças, contra os poderes que condenam o norte a ser um parente pobre, contra os jornais que oferecem sempre as suas primeiras páginas ao Benfica ou ao Sporting, contra os que não compreendem que a vida custa a ganhar, contra os privilegiados.
Ser do FC. Porto é comer a camisola e fazer o que é preciso para ganhar.
Numa guerra faz-se o que for preciso.
3.
Ser do FC. Porto é respeitar a pronúncia e o Douro, é ter orgulho nas duas margens do rio, é saber respeitar os mortos e a memória.
Jogar no FC. Porto é fazer parte de uma família e contribuir para uma história que torna cada pessoa mais importante do que os títulos que ganha.
4.
É assim que vejo o FC. Porto.
Irrita-me?
Muitas vezes.
Gostaria que o Benfica pudesse ser assim?
Não. Pela simples razão de que a identidade não é um desejo, a identidade de cada clube depende da sua história e do lugar de onde se é.
Benfica e o Sporting têm a sua própria identidade.
Mas não me digam que o FC. Porto não é extraordinário.
Não me digam que não é mais do que um clube.
Não me digam que não é uma bandeira dos que acreditam que não há derrotados por antecipação – na vida ou num campo de futebol – que tudo é possível quando se combate com convicção pelo que se acredita.
Não é, Jorge Costa?
LO
A Bola e um jornal lampiao mas editorialmente e sensato. O Record e da Cofina, so querem sangue e audiencas, sao nojentos como todos os produtos da Cofina. Nem vale a pena.Já a capa do Record… não lembra a ninguém.
Com tantas fotos marcantes da carreira como jogador, escolheram logo a pior possível (nem a camisa está passada), sem uma única referência ao campeão que foi. Depois carregam a capa de texto, como se não soubesse o que aconteceu e fosse preciso explicar tudo às pessoas.
Completamente ao lado, na minha opinião.