No mundo de hoje, dá mesmo para simular a morte de alguém e esta desaparecer sem deixar rasto e sem nunca ser encontrada ou aparecer alguma fotografia sua em algum lugar do mundo. Nem a Rússia, nem Putin ganhavam nada com isso.
O grupo Wagner é acima de tudo o grupo mercenário de Putin. O Prigozhin era um fantoche, um fantoche que se foi tornando imprevisível e incomodativo para Putin.
Toda a gente sabia o que é que ia acontecer, a questão era quando e como ia acontecer. Se não acontecesse a imagem de Putin perante a oligarquia russa ia enfraquecer e de que maneira. Nada melhor que um "acidente" de avião e a morte de outras pessoas para passar uma forte mensagem à oligarquia russa e a todos aqueles poderiam estar a pensar numa mudança de liderança no regime russo.
A hipótese da morte simulada, embora não me pareça descabida, é menos forte creio.
Porquê? Porque se o Putin simula a morte do gajo e o manda para viver incógnito noutro lado qualquer, corre sempre o risco de o gajo voltar um dia mais tarde, tipo D. Sebastião, o que seria incomodativo.
Se, por outro lado, tiver sido o próprio Prigozhin a simular a morte e afinal nem estava no avião, também não vai ter sorte porque estando os destroços em solo russo, de certeza que o Putin vai testar o ADN dos cadáveres para ter a certeza de que é mesmo o Chef...
Começo por exclusão de partes a inclinar-me mesmo para a 1a hipótese.
Creio que Putin terá mesmo tido conhecimento de que o gajo estava na Rússia (e não em África onde dizia estar) e paranóico como é mandou logo limpar o gajo. Menos uma preocupação.
O facto de ter matado mais 9 pessoas no processo são danos colaterais. Se há pessoa no mundo para quem os fins justificam os meios, é Vladimir Putin.