Fernando Pavão (1947 - 1973)

Dragão D'Ouro

Joguem à Porto 🔵⚪️
8 Fevereiro 2023
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Hoje faria 77 anos Fernando Pascoal Neves, o icónico Pavão que morreu subitamente no relvado das Antas a 16 de dezembro de 1973, aos 26 anos. Desde então perdura para sempre a saudade motivada pelo desaparecimento de um génio que aos 19 anos já era um fenómeno entre os adeptos e que ao longo de nove épocas cumpriu 229 jogos de Dragão ao peito. Na memória de quem o viu jogar, fica a imagem de um homem infatigável e erudito, capaz de reprimir linhas de adversários e desarmar, com assistências de príncipe, as melhores estratégias. Um diamante lapidado por José Maria Pedroto que partiu cedo demais.
 

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Tribuna Presidencial
13 Março 2012
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Recordação: Pavão

Fernando Pascoal Neves homenageado com o Dragão de Ouro a título póstumo

Glória e drama fundem-se na breve história de um grande guerreiro transmontano que a morte levou aos 26 anos. Foi, é e será sempre difícil falar da primeira morte súbita nos estádios portugueses. Pavão caiu fulminado no minuto 13 da jornada 13, numa tarde de bola nas Antas, triste dia que escureceu subitamente, à notícia da sua morte, anunciada depois de uma vitória por comemorar. Tristeza que nunca mais teve fim.

Pavão era Fernando, até um ser inspirado lhe colocar o mais galante dos rótulos: a forma como ultrapassava adversários em cadeia, sempre de braços abertos, ficou como intrigante e graciosa imagem e apelido desse rapaz que, um mês depois de completar 19 anos, liderava as tropas de Flávio Costa numa flamante vitória sobre o Benfica. Infatigável e erudito, capaz de reprimir linhas de adversários e desarmar, com assistências de príncipe, as melhores estratégias, Pavão viria a emancipar-se definitivamente através da visão de José Maria Pedroto. Visão e visionário em sintonia perfeita, a sintonia harmoniosa que só traz boas memórias antes da morte.

A qualidade do seu jogo permanecerá flutuante no imaginário do Dragão e os limites dessa memória só atraem superlativos: transmontano de raça, lutador implacável, futebolista cerebral, de qualidade técnica superior e passe adocicado e letal, Pavão caiu prostrado numa das mais perversas partidas que o destino pode pregar. A lenda nasceu no próprio dia, porque ele era a parte mais bela da essência do futebol. Alguém que ousava arredondar todos os caminhos, esculpindo jogadas com o nome do futebol. Pavão partiu, mas ficou na história do FC Porto. Porque os ídolos são eternos e enquanto houver quem os recorde, a memória viverá.

 

Dragaoinvicto

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3 Maio 2024
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Que nunca nos esqueçamos de um homem que, como referiu ontem a filha, morreu com a nossa camisola vestida, a lutar pelo símbolo que tinha ao peito.
 
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