Vou ser polémico. O Fábio faz-me lembrar o Quintero.
Talento fora de série, olhinhos no pé esquerdo, mete a bola onde e como quer. A redondinha cola e não chora. Transpira classe.
Mas tem muito a aprender sem bola. Quando se diz que não tem intensidade pensam que isso implica ter pulmão e músculo para correr 13 quilómetros por jogo, mas não, significa que tem que ser mais agressivo, mostrar-se mais ao jogo, mais rápido na distribuição, saber receber e aguentar sob pressão em vez de fugir para o espaço vazio.
No esquema do SC tem mais dificuldades em encaixar, é natural e claro para todos, mas ganhar um jogador implica dores de crescimento. Fazer três, quatro, cinco jogos seguidos, dar confiança ao jogador, retirar confiança dele, e saber que do futebol do Fábio podem ser retiradas coisas muito valiosas, mas que não vai se calhar fazer tudo em campo. Senão, permitam-me a expressão, caímos na Otaviozação: conseguir fazer tudo em campo, mas não ser fracamente diferenciador em nada.