"Em setembro de 2020, [...] o avançado Fábio Silva foi vendido por 40 milhões de euros ao Wolverhampton. Terá saído inflacionado, reconhece-se hoje na cúpula de PDC, atribuindo o mérito da operação a Mendes, que acabou por encaixar 25% do valor da transferência em comissão de intermediação, ao invés de ficar com 10% se o acordo tivesse sido fechado pelos 30 milhões que, à data, chegaram a estar em cima da mesa.
No entanto, ao jornal espanhol Relevo, o internacional luso viria a confidenciar que não quisera sair do FCP nessa altura: "Fui quase obrigado", garantiu. "Disseram-me que, se não fosse, me punham a jogar na equipa B; que, se não fosse, não ajudaria o clube porque estavam sem dinheiro...não tinha alternativa- Queria ficar no meu clube, o FCP, para ter um impacto maior."
Mais um pormenor: a condição para a compra de Fábio Silva era o empréstimo de outro jogador dos dragões. Sobre quem recaiu a escolha? Isso mesmo: Vitinha, hoje um dos melhores jogadores do mundo, ao qual durante o período de cedência ao emblema inglês foi aplicada uma cláusula de opção de compra de 20 milhões de euros".
- do livro "Capitão de Abril - André Villas-Boas e a revolução inacabada", página 68.