Enaltecer a Invicta

Dragão D'Ouro

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8 Fevereiro 2023
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O Porto foi eleito o “Melhor Destino Metropolitano à Beira-Mar” do mundo. A Invicta competiu com Lisboa, Cidade do Cabo (África do Sul), Dubai (Emirados Árabes Unidos), Jakarta (Indonésia), Miami (Estados Unidos da América), Ática (Grécia) e Xangai (China), mas acabou por vencer o prémio entregue pelos World Travel Awards no Funchal, isto já depois de ser distinguido como o “Melhor Destino Europeu para Escapadela Urbana” em 2023 e o “Melhor Destino da Cidade da Europa e do Mundo” em 2020.
 
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8 Fevereiro 2023
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A que cheira e sabe o Porto? E quando o olha, o que vê? O edifício dos Paços do Concelho vai receber uma exposição que pretende estimular os cinco sentidos em relação à cidade e, para isso, a Câmara Municipal desafiou cinco marcas portuenses a responderem ao desafio de apresentar a Invicta através do paladar, tato, visão, audição e olfato. “No que diz respeito à visão, a resposta para a autarquia foi óbvia, uma vez que na grande maioria das vezes quem a visita até chega a confundir o clube com a cidade. Sim, fala-se do FC Porto. O clube ficou encarregue da missão de traduzir em imagens a mística que a cidade detém”, escreve o jornal Público a propósito da exposição que arranca na terça-feira.
 

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O Porto tem um novo espaço verde com 17 mil metros quadrados na zona da Lapa. Inaugurado ontem junto à rua de Cervantes, uns metros abaixo do antigo Campo da Rainha, o Parque Urbano Dr. Mário Soares decorre de uma parceria público-privada com um grupo hoteleiro canadiano e pretende ser um polo de atração de mais serviços e um espaço de valorização da qualidade de vida dos portuenses com uma vocação ambiental potenciada pela bacia de retenção de água ali instalada.
 

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De acordo com o Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), 2024 foi “o melhor ano de sempre” no Turismo do Porto e Norte, uma conclusão sustentada nos últimos dados oficiais avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A região do Porto e Norte, até final de novembro passado, registou praticamente sete milhões de hóspedes, o que representa um crescimento de 7,1% em relação ao período homólogo de 2023.
 

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O Porto integra o top-10 dos melhores destinos em 2025 e está entre as cinco cidades mais bonitas do mundo. A hospitalidade dos portuenses, os jardins bem cuidados, a cultura, a gastronomia e os azulejos empurraram a Invicta para o oitavo posto do ranking das melhores cidades do mundo, este ano liderado pela Cidade do Cabo. É a segunda vez consecutiva que o Porto recebe esta distinção atribuída pela revista Time Out.
 
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Mike_Walsh

Tribuna
4 Janeiro 2024
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Abro este tópico para colocarmos artigos sobre a grandiosa cidade do Porto, tudo o que queiram colocar que nos encha de orgulho! Começo por este artigo que li no JN:

Ao Porto

Valter Hugo Mãe
18 Agosto 2019 às 00:02

Entendo bem porque Dom Pedro, o primeiro do Brasil, à inauguração daquele maravilhoso país, quis de qualquer modo deixar o coração no Porto, cidade intrincada que se ama apenas por maturidade. Não é para paixões inconsequentes, o Porto é uma disciplina, uma localização espiritual que se reconhece sobretudo no mapa da resiliência.

Julgo que aprendi a amar o Porto pela robustez do casario. Vinha de olhos cheios com as minhas terras de Guimarães, onde passávamos sobretudo pela aldeia, as pessoas esparsas, uma rarefação maior, e encontrava nos Aliados a monumentalidade da pedra, a declinação em direção ao rio onde a pedra é uma ideia contínua. Eu via um povo contínuo. Gente junta como a fazer força, a erguer uma cidadania preparada para qualquer ataque.

Diziam-me que era a cidade Invicta, a que nunca sucumbiu. E o meu pai explicava sempre que o fascismo começou a cair ali, e que a consciência elementar do bem e do mal se apurava muito mais naquele lugar, na cidade monumental do trabalho. Mostrava os braços. O meu pai foi longamente um administrativo, mas mostrava os braços porque a palavra trabalho esplendorava quando implicava o dispêndio físico. O Porto, eu via pelas pedras habitadas, era uma ideia conquistada a certo milagre físico. Não se entende sem assombro e sem sombra.


Lembro bem da idade em que comecei a ir de comboio sozinho às livrarias e às lojas de discos na Cedofeita e nas imediações do Rivoli. Erguia a cabeça como um portuense orgulhoso, mesma carne daquela antiquíssima equação. Eu lembro do entardecer, quando o povo eminentemente proletário recolhia e o intrincado das ruas deitava fantasmagorias sobre a minha solidão. Pouca coisa enriqueceu o meu imaginário mais do que isso. Essa insinuação de gente no bulício quase nenhum que me pareceu invariavelmente coisa de inverno. Uma estranheza de sentir prazer ao demorar ali, demorar no entardecer, chegar à noite com o frio, um pouco de vento, o silêncio profundo.

Em algumas alturas, como agora, vou deitar os olhos pelo promontório da Sé e espio só como é obrigatoriamente brava a vida naquele lugar. Seguimos meditando naquelas pedras, fugazes na sua eterna memória, na sua paciente resistência. O Porto permanece feito para amores maduros. Entrega-se devagar, talvez se entregue nunca. Num frasco de vidro ou num poema, sei bem que também eu lhe deixarei, inevitavelmente, o coração. Sinto pelos braços um leve sobressalto. Pudesse o poema levantar as pedras, ser físico, valer à cidade como quem nela trabalhou.

https://www.jn.pt/opiniao/valter-hugo-mae/amp/ao-porto-11217256.html
Também dá para pôr o que nos enche de vergonha?