Exatamente, daí que não concorde com o apontar de dedo a essas mesmas pessoas nem a pessoas que, de vez em quando, estão com um grupo de amigos no café, por exemplo.Concordo com muito do que o colega escreveu, não tenho nada de muito significativo a rebater. Constato que algo de muito errado aconteceu durante a época festiva e considero as más práticas que dela resultaram. Temos necessariamente de assumir a nossa capacidade de agência e responsabilidade para lá de tudo o que foi mencionado, não obstante os erros cometidos por quem gere a pandemia. E nesse ponto é inevitável apontar o dedo a quem decidiu participar em jantaradas de grupo, em celebrações de ano novo, ... etc. etc. etc. Ninguém se pode demitir da sua parte. Imagino que a certo ponto todos nós ou grande parte incumprimos de alguma forma. Ou arranjamos uma forma de justificar o impulso de incumprir. Mas é substancialmente diferente alguém sair de casa para esticar as pernas e dar uma volta num momento de recolher obrigatório ou, por exemplo, participar em eventos familiares ou de outro género que juntem um número considerável de pessoas. Até porque os comportamentos mais grosseiros acabam por inviabilizar a possibilidade manter uma vida o mais normal possível.
Não digo que a classe política não tenha culpas no cartório, muito pelo contrário. Mas custa-me que pessoas inteligentes, que defendem ideais de liberdade, não actuem em conformidade. Quer governo, oposição, presidente... quer população têm de falhar o menos possível. Aparentemente, nada correu bem.
De resto, de acordo. O meu ponto é o apontar da maioria da responsabilidade às pessoas, não concordo.
PS: Trata-me por tu, por favor.