O modus operandi de António Salvador, Luís Filipe Vieira e Jorge Mendes:
António Salvador e Luís Filipe Vieira têm um acordo implícito — se percebem que a coisa pode azedar, deixam que os clubes se resolvam, se entendam ou se chateiem por outros intervenientes. E isso não é difícil de acontecer, porque há gente no Benfica que não pode com Salvador e gente no Sporting de Braga que não pode com Vieira. E como eles podem um com o outro, afastam-se se o tema é quente — preservam-se desde aquele episódio da Britalar com o Seixal. “A proximidade com o Jorge Mendes também ajudou a serenar, porque o Jorge é um fazedor de pontes”, diz ao Expresso uma fonte próxima dos dois presidentes.
“Não minto se disser que há uma grande estima e consideração de parte a parte”, confessa Salvador ao Expresso, a propósito da sua relação com o superagente. Trocas como as de Tiago, Armando Sá, Ricardo Rocha e Amorim são patrocinadas por Mendes. E também é com ele que são feitos negócios peculiares: o de Danilo, o médio que chegou à Luz por empréstimo do Braga com opção de compra de 50% do passe (15 milhões de euros), após uma passagem pelo Valência; e o de Pizzi, que foi vendido pelo Braga ao Atlético de Madrid por 13,5 milhões de euros e comprado pelo Benfica, em duas fases (6 milhões, em 2013, mais 8 milhões, em 2015).
O Valência e o Atlético de Madrid são emblemas com a impressão digital da Gestifute, pelo que Mendes funciona como facilitador para Vieira e Salvador.
Benfica e Braga disputam o jogo grande da jornada (hoje, 20h) que opõe dois presidentes próximos e mais parecidos um com o outro do que gostam de reconhecer
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