As aparições são fraquinhas não por culpa dos textos mas porque cheiram e sabem a prato requentado. Uma imitação de uma imitação do Jon Stewart.
O RAP é uma contradição com 2 pernas, um esquerdista convicto que ao primeiro sinal de fama e sucesso, vendeu a sua imagem a uma campanha de um gigante das telecomunicações, sendo pago a peso de ouro, mesmo que o projecto em si representasse apenas uma coisa ... dinheiro. Após isso, nada de novo, um formato gasto de comentário político com humor inteligente.
Quanto ao Bruno Nogueira, com ou sem Quadros, a inquietude da criação e do desafio, Contemporâneos, Último a Sair, Tubo de Ensaio, a cena do Pimba, e agora estes directos. Humor inteligente, com a pitada certa de sal, de caralhadas e politicamente incorreto, cujo lado vem da mente brilhante do João Quadros, btw um lagarto Brunista assumido. Entre os 2 não há comparação. RAP é um excelente cronista, tem uma capacidade argumentativa e uma inteligência ímpar, mas não tem o génio criativo, nem a mentalidade inquieta do Bruno, cujos estímulos são o desafio, e não a zona de conforto ou o dinheiro.