O título é bom. Está bem sacado mas se calhar não é o mais justo porque, como disseram e bem, o Porto não vivia numa ditadura. E este título acaba por passar um pouco essa ideia e não é verdade.
Uma ditadura é longa, controlada por uma só pessoa que muitas vezes se (con)funde o estado com o líder.
Numa ditadura não há liberdade de opinião. E quando alguém ousa contrapor é ameaçado, agredido e vê as suas liberdades completamente condicionadas pelo medo.
Quando as ditaduras se sentem ameaçadas criam uma narrativa falsa de que a oposição é controlada por poderes obscuros e que será a desgraça caso esta chegue ao poder.
Quando as ditaduras sentem que o fim está próximo tornam-se mais violentas. A opressão, o uso do medo e da violência para calar a oposição torna-se mais visível e agressiva.
Quando as ditaduras acabam, por norma, são descobertos casos de corrupção a envolver as figuras maiores do regime, uso indevido e apropriação do bem público para os seus bolsos acabando com gente presa.
Não me parece que o Porto estivesse a ser governado de forma ditatorial.