«APESAR DA ROTATIVIDADE DE LOPETEGUI
André André mostra créditos para agarrar titularidade
Apesar do bis de Corona na sua estreia com a camisola do FC Porto, houve mais jogadores dos azuis e brancos que aproveitaram o jogo com o Arouca para se mostrarem como opções válidas a Julen Lopetegui. Foi o caso, por exemplo, de Rúben Neves utilizado pela primeira vez esta temporada - mas também de André André, médio contratado ao Vitória de Guimarães que se estreou como titular.
Durante as primeiras três jornadas da Liga, André André foi sempre o primeiro jogador a ser chamado por Lopetegui para entrar em campo quando o treinador sentia necessidade de mexer na equipa. Era uma espécie de suplente favorito do técnico espanhol, mas que contra o Arouca teve a primeira oportunidade para jogar de início.
E que exibição realizou André André [considerado o melhor em campo para o zerozero.pt]. Tal como o pai, André André estreou-se como titular no FC Porto ao quarto jogo, depois de três partidas como suplente utilizado. Mas o médio internacional português arrisca-se a deixar marca nos azuis e brancos e não é por ser filho de quem é. Em véspera de dois jogos importante dos dragões Dynamo Kyiv para a Liga dos Campeões e receção ao Benfica André André brilhou e mostrou créditos que fazem dele uma opção bastante forte para jogar de início nos próximos encontros, apesar da rotatividade que Lopetegui gosta de implementar.
Num meio campo renovado do FC Porto, em que apenas Imbula se manteve entre os titulares, André André começou por jogar na posição mais adiantada do miolo, colocando-se sempre nas costas do médio mais recuado do Arouca, no caso Nuno Coelho. Parecia que André André se movia como peixe na água, de tal modo que chegou mesmo a atuar como uma espécie de segundo avançado, aparecendo por diversas vezes nas costas de Aboubakar. Exemplo disso foi o segundo golo dos dragões, com Corona a marcar na sequência de um primeiro remate do internacional português.
André André cumpriu na perfeição o que Lopetegui lhe havia pedido. Mas o jogador de 26 anos é uma espécie de «pau para toda a obra» e não se limitou a brilhar na zona mais adiantada do meio campo. Quando Brahimi saiu para dar lugar a Danilo Pereira, foi o ex-Vitória de Guimarães quem passou a jogar encostado à linha do lado esquerdo. Não houve qualquer quebra de rendimento por parte do jogador, tendo mesmo, aos 71 minutos, feito a assistência para o terceiro golo do FC Porto, apontado por Aboubakar.
Nos últimos minutos, quando Jesús Corona saiu para dar lugar a Alberto Bueno, André André mudou de lado e passou a jogar encostado à linha, mas do lado direito. Três posições diferentes num só jogo e com a mesma qualidade em todas elas. O médio arrisca-se, com mérito, a ser uma séria dor de cabeça para Lopetegui quando estão à vista os confrontos com o Dynamo Kyiv e o Benfica.»
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