3 lendas vivas da baliza argentina avali(z)am Marchesín no MaisTabaco:
. PERFIL EMOCIONAL
Ubaldo Fillol:
«Conheço o Agustín perfeitamente. Eu era selecionador da Argentina de Sub17 e convoquei-o para os nossos trabalhos em 2005. Ele jogava numa equipa pequenina [Huracán de Tres Arroyos] e lembro-me que os meus auxiliares criticaram a minha opção. Mas não tive dúvidas. Vi aquele rapaz de 17 anos na baliza e pareceu-me um perro de guardia [cão de guarda]. Não se calava um minuto, falava aos berros com os colegas, era mandão. Além de ter uma personalidade rara, muito vincada, é um chico que adora treinar e vive o futebol com muita emoção. É um líder, um pouco louco e cheio de coragem. Pressão de suceder ao Iker Casillas? É mais um desafio e o Marchesín adora desafios. Não o imagino a ceder à pressão.»
Nery Pumpido:
«Não tive o privilégio de trabalhar com ele, mas acompanhei muito de perto a passagem do Marchesín pelo Lanús. Eu também joguei lá e gosto do clube, é um clube de grande exigência. Pareceu-me sempre um tipo que dá a cara nos momentos maus, não se importa de aparecer e falar sobre o que correu mal. Tem uma personalidade vincada, percebe-se facilmente isso. E há outro aspeto curioso sobre ele: expressa-se sem dificuldades, tem um discurso muito rico em relação ao que consideramos o nível médio dos futebolistas.»
Sergio Goycochea:
«Parece-me um guarda-redes muito competitivo, que detesta perder. Sou comentador na Fox Sports e disse precisamente isso, antes da Copa América. Senti que o guarda-redes em melhor forma era o Esteban Andrada, mas via também o Marchesín como uma excelente aposta. Aliás, o Andrada foi suplente do Marchesín no Lanús e isso prova a qualidade do guarda-redes que o FC Porto contratou.»
. AVALIAÇÃO TÉCNICA
Ubaldo Fillol:
«Além de viver intensamente o jogo, o Marchesín é um guarda-redes corajoso. Não tem medo de sair da baliza aos cruzamentos ou de ir de cabeça aos pés de um avançado. É um rapaz com nível de seleção argentina e isso não é para qualquer um. Adorei vê-lo no Lanús, mas acho que cresceu ainda mais nestes dois anos no México. Tem condições supremas para a baliza. Ensinei-lhe muitas coisas na seleção de Sub17, mas o grande mérito é dele porque é obcecado com a arte de ser guarda-redes. Se é parecido com alguém? Olho para ele e vejo muito do meu amigo Pumpido.»
Nery Pumpido:
«O Pato Fillol diz que o Marchesín é parecido comigo? Em algumas coisas, sim, concordo. Tal como eu, o Marchesín é um guarda-redes mais posicional, não tão espetacular como outros, mas até vejo mais semelhanças dele com o Goycochea. Prefere estar bem colocado, ter os pés bem assentes no relvado e reagir com segurança. Possui condições físicas notáveis e acerta quase sempre bem no tempo de saída aos cruzamentos. Gosto muito de vê-lo a jogar com os pés. Sabe o que faz com a bola. Se calhar, às vezes até arrisca demasiado.»
Sergio Goycochea:
«O que mais me impressiona no Marchesín é a forma como coloca a bola à distância, com o pé direito. Se a bola cai nas costas da defesa adversária, cria sempre problemas. É um tipo positivo, que leva bom ambiente ao plantel também. É muito forte entre os postes, é um excelentíssimo guarda-redes, claramente acima da média. Sim, há algo de Goycochea nele, até porque também já o vi a parar muitos penáltis.»
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