Actualidade Internacional

Ginjeet

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Amsterdão, bela cidade. Vivi dois anos em Oosterdokskade como quem vai para o Opera ou para o Museu da Ciência, em frente ao Sea Palace.

Agora já me passou um pouco a panca, mas durante anos queria mesmo mudar-me definitivamente para lá.

Vivi uns tempos em Dublin, Utrecht, Leeds, Londres e Reading e em todas elas não havia propriamente segregação por religião, estava toda a gente perfeitamente integrada, a etnia e a religião é uma questão que nem se coloca na vida do dia a dia.
Quando vivi em Leeds trabalhava em Bradford e aí sim, o centro da cidade é Islamabad adaptada a Inglaterra com os brancos a viver nos suburbios. Um pouco estranho (se o pessoal aqui berra quando vi três castanhos, imagina quando olhas à tua volta e não vês um branco) Ainda assim, apesar dos ratings da criminalidade, relativamente tranquilo e seguro. Não é o faroeste.

salvo as exceções de radicalismo e extremismo, o que faz a diferença é o nível económico e educativo, não é a etnia ou a religião.
A primeira vez que morei cá estive perto disso. Estive cerca de um ano em Oudeschans.
Atualmente, já não tenho muita paciência para centros. Vir para cá foi a primeira decisão estritamente pessoal que tomei em 25 anos de trabalho. Arranjei um escritório no WTC e vim para o pé do Vondelpark. Até porque quase todas as semanas tenho de frequentar o aeroporto, se tivesse de atravessar a cidade sempre que quero apanhar um avião...

Não vejo diferenças em Amesterdão nos últimos 15 anos, para ser sincero. O mesmo na Alemanha. Fiz Erasmus em Hamburgo há 25 anos e passei os últimos 2 anos lá e a demografia é semelhante. Bruxelas é a cidade mais mista que conheço e que reúne todas as nacionalidades possíveis, e não há propriamente problemas no dia a dia devido a diferenças religiosas. Aliás, Bruxelas é de longe a cidade "mais estrangeira" do mundo, mas quem faz aqueles quadros esquece convenientemente que lá residem uns 150 mil europeus emigrados para a bolha europeia. Praticamente 15% da população da cidade é originária de outros países europeus e trabalha nas instituições da UE ou à volta delas. Quando não procuramos os problemas só porque alguém grita que a cor da pele causa insegurança, tendes a não notar a diferença. Surpreendente, eu sei.

Onde noto uma certa diferença naquilo que é a atividade da cidade é Londres. Vivi lá há uns 20 anos e a andar na rua nota-se no tipo de negócios de rua que existem e nas línguas que ouves. Antigamente, havia muitos indianos e paquistaneses, agora é polacos, romenos e africanos. Esses povos super muçulmanos...

E concordo plenamente que é uma questão de integração. A Dinamarca, o tal grande exemplo dos anti-imigrantes, sempre funcionou na perfeição nesse aspeto. A população imigrante do país é superior a muitos outros países europeus, mas sempre houve o cuidado de não criar guetos. Por norma, e isto está bem estudado, a primeira geração de imigrantes tende a trazer os costumes (e as taxas reprodutoras) da sua origem, e isso dilui-se com cada geração. Tem a ver com a educação, com o acesso às comodidades e serviços, com a capacidade que as pessoas têm, ou que lhes dão, para se integrarem nos seus novos países. Na Dinamarca, a segunda geração de imigrantes atinge níveis de educação e de reprodução exatamente semelhantes aos nativos, o que demonstra uma integração perfeita. Ao ver portugueses de bem a se queixarem da "invasão", e a ler nomes de crianças da escola, pergunto-me se é assim que vão ajudar à integração dessas pessoas.

PS. E Lisboa também. Bem sei que ganho dinheiro com isso, mas já era altura de reduzir um pouco o turismo. Atualmente dás um passeio na Av. da Liberdade e fazes photobomb de 50 selfies.


Porque é que evitar ir a zonas com muçulmanos?
Eles os três não fazem fila numa zona à espera que eu passe. Queres agendar reunião?
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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A primeira vez que morei cá estive perto disso. Estive cerca de um ano em Oudeschans.
Atualmente, já não tenho muita paciência para centros. Vir para cá foi a primeira decisão estritamente pessoal que tomei em 25 anos de trabalho. Arranjei um escritório no WTC e vim para o pé do Vondelpark. Até porque quase todas as semanas tenho de frequentar o aeroporto, se tivesse de atravessar a cidade sempre que quero apanhar um avião...

Não vejo diferenças em Amesterdão nos últimos 15 anos, para ser sincero. O mesmo na Alemanha. Fiz Erasmus em Hamburgo há 25 anos e passei os últimos 2 anos lá e a demografia é semelhante. Bruxelas é a cidade mais mista que conheço e que reúne todas as nacionalidades possíveis, e não há propriamente problemas no dia a dia devido a diferenças religiosas. Aliás, Bruxelas é de longe a cidade "mais estrangeira" do mundo, mas quem faz aqueles quadros esquece convenientemente que lá residem uns 150 mil europeus emigrados para a bolha europeia. Praticamente 15% da população da cidade é originária de outros países europeus e trabalha nas instituições da UE ou à volta delas. Quando não procuramos os problemas só porque alguém grita que a cor da pele causa insegurança, tendes a não notar a diferença. Surpreendente, eu sei.

Onde noto uma certa diferença naquilo que é a atividade da cidade é Londres. Vivi lá há uns 20 anos e a andar na rua nota-se no tipo de negócios de rua que existem e nas línguas que ouves. Antigamente, havia muitos indianos e paquistaneses, agora é polacos, romenos e africanos. Esses povos super muçulmanos...

E concordo plenamente que é uma questão de integração. A Dinamarca, o tal grande exemplo dos anti-imigrantes, sempre funcionou na perfeição nesse aspeto. A população imigrante do país é superior a muitos outros países europeus, mas sempre houve o cuidado de não criar guetos. Por norma, e isto está bem estudado, a primeira geração de imigrantes tende a trazer os costumes (e as taxas reprodutoras) da sua origem, e isso dilui-se com cada geração. Tem a ver com a educação, com o acesso às comodidades e serviços, com a capacidade que as pessoas têm, ou que lhes dão, para se integrarem nos seus novos países. Na Dinamarca, a segunda geração de imigrantes atinge níveis de educação e de reprodução exatamente semelhantes aos nativos, o que demonstra uma integração perfeita. Ao ver portugueses de bem a se queixarem da "invasão", e a ler nomes de crianças da escola, pergunto-me se é assim que vão ajudar à integração dessas pessoas.

PS. E Lisboa também. Bem sei que ganho dinheiro com isso, mas já era altura de reduzir um pouco o turismo. Atualmente dás um passeio na Av. da Liberdade e fazes photobomb de 50 selfies.




Eles os três não fazem fila numa zona à espera que eu passe. Queres agendar reunião?
Mas tu és a favor de critérios para a imigração ou não?
Falaste da Dinamarca como exemplo de integração mas a Dinamarca tem hoje a menor taxa de muçulmanos da Europa Ocidental
 

sirmister

Tribuna Presidencial
21 Março 2008
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  • Março/22
  • Abril/19
Responsável de parque de diversões em França detido por recusar entrada de 150 crianças israelitas
Homem foi detido pela polícia, nesta quinta-feira, depois de ter recusado a entrada no parque de diversões a um grupo de 150 crianças israelitas invocando as suas "convicções pessoais".

O responsável de um parque de diversões em França foi detido, nesta quinta-feira, por recusar a entrada de um grupo de 150 crianças israelitas que tinham feito uma reserva há vários meses. De acordo com a imprensa francesa, o homem justificou a decisão de não deixar entrar as crianças com as suas “convicções pessoais“.
 

Panda Azul e Branco

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Vlk

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3 Junho 2014
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Lisboa
Lol, os Estados Unidos estão a negar a entrada a Palestinianos em TODO o país. Um bocadinho mais relevante do que essa notícia.

Mas percebo que para um nazi seja realmente mais chocante as crianças Israelitas não poderem brincar num parque de diversões do que as crianças Palestinianas serem fuziladas diariamente nas filas onde tentam arranjar comida.
 
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luchogonzalez27

Arquibancada
31 Julho 2025
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Lol, os Estados Unidos estão a negar a entrada a Palestinianos em TODO o país. Um bocadinho mais relevante do que essa notícia.

Mas percebo que para um nazi seja realmente mais chocante as crianças Israelitas não poderem brincar num parque de diversões do que as crianças Palestinianas serem fuziladas diariamente nas filas onde tentam arranjar comida.
Esses fuzilamentos a acontecer nas filas para arranjar comida, são por parte do hamas, que lhes rouba a comida.
 

Vlk

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3 Junho 2014
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Lisboa
Esses fuzilamentos a acontecer nas filas para arranjar comida, são por parte do hamas, que lhes rouba a comida.
Essa cartilha já passou há algumas semanas, e para lá de batida já foi mais do que comprovado que a esmagadora maioria dos casos são mesmo das IDF com dezenas de testemunhos dos próprios e de Americanos.

Que o hamas também faz muita propaganda todos sabemos e temos consciência mas eu fico parvo é como a propaganda de Israel passa de forma inquestionada do outro lado. É como a história daquele primeiro Hospital que foi bombardeado, que Israel era inocente e que tinha sido próprio hamas e o crl.... o que se debateu aquele caso.... Agora que já não existem quase Hospitais em Gaza e que comprovadamente foram todos bombardeados por Israel onde é já lá vai essa justificação patética.

Não sejas um negacionista. Não vás à procura das justificações que encaixam na tua narrativa.
 
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