Actualidade Internacional

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Por essa ordem de ideias nem a Rússia ou a China cheira…. O que é certo é que os americanos e consequentemente, os Europeus e de forma mais aguda, sentem uma insegurança brutal face à ameaça bélica russa… mísseis e hipersónicos e arsenal nuclear, mas de resto é maquinaria com 50 o mais anos…

A Europa tem de defender por meios próprios, além de necessidade é inevitável. Agora se existem cientistas a desenvolver armas de última geração? Certamente não vai ser capa do CM de amanhã!
A Rússia produz as suas, embora o fornecedor de condutores seja o mesmo (China). Mas essas não são uma possibilidade para a Europa.

Grande parte dos arsenais a nível mundial têm origem nos EUA e Rússia. A Europa até poderia entrar na corrida, mas tirando a Alemanha e a França, não existem propriamente grandes produtores internos. E mesmo estes trabalham com mercados subservientes aos EUA, e certamente autorizados pelo big brother.

Onde Portugal poderia ter algo a dizer, pela sua localização, era na indústria naval.
 

Jules Winnfield

Tribuna Presidencial
11 Abril 2016
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9,415
A Rússia produz as suas, embora o fornecedor de condutores seja o mesmo (China). Mas essas não são uma possibilidade para a Europa.

Grande parte dos arsenais a nível mundial têm origem nos EUA e Rússia. A Europa até poderia entrar na corrida, mas tirando a Alemanha e a França, não existem propriamente grandes produtores internos. E mesmo estes trabalham com mercados subservientes aos EUA, e certamente autorizados pelo big brother.

Onde Portugal poderia ter algo a dizer, pela sua localização, era na indústria naval.
Ainda ontem Viana do Castelo reclamava não ter mão de obra. É aí que eu digo que a indústria portuguesa pode beneficiar, diretamente porque vai ser necessárias inúmeros polos/indústrias e porque nos últimos largos anos foram desativados por essa Europa fora, quer indiretamente porque se na Europa ficam ocupadas com a indústria de armamento, outros setores como turismo e lazer naval têm de procurar outros pontos de produção.

Mas a indústria naval é uma só abordagem, indústrias metalúrgicas, de componentes, de tecnologia de apoio a setores chave como aviação ou automativo, vão sofrer alavancagens…

É impossível que a Europa continue com estes níveis de dependência e investimento na sua segurança.

A Ucrânia é já um caso perdido e controlado pela Rússia, resta agora saber qual será a pressão para países como Roménia Bulgária Polónia Eslováquia, Países do Báltico…. E falta saber para onde cairá a Turquia( que se faz de sonsa, pertence à Nato e age proRussa)!!

A questão não é o que vai agora acontecer, porque aí nada se vai fazer, é como se vai mitigar e gerir aqueles países que já estão na Nato? Se alguma coisa acontecer que irá em socorro? Um trump? Não creio. Portugal? A França… dá para rir….

Enfim as percentagens do PIB para armamento vai disparar rapidamente. O BCE que ligue já a impressora de euros senão ainda vamos estar à espera que a máquina vomite as notas!!!

A Rússia com liderança e de mãos a abanar( basta olhar para o maior país do mundo e fora de Moscovo e SPetersburgo, é só miséria e atraso de mais de 60 anos) goza à brava com lideranças inócuas sem carisma, sem força dos países ocidentais! A democracia tem os seus problemas que são bem graves talvez o maior deles seja que produz líderes fracos , sem carisma. É preciso personalidades bem fortes para que a democracia produza os efeitos desejados. Nos últimos anos o crescimento das autocracias é uma realidade, é pior o fortalecimento de algumas é uma realidade incontornável!
 

Ginjeet

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11 Março 2018
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Ainda ontem Viana do Castelo reclamava não ter mão de obra. É aí que eu digo que a indústria portuguesa pode beneficiar, diretamente porque vai ser necessárias inúmeros polos/indústrias e porque nos últimos largos anos foram desativados por essa Europa fora, quer indiretamente porque se na Europa ficam ocupadas com a indústria de armamento, outros setores como turismo e lazer naval têm de procurar outros pontos de produção.

Mas a indústria naval é uma só abordagem, indústrias metalúrgicas, de componentes, de tecnologia de apoio a setores chave como aviação ou automativo, vão sofrer alavancagens…

É impossível que a Europa continue com estes níveis de dependência e investimento na sua segurança.

A Ucrânia é já um caso perdido e controlado pela Rússia, resta agora saber qual será a pressão para países como Roménia Bulgária Polónia Eslováquia, Países do Báltico…. E falta saber para onde cairá a Turquia( que se faz de sonsa, pertence à Nato e age proRussa)!!

A questão não é o que vai agora acontecer, porque aí nada se vai fazer, é como se vai mitigar e gerir aqueles países que já estão na Nato? Se alguma coisa acontecer que irá em socorro? Um trump? Não creio. Portugal? A França… dá para rir….

Enfim as percentagens do PIB para armamento vai disparar rapidamente. O BCE que ligue já a impressora de euros senão ainda vamos estar à espera que a máquina vomite as notas!!!

A Rússia com liderança e de mãos a abanar( basta olhar para o maior país do mundo e fora de Moscovo e SPetersburgo, é só miséria e atraso de mais de 60 anos) goza à brava com lideranças inócuas sem carisma, sem força dos países ocidentais! A democracia tem os seus problemas que são bem graves talvez o maior deles seja que produz líderes fracos , sem carisma. É preciso personalidades bem fortes para que a democracia produza os efeitos desejados. Nos últimos anos o crescimento das autocracias é uma realidade, é pior o fortalecimento de algumas é uma realidade incontornável!
As indústrias de componentes tecnológicos trabalham à velocidade que a China quiser. Existe atualmente uma imensa falta de materiais para componentes eletrónicos, e por muito que se queira atribuir isso à pandemia, tem também a ver com o facto da China quase monopolizar certos mercados de materiais essenciais.

Relativamente aos problemas internos da NATO, eu defendo há muito que a NATO deveria estar alinhada à União Europeia, associando os EUA e Canadá como parceiros estratégicos de há muitas décadas. E sim, tens problemas a se gerarem devido à incongruência desta falta de ligação:
- A integração da Turquia na NATO, enquanto mal consegue cumprir com os requisitos da UE. Mas convém perguntar aos EUA o porquê dessa inclusão;
- Se amanhã atacassem a Finlândia, a NATO não responderia a essa agressão? Contudo, a Finlândia é membro da UE, mas não da NATO.

A situação que se vive na Europa atualmente é resultado de 70 anos a baixar as calças aos EUA. Quanto vale um plano Marshall?
 
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Jules Winnfield

Tribuna Presidencial
11 Abril 2016
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As indústrias de componentes tecnológicos trabalham à velocidade que a China quiser. Existe atualmente uma imensa falta de materiais para componentes eletrónicos, e por muito que se queira atribuir isso à pandemia, tem também a ver com o facto da China quase monopolizar certos mercados de materiais essenciais.

Relativamente aos problemas internos da NATO, eu defendo há muito que a NATO deveria estar alinhada à União Europeia, associando os EUA e Canadá como parceiros estratégicos de há muitas décadas. E sim, tens problemas a se gerarem devido à incongruência desta falta de ligação:
- A integração da Turquia na NATO, enquanto mal consegue cumprir com os requisitos da UE. Mas convém perguntar aos EUA o porquê dessa inclusão;
- Se amanhã atacassem a Finlândia, a NATO não responderia a essa agressão? Contudo, a Finlândia é membro da UE, mas não da NATO.

A situação que se vive na Europa atualmente é resultado de 70 anos a baixar as calças aos EUA. Quanto vale um plano Marshall?
Não. O plano Marshal é um ícone do desenvolvimento das economias ocidentais. E a Europa não baixou as calças apenas decidiu oferecer a sua segurança, primeiro a um Trump qualquer! Isso deixou marcas, mas nunca suou a campainha da insegurança ou fraqueza bélica, até ao momento em que o xadrez mudou com a atitude de Putin, com a crimeia e tentaram colocar paninhos quentes… mas o que se vê é que o atraso de desenvolvimento em prol duma força bélica da Rússia tem que ter resultados visíveis para Putin. Infelizmente não vai ficar por aqui…

Por outro lado os americanos já traçaram o foco no pacífico e na China, pelo que deliberadamente ou por entre linhas a Europa não tem solução senão criar defesas próprias que controlem a ambição da Rússia.

É de notar que a Nato tem uma abrangência cada vez mais globalism a relularidade de incorporação de novos membros e a forma de mitigar as ambições de Putin ou de uma China será sempre a inclusão de alguns países e a saída de outros porventura!!! Austrália, Japão, Coreia e mesmo a Índia por um lado e a Turquia por outro com o afastamento dos ideais democráticos ocidentais.
 

MiguelDeco

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Parece ser bastante cultural em ex-paises comunistas(os de antigamente) a nivel de desporto e educação . O pai do Khabib, lutador de MMA, era igual e tens alguns exemplos no tenis tambêm com diversos jogadores de origem russa. Ainda recentemente vi uma entrevista do Alexander Fridman bastante interessante sobre a educação na Russia soviética.


 
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A Clara Ferreira Alves vai ao meu lado no Alfa e vamos muito animados a discutir o Putin e o Biden! 🤣

Alguma mensagem para ela?
 
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Vítor Bruno existe porque você o criou!
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Ao pé da praia
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Parece ser bastante cultural em ex-paises comunistas(os de antigamente) a nivel de desporto e educação . O pai do Khabib, lutador de MMA, era igual e tens alguns exemplos no tenis tambêm com diversos jogadores de origem russa. Ainda recentemente vi uma entrevista do Alexander Fridman bastante interessante sobre a educação na Russia soviética.


Uma coisa é o sacrifíco, alto, para vencer no desporto.
Outra é condenar miúdas de 15 anos a ficarem inúteis, como uma que teve tal lesão na coluna que não se pode virar para um dos lados.

O "sovietismo" ainda circula muito no sangue por ali. Aquela coisa que "pertences à mãe pátria e como tal ele pode fazer contigo o que quiser.
O Putin gosta, porque no fundo ele é um saudosista da URSS.
 

Hulk27

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Uma coisa é o sacrifíco, alto, para vencer no desporto.
Outra é condenar miúdas de 15 anos a ficarem inúteis, como uma que teve tal lesão na coluna que não se pode virar para um dos lados.

O "sovietismo" ainda circula muito no sangue por ali. Aquela coisa que "pertences à mãe pátria e como tal ele pode fazer contigo o que quiser.
O Putin gosta, porque no fundo ele é um saudosista da URSS.
Tens razão mas isso infelizmente existem em muitos paises sobretudo numa competição como esta que sempre serviu de propaganda par diversos paises. Achas por exemplo, que os treinadores de certos atletas( de luta por exemplo) não sabem( para não ir mais longe) que tomam esteroides ?

Sobre o Putin claro como muitos franceses têm saudade da França de Napoleão. Os proprios russos consideram o Stalin com uma das suas grandes figuras. Mas ele não é burro sabe muito bem que é impossivel reconstruir a URSS. Agora sim o fim da URSS, o facto de teres milhoes de russos que acabaram fora das fronteiras do proprio pais é um problema. Tambêm não acho que o Macron ficaria muito contente de ter o exército russo à 100km das suas fronteiras como é o caso do exército francês na Estonia ou os americanos porque na realidade os europeus não decidem nada.
 
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Edgar Siska

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Tens razão mas isso infelizmente existem em muitos paises sobretudo numa competição como esta que sempre serviu de propaganda par diversos paises. Achas por exemplo, que os treinadores de certos atletas( de luta por exemplo) não sabem( para não ir mais longe) que tomam esteroides ?

Sobre o Putin claro como muitos franceses têm saudade da França de Napoleão. Os proprios russos consideram o Stalin com uma das suas grandes figuras. Mas ele não é burro sabe muito bem que é impossivel reconstruir a URSS. Agora sim o fim da URSS, o facto de teres milhoes de russos que acabaram fora das fronteiras do proprio pais é um problema. Tambêm não acho que o Macron ficaria muito contente de ter o exército russo à 100km das suas fronteiras como é o caso do exército francês na Estonia.
Já agora agradeço por teres disponibilizado uma conversa interessante. Estou a ouvir a conversa do Dr. Fridman com o seu filho.
 
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Jules Winnfield

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E se os russos colocarem mísseis hipersónicos em Cuba, para aprofundarem as relações com aquele país ? Como vão reagir os trumpistas? E o Biden?
 
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Já agora agradeço por teres disponibilizado uma conversa interessante. Estou a ouvir a conversa do Dr. Fridman com o seu filho.
Ele tem umas entrevistas bem interessantes de pessoas menos mediatizadas. Eu como gosto de luta adorava uma entrevista em russo com o Saitiev que recitava um poema do Pasternak antes de cada combate. Em inglês, como é o caso do Khabib mesmo se este ainda fala bastante bem, costuma ser menos interessante.
 
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