A Rússia produz as suas, embora o fornecedor de condutores seja o mesmo (China). Mas essas não são uma possibilidade para a Europa.
Grande parte dos arsenais a nível mundial têm origem nos EUA e Rússia. A Europa até poderia entrar na corrida, mas tirando a Alemanha e a França, não existem propriamente grandes produtores internos. E mesmo estes trabalham com mercados subservientes aos EUA, e certamente autorizados pelo big brother.
Onde Portugal poderia ter algo a dizer, pela sua localização, era na indústria naval.
Ainda ontem Viana do Castelo reclamava não ter mão de obra. É aí que eu digo que a indústria portuguesa pode beneficiar, diretamente porque vai ser necessárias inúmeros polos/indústrias e porque nos últimos largos anos foram desativados por essa Europa fora, quer indiretamente porque se na Europa ficam ocupadas com a indústria de armamento, outros setores como turismo e lazer naval têm de procurar outros pontos de produção.
Mas a indústria naval é uma só abordagem, indústrias metalúrgicas, de componentes, de tecnologia de apoio a setores chave como aviação ou automativo, vão sofrer alavancagens…
É impossível que a Europa continue com estes níveis de dependência e investimento na sua segurança.
A Ucrânia é já um caso perdido e controlado pela Rússia, resta agora saber qual será a pressão para países como Roménia Bulgária Polónia Eslováquia, Países do Báltico…. E falta saber para onde cairá a Turquia( que se faz de sonsa, pertence à Nato e age proRussa)!!
A questão não é o que vai agora acontecer, porque aí nada se vai fazer, é como se vai mitigar e gerir aqueles países que já estão na Nato? Se alguma coisa acontecer que irá em socorro? Um trump? Não creio. Portugal? A França… dá para rir….
Enfim as percentagens do PIB para armamento vai disparar rapidamente. O BCE que ligue já a impressora de euros senão ainda vamos estar à espera que a máquina vomite as notas!!!
A Rússia com liderança e de mãos a abanar( basta olhar para o maior país do mundo e fora de Moscovo e SPetersburgo, é só miséria e atraso de mais de 60 anos) goza à brava com lideranças inócuas sem carisma, sem força dos países ocidentais! A democracia tem os seus problemas que são bem graves talvez o maior deles seja que produz líderes fracos , sem carisma. É preciso personalidades bem fortes para que a democracia produza os efeitos desejados. Nos últimos anos o crescimento das autocracias é uma realidade, é pior o fortalecimento de algumas é uma realidade incontornável!