"O saque e a pilhagem num país como os Estados Unidos não é pilhagem nem é saque. É pobreza absurda, desvantagem racial e pressão empreendedora. Os Estados Unidos são o país, onde aqueles que não são "vencedores" são "loosers", como se viver bem ou viver em função do lucro, fosse filosofia e religião. Fosse a única finalidade da vida. Conceito, felizmente, ainda muito combatido nas Europas do Estado Social. Como se consumir aquilo que se precisa e não precisa fosse a única forma de viver com qualidade e abundância. Mas consumir. Porque sem consumo é-se infeliz e miserável. Por isso, são o país com maior número de população com obesidade mórbida, consumo de antidepressivos, são o país onde os brancos ainda olham para os pretos, como filhos de escravos e cuja liberdade é uma cedência e não um direito. O saque e a pilhagem é um grito e um murro onde mais dói, numa sociedade que se constrói e revê na propriedade e na especulação. É onde dói ao sistema. Aliás, onde dói mais. Muito mais do que qualquer tragédia humana. Seja ela branca, preta ou amarela. O sistema americano só reconhece valor ao valor. Ponto. Por isso não salva vidas, ganha dinheiro a salvá-las. Por isso, mata pretos e maltrata pretos porque não lhes reconhece outro valor senão o da exploração.
Se eu estivesse lá, pilhava tudo e rebentava com tudo. A raiva e a frustração de 200 anos de escravatura real e encapotada são demasiado grandes para se ficar quieto e calado. As propriedades saqueadas e pilhadas podem ser revertidas.
A vida de George Floyd... não há dinheiro que a traga de volta."
Se eu estivesse lá, pilhava tudo e rebentava com tudo. A raiva e a frustração de 200 anos de escravatura real e encapotada são demasiado grandes para se ficar quieto e calado. As propriedades saqueadas e pilhadas podem ser revertidas.
A vida de George Floyd... não há dinheiro que a traga de volta."