Jorge Costa - #E2erno Capitão (1971 - 2025)

29 Agosto 2022
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Apesar de muito prematura a morte de Jorge Costa, não quero que a camisola número 2 seja retirada, e digo isto por respeito ao outro grande número 2 que também tivemos. Não sei. No mínimo dos mínimos, tenho mixed feelings em relação a isto.

Já que o presidente da assembleia geral falou dessa possibilidade.
 
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Edgar Siska

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Apesar de muito permatura a morte de Jorge Costa, não quero que a camisola número 2 seja retirada, e digo isto por respeito ao outro grande número 2 que também tivemos. Não sei.

No mínimo dos minímos tenho mix feelings em relacão a isto.

Já que o presidente da assembleia geral falou dessa possibilidade.
PArece-me que ele falou na possibilidade de isso ser "decidido pelos sócios".
 
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T

tiagorodrigues

Bancada lateral
31 Agosto 2012
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Escrito por Luís Osório na sua crónica ao JN.

POSTAL DO DIA

Um elogio ao FC. Porto

1.
Discutir futebol ou política com elevação é infelizmente uma impossibilidade.

Benfiquistas – como eu – não podem elogiar adversários.

Da mesma maneira que alguém não pode expressar opiniões políticas sem ser torpedeado com alarvidades de caserna.

Não interessa, continuarei a tentar.

Nestes tempos de cólera, neste dia em que nos despedimos de Jorge Costa, quero fazer o elogio de um clube verdadeiramente único com uma identidade própria e que faz da união e da solidariedade entre todos o seu modo de vida, a sua força e razão de existir.

O FC. Porto não é apenas um clube, é um modo de expressar o orgulho de uma região tantas vezes esquecida pelos poderes, tantas vezes ostracizada.

Impossível perceber o clube sem nos perdermos nas ruas da Ribeira, na faina dos pescadores de Vila do Conde e da Póvoa (apesar do Rio Ave e do Varzim), nos bairros de gente pobre e trabalhadora, gente habituada ao frio que corta no inverno, frio que magoa a pele, mas que não quebra.

Impossível perceber o clube sem entendermos as lágrimas dos mais velhos com umas tripas feitas à antiga, as portas abertas entre vizinhos, as porradas dos miúdos nos seus jogos de bola na rua, as asneiras transformadas em modo de vida, o poder dos “pintas”, mas também a arte única que têm de oferecer a única camisola que têm no corpo a um estranho que possa ter frio.

2.
Ser do FC. Porto é um ato de resistência.

Vestir aquela camisola é um grito contra as injustiças, contra os poderes que condenam o norte a ser um parente pobre, contra os jornais que oferecem sempre as suas primeiras páginas ao Benfica ou ao Sporting, contra os que não compreendem que a vida custa a ganhar, contra os privilegiados.

Ser do FC. Porto é comer a camisola e fazer o que é preciso para ganhar.
Numa guerra faz-se o que for preciso.

3.
Ser do FC. Porto é respeitar a pronúncia e o Douro, é ter orgulho nas duas margens do rio, é saber respeitar os mortos e a memória.

Jogar no FC. Porto é fazer parte de uma família e contribuir para uma história que torna cada pessoa mais importante do que os títulos que ganha.

4.
É assim que vejo o FC. Porto.

Irrita-me?
Muitas vezes.

Gostaria que o Benfica pudesse ser assim?
Não. Pela simples razão de que a identidade não é um desejo, a identidade de cada clube depende da sua história e do lugar de onde se é.

Benfica e o Sporting têm a sua própria identidade.

Mas não me digam que o FC. Porto não é extraordinário.

Não me digam que não é mais do que um clube.

Não me digam que não é uma bandeira dos que acreditam que não há derrotados por antecipação – na vida ou num campo de futebol – que tudo é possível quando se combate com convicção pelo que se acredita.

Não é, Jorge Costa?

LO
 

Overture

Arquibancada
20 Dezembro 2016
289
773
Escrito por Luís Osório na sua crónica ao JN.

POSTAL DO DIA

Um elogio ao FC. Porto

1.
Discutir futebol ou política com elevação é infelizmente uma impossibilidade.

Benfiquistas – como eu – não podem elogiar adversários.

Da mesma maneira que alguém não pode expressar opiniões políticas sem ser torpedeado com alarvidades de caserna.

Não interessa, continuarei a tentar.

Nestes tempos de cólera, neste dia em que nos despedimos de Jorge Costa, quero fazer o elogio de um clube verdadeiramente único com uma identidade própria e que faz da união e da solidariedade entre todos o seu modo de vida, a sua força e razão de existir.

O FC. Porto não é apenas um clube, é um modo de expressar o orgulho de uma região tantas vezes esquecida pelos poderes, tantas vezes ostracizada.

Impossível perceber o clube sem nos perdermos nas ruas da Ribeira, na faina dos pescadores de Vila do Conde e da Póvoa (apesar do Rio Ave e do Varzim), nos bairros de gente pobre e trabalhadora, gente habituada ao frio que corta no inverno, frio que magoa a pele, mas que não quebra.

Impossível perceber o clube sem entendermos as lágrimas dos mais velhos com umas tripas feitas à antiga, as portas abertas entre vizinhos, as porradas dos miúdos nos seus jogos de bola na rua, as asneiras transformadas em modo de vida, o poder dos “pintas”, mas também a arte única que têm de oferecer a única camisola que têm no corpo a um estranho que possa ter frio.

2.
Ser do FC. Porto é um ato de resistência.

Vestir aquela camisola é um grito contra as injustiças, contra os poderes que condenam o norte a ser um parente pobre, contra os jornais que oferecem sempre as suas primeiras páginas ao Benfica ou ao Sporting, contra os que não compreendem que a vida custa a ganhar, contra os privilegiados.

Ser do FC. Porto é comer a camisola e fazer o que é preciso para ganhar.
Numa guerra faz-se o que for preciso.

3.
Ser do FC. Porto é respeitar a pronúncia e o Douro, é ter orgulho nas duas margens do rio, é saber respeitar os mortos e a memória.

Jogar no FC. Porto é fazer parte de uma família e contribuir para uma história que torna cada pessoa mais importante do que os títulos que ganha.

4.
É assim que vejo o FC. Porto.

Irrita-me?
Muitas vezes.

Gostaria que o Benfica pudesse ser assim?
Não. Pela simples razão de que a identidade não é um desejo, a identidade de cada clube depende da sua história e do lugar de onde se é.

Benfica e o Sporting têm a sua própria identidade.

Mas não me digam que o FC. Porto não é extraordinário.

Não me digam que não é mais do que um clube.

Não me digam que não é uma bandeira dos que acreditam que não há derrotados por antecipação – na vida ou num campo de futebol – que tudo é possível quando se combate com convicção pelo que se acredita.

Não é, Jorge Costa?

LO
 
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VPM

Tribuna Presidencial
3 Junho 2019
17,069
19,396
O Jorge dizia qie o SC era o seu maior amlgo no futebol e o SC diz agora o mesmo do JC
A amizade de uma vida ficou beliscada diz-se que por causa de uma declaração do JC desejando as maiores felicidades ao Rui Costa.
Um bom exemplo de como a vida é demasiada curta e frágil para as pessoas se chatearem com coisas de somenos...
 
Última edição:

T-Dragon

Lugar Anual
2 Junho 2016
5,742
9,893
Quem verdadeiramente é portista hoje chora mas está pronto para a luta, de punhos e dentes cerrados e com uma revolta incompreensível.
Ontem estava a rever a entrevista do nosso Bicho e só tive um pensamento.
Se formos todos, sócios ou apenas simpatizantes um bocadinho Jorge, somos imparáveis.
Era bom que conseguíssemos todos honrar este legado que ele nos deixa, deixando os gostos e ressentimentos de lado, seguindo verdadeiramente juntos, porque isto é a única e merecida homenagem que podemos fazer ao nosso querido Bicho.
 

JJC

Tribuna
26 Maio 2014
4,913
5,416
A última vez que comprei a merda da Bola foi a seguir à final de Dublin, mas acho que amanhã vou reincidir. Grande capa.
Já a capa do Record… não lembra a ninguém.

Com tantas fotos marcantes da carreira como jogador, escolheram logo a pior possível (nem a camisa está passada), sem uma única referência ao campeão que foi. Depois carregam a capa de texto, como se não soubesse o que aconteceu e fosse preciso explicar tudo às pessoas.

Completamente ao lado, na minha opinião.
 

Filipe Sá

Tribuna Presidencial
11 Julho 2012
5,640
4,935
Escrito por Luís Osório na sua crónica ao JN.

POSTAL DO DIA

Um elogio ao FC. Porto

1.
Discutir futebol ou política com elevação é infelizmente uma impossibilidade.

Benfiquistas – como eu – não podem elogiar adversários.

Da mesma maneira que alguém não pode expressar opiniões políticas sem ser torpedeado com alarvidades de caserna.

Não interessa, continuarei a tentar.

Nestes tempos de cólera, neste dia em que nos despedimos de Jorge Costa, quero fazer o elogio de um clube verdadeiramente único com uma identidade própria e que faz da união e da solidariedade entre todos o seu modo de vida, a sua força e razão de existir.

O FC. Porto não é apenas um clube, é um modo de expressar o orgulho de uma região tantas vezes esquecida pelos poderes, tantas vezes ostracizada.

Impossível perceber o clube sem nos perdermos nas ruas da Ribeira, na faina dos pescadores de Vila do Conde e da Póvoa (apesar do Rio Ave e do Varzim), nos bairros de gente pobre e trabalhadora, gente habituada ao frio que corta no inverno, frio que magoa a pele, mas que não quebra.

Impossível perceber o clube sem entendermos as lágrimas dos mais velhos com umas tripas feitas à antiga, as portas abertas entre vizinhos, as porradas dos miúdos nos seus jogos de bola na rua, as asneiras transformadas em modo de vida, o poder dos “pintas”, mas também a arte única que têm de oferecer a única camisola que têm no corpo a um estranho que possa ter frio.

2.
Ser do FC. Porto é um ato de resistência.

Vestir aquela camisola é um grito contra as injustiças, contra os poderes que condenam o norte a ser um parente pobre, contra os jornais que oferecem sempre as suas primeiras páginas ao Benfica ou ao Sporting, contra os que não compreendem que a vida custa a ganhar, contra os privilegiados.

Ser do FC. Porto é comer a camisola e fazer o que é preciso para ganhar.
Numa guerra faz-se o que for preciso.

3.
Ser do FC. Porto é respeitar a pronúncia e o Douro, é ter orgulho nas duas margens do rio, é saber respeitar os mortos e a memória.

Jogar no FC. Porto é fazer parte de uma família e contribuir para uma história que torna cada pessoa mais importante do que os títulos que ganha.

4.
É assim que vejo o FC. Porto.

Irrita-me?
Muitas vezes.

Gostaria que o Benfica pudesse ser assim?
Não. Pela simples razão de que a identidade não é um desejo, a identidade de cada clube depende da sua história e do lugar de onde se é.

Benfica e o Sporting têm a sua própria identidade.

Mas não me digam que o FC. Porto não é extraordinário.

Não me digam que não é mais do que um clube.

Não me digam que não é uma bandeira dos que acreditam que não há derrotados por antecipação – na vida ou num campo de futebol – que tudo é possível quando se combate com convicção pelo que se acredita.

Não é, Jorge Costa?

LO
Tal e qual.
 
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Fcp Espinho

Superior
3 Agosto 2025
16
31
A melhor homenagem seria mesmo de dar o nome Jorge Costa ao centro de formaçao temos que fazer chegar a proposta até a direçao nada melhor do que ele para representar os valores que mais precisamos para formar o futuro do nosso clube assim o seu nome seria sempre repetido e sempre visto cada vez que as equipas entrassem para treino
 

JJC

Tribuna
26 Maio 2014
4,913
5,416
Na minha opinião, a camisola 2 deve estar guardada para quem a merecer e quem a vestir tem de saber o peso que carrega.

Não é para jogadores que, no próximo ano, já estarão de saída ou que não conhecem nada do clube.

Não sou a favor de a retirar em homenagem ao Jorge Costa, porque antes dele houve outro grande número 2: João Pinto, que até pedras levou em nome do FC Porto, e foi ele quem, em gesto simbólico e com sentido de testemunho, passou esse número ao Bicho. Colocar o seu nome ao novo centro de estágio, acho que assenta melhor.

Gostava que este número se tornasse um marco na vida de um jogador do Porto - dos poucos, ser o eleito para a vestir, com tudo o que isso exige em responsabilidade e identidade com o clube.
 

JorgeCosta23

Tribuna Presidencial
4 Janeiro 2019
8,833
16,536
Já a capa do Record… não lembra a ninguém.

Com tantas fotos marcantes da carreira como jogador, escolheram logo a pior possível (nem a camisa está passada), sem uma única referência ao campeão que foi. Depois carregam a capa de texto, como se não soubesse o que aconteceu e fosse preciso explicar tudo às pessoas.

Completamente ao lado, na minha opinião.
A Bola e um jornal lampiao mas editorialmente e sensato. O Record e da Cofina, so querem sangue e audiencas, sao nojentos como todos os produtos da Cofina. Nem vale a pena.