O lance do golo foi desconcentração do neuhen penso eu e do medio que ficaram a dormir.
A jogada começa no guarda-redes do adversário.
O FC Porto tenta pressionar alto, mas fá-lo sem coordenação. Há um desfasamento claro entre a linha da frente e o meio-campo — sem cobertura entre setores.
Em passes verticais simples, o Moreirense quebra a primeira e a segunda linha.
O nosso meio-campo está mal posicionado, os médios estão de costas para o jogo ou adiantados demais — e ninguém compensa.
Resultado? Espaço nas costas dos médios para o adversário progredir com bola controlada.
A linha defensiva está adiantada e sem proteção.
Quando o passe entra entre lateral e central, o Neuhén não recua nem fecha dentro, e o médio que devia cobrir a linha de passe não lê o lance.
Em segundos, o adversário está isolado na cara do Cláudio Ramos.
A jogada parece simples — e é. Mas isso só acontece porque há um buraco estrutural no posicionamento do bloco.
Isto já se via no Cruz Azul:
No México, o Cruz Azul de Anselmi sofreu vários golos exatamente assim:
Momento sem posse de bola com o bloco muito esticado
Centrais em inferioridade numérica ou mal posicionados
Médios sem reação à perda e sem noção de cobertura
Porque no modelo do Anselmi, quando a equipa está sem a bola, o foco está todo na reação com bola — e não na prevenção da perda ou nos momentos sem bola.
No Cruz Azul havia mais espaço, menos intensidade, adversários menos preparados para explorar esse tipo de transição.
Não é desconcentração. É sistema.
Podes apontar o Neuhén ou o médio como responsáveis pelo golo.
Mas a verdade é que este tipo de erro acontece todas as semanas.
E se acontece com diferentes jogadores, em diferentes zonas, contra diferentes adversários...
Então o problema não é a desconcentração.
Quando sofres este tipo de golo com esta frequência, não é azar, nem acidente.