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SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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7,143
A "economia liberal" só funciona se as pessoas cancelarem a netflix porque o CEO apoiou a Kamala ou boicotarem filmes da Disney porque a pequena sereia é mestiça.

Tudo o que vem em sentido inverso chama-se "cultura de cancelamento".
Fodasse impressionante.

Seria a mesma coisa se o filme Prince of Pérsia tivesse uma loira de olhos azuis ou um berbere a fazer de Tonto no Lone Ranger.

Não tem sentido para forma como as coisas foram escritas.

E aparentemente essa merda é vexatório para uma actual linha de pensamento que ser inclusivo é misturar tudo numa batedeira e tá a girar.
Fodasse ser inclusivo não é meter uma pessoa de etnia africana a fazer de Afonso Henriques e um branco a fazer de imperador Irohito.

É apenas estupido
 
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Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
12,421
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Fodasse impressionante.

Seria a mesma coisa se o filme Prince of Pérsia tivesse uma loira de olhos azuis ou um berbere a fazer de Tonto no Lone Ranger.

Não tem sentido para forma como as coisas foram escritas.

E aparentemente essa merda é vexatório para uma actual linha de pensamento que ser inclusivo é misturar tudo numa batedeira e tá a girar.
Fodasse ser inclusivo não é meter uma pessoa de etnia africana a fazer de Afonso Henriques e um branco a fazer de imperador Irohito.

É apenas estupido
Não é nada vexatório.

Vexatório era meterem um negro a fazer de Afonso Henriques e tentarem convencer que é assim, porque historicamente o Afonso Henriques era negro.

Eu não estou a dizer chegar ao Prince of Pérsia, não mudar nada na história e só alterar o género da personagem. Tem que haver um trabalho de adaptação também a nivel do argumento.

Mas a arte e a performance sempre foi comunicar emoções, ideias e experiências, quebrar expectativas, questionar normas, provocar mudanças de pensamento e comportamento, provocar emoções, estimular o pensamento crítico, encarnar uma personagem. O que me estás a dizer é que se houver uma peça de teatro na escola do meu filho do meio, em que o Afonso Henriques se ia encontrar com um rei árabe e houvesse dois alunos para a peça, logo à partida o Vicente ia fazer de Afonso e o Mohammed de rei árabe. É que nem havia outra opção.
 
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SUPERMLY

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14 Setembro 2017
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Não é nada vexatório.

Vexatório era meterem um negro a fazer de Afonso Henriques e tentarem convencer que é assim, porque historicamente o Afonso Henriques era negro.

Eu não estou a dizer chegar ao Prince of Pérsia, não mudar nada na história e só alterar o género da personagem. Tem que haver um trabalho de adaptação também a nivel do argumento.

Mas a arte e a performance sempre foi comunicar emoções, ideias e experiências, quebrar expectativas, questionar normas, provocar mudanças de pensamento e comportamento, provocar emoções, estimular o pensamento crítico, encarnar uma personagem. O que me estás a dizer é que se houver uma peça de teatro na escola do meu filho do meio, em que o Afonso Henriques se ia encontrar com um rei árabe e houvesse dois alunos para a peça, logo à partida o Vicente ia fazer de Afonso e o Mohammed de rei árabe. É que nem havia outra opção.
Se não houver Mohammeds na turma dele, obviamente iria ser um caucasiano( ou outra etnia qualquer ) mas se houver tem toda a lógica que seja.

E isso não causa divisão nem segregação.
 

J | [Ka!s3r^].

Tribuna Presidencial
7 Abril 2012
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  • Alfredo Quintana
Wokes e anti-wokes unidos na defesa pela exclusividade étnica e cultural. É bonito de ser ver. As pessoas superaram as suas diferenças e uniram-se para se reduzirem às suas diferenças. Brilhante.
 

Cheue

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12 Maio 2016
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Fodasse impressionante.

Seria a mesma coisa se o filme Prince of Pérsia tivesse uma loira de olhos azuis ou um berbere a fazer de Tonto no Lone Ranger.

Não tem sentido para forma como as coisas foram escritas.

E aparentemente essa merda é vexatório para uma actual linha de pensamento que ser inclusivo é misturar tudo numa batedeira e tá a girar.
Fodasse ser inclusivo não é meter uma pessoa de etnia africana a fazer de Afonso Henriques e um branco a fazer de imperador Irohito.

É apenas estupido
por acaso o actor do Prince of Pérsia foi o Jake Gyllenhaal que é branco e até tem olhos azuis...

e que eu saiba não houve um choro mundial e gajos a de 40 anos anti-woke a fazer videos por causa disso...
 
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25 Julho 2007
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Wokes e anti-wokes unidos na defesa pela exclusividade étnica e cultural. É bonito de ser ver. As pessoas superaram as suas diferenças e uniram-se para se reduzirem às suas diferenças. Brilhante.
No fundo a critica maior que se faz aos wokes, a tal obsessão com a cultura identitária, é preconizada pelos dois lados da barricada.

A única diferença é que para os anti-woke, tais diferenças nem sequer deviam ser contempladas.
 

Manageiro de futból

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25 Julho 2007
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por acaso o actor do Prince of Pérsia foi o Jake Gyllenhaal que é branco e até tem olhos azuis...

e que eu saiba não houve um choro mundial e gajos a de 40 anos anti-woke a fazer videos por causa disso...
Acho que no exemplo dado, o problema seria se fosse a Maggie a fazer papel de prince. ;-)
 
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SUPERMLY

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14 Setembro 2017
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por acaso o actor do Prince of Pérsia foi o Jake Gyllenhaal que é branco e até tem olhos azuis...

e que eu saiba não houve um choro mundial e gajos a de 40 anos anti-woke a fazer videos por causa disso...
Mas não é loiro nem tem pele pálida.

Mas nem é esse o ponto da conversa.
A conversa é que sempre que há um retool a uma história( verifica ou ficção) que tem um enquadramento uma história e se muda esse enquadramento para algo sem o mínimo de sentido assumidamente por motivos políticos é estúpido.
As pessoas notam que é forçado.

E isto acontece não só nestes âmbitos.

Os filmes Jack Reacher tiveram o Tom Cruise como interprete um gajo com 168cm quando os livros explicitamente dizem o personagem tem 190cm+ e é loiro.

Houve críticas ferozes aos filmes porque o Tom Cruise não é representativo do Jack Reacher.
E isto nada tem a ver com esquerda ou direita ou com africanos ou indios
 
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Miguel Alexandre

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10 Março 2016
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  • Campeão Nacional 19/20
  • José Maria Pedroto
Bem,
que exagero.
O reductio ad hitlerum numa questão que se resume a ter mais ou menos personagens de uma determinada minoria por uma questão de audiência e lucro e porque as organizações pensaram em determinada altura que era isso que o público queria.

O que vale é que com a mudança política também virá uma mudança no cinema, e nunca mais teremos uma personagem a aprender a manejar um sabre de luz em duas semanas, em vez dos trezentos e dezasseis anos que estão regulamentados pelo sector.
Claro q é excessivo mas esse não é o sumo do argumento.

O q quis dizer é q a "engenharia social" passou a ser a razão para fazer uma série de filmes q sem essas nuances não teem razão de existir. Este tipo de decisão não é arte ou cinema.
 

Miguel Alexandre

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  • Campeão Nacional 19/20
  • José Maria Pedroto
Como não estou a ser sério?
Não consigo mesmo perceber a questão da cor da pele. Ou por outra, consigo perceber que isso seja uma questão se o realizador estiver exclusivamente a fazer um statment a dizer "está aqui um black onde antes estava um branco" e o resto do filme for só um adereço, percebo que se critique. Mas se for para além disso não percebo porque é que uma opção desse género retira imediatamente arte ao filme. Não percebo porque é que isso é um problema mas ao mesmo tempo substituir uma língua original já é aceitável?

Estamos a falar de estúdios privados, o financiamento vem das vendas. Se houver quem consome.... é a economia liberal a funcionar.
Acho q falamos de coisas diferentes. Nem todos os filmes são cinema muito menos arte.

O q estou a dizer é q todas as fases, gerações, décadas teem as suas prisões de engenharia social, os vilões foram russos, índios, árabes agora é outros...amanhã serão outros...é hipnose pouco me rala, agora quando vivemos numa época de dilúvio de conteúdos há q andar atento porque as massas estão sempre a ser conduzidas e conduzem-se através do ecrã.

Já aqui coloquei 3 vezes referência a Guy Debord "Sociedade do espectáculo" e pelas 3 x cairam-me em.cima pq o autor era um radical comunista, mas como estou-me lixando para isso volto a colocar.
Sugiro a todos, os mais próximos e aos mais distantes.

Acho ridículo a forma como se criam novas prisões e regras monolíticas para se fazer cinema e o mais estranho é q se aceita isso como se tornar o negócio do cinema uma coisa emparedada como uma religião com postulados e premissas não fosse um tiro no pé.

Acho mesmo q falamos de coisas diferentes, tocam-se mas diferentes.
 

Cheue

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12 Maio 2016
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Mas não é loiro nem tem pele pálida.

Mas nem é esse o ponto da conversa.
A conversa é que sempre que há um retool a uma história( verifica ou ficção) que tem um enquadramento uma história e se muda esse enquadramento para algo sem o mínimo de sentido assumidamente por motivos políticos é estúpido.
As pessoas notam que é forçado.

E isto acontece não só nestes âmbitos.

Os filmes Jack Reacher tiveram o Tom Cruise como interprete um gajo com 168cm quando os livros explicitamente dizem o personagem tem 190cm+ e é loiro.

Houve críticas ferozes aos filmes porque o Tom Cruise não é representativo do Jack Reacher.
E isto nada tem a ver com esquerda ou direita ou com africanos ou indios
mas o filme certamente vende mais com o Tom Cruise do que um actor qualquer só por ser loiro e ter 1.90m.

mas o choro que se vê actualmente é quando se muda a cor da pele ou o sexo, ao ponto de haver pessoal a fazer carreira com isso e outros a fazer propaganda política com isso.

há pessoas que já nem sabem a ideologia e os programas dos partidos, sabem dos que são wokes vs os anti wokes.
 

Miguel Alexandre

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  • Campeão Nacional 19/20
  • José Maria Pedroto
Tu falas como se a igualdade e a diversidade fossem coisas más e comparáveis à máquina de propaganda bolchevique de superioridade do povo soviético.

Opá, a mim também me chateia os anúncios inclusivos e uma boa parte do cinema actual, não pela mensagem mas porque, a maior parte das vezes, é mostrada de uma forma que insulta a minha inteligência. Eu, na minha ética, acho indecente que se use a temática da doença mental ou da solidão para vender planos de telecomunicações.

Mas também é por isso que me irritam muito mais os anti-woke, porque em vez de atacarem o mensageiro e a forma, criticam a mensagem. O que me leva a pensar que, no fundo, o problema dos conservadores é mesmo com a mensagem.
Estás a perceber-me muito mal. Igualdade etc. não é para ser prostituida num anúncio de carro. Um gajo ou uma gaja a andar de carro com o slogan "Pela liberdade, pela diversidade", "compra mercedes".
Mais prostituição q uma senhora de rua.

Racismo, democracia, solidariedade...prostitui-se tudo, banaliza-se tudo, desde q seja o q todos fazem, bora lá...fica tudo artificial.

Não pode ser, não podemos permitir, temos intelecto para mais.
 

J | [Ka!s3r^].

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  • Alfredo Quintana
@Manageiro de futból , @Vlk


... muito se explicará por uma resposta reaccionária, de rejeição de valores humanos. Que costumavam ser tidos como desejáveis. Para escamotear o reaccionarismo, e os sentimentos e crenças subjacentes, procede-se a uma interminável tentativa de racionalização, de intelectualização sabuja de posições pouco recomendáveis, fazem-se incontáveis exercícios argumentativos... É a personagem que era branca-de-neve e tornou-se um pouco menos pálida: heresia, não pode ser!, tratava-se de uma entidade já estabelecida, não se pode. É a personagem nova que, simplesmente, é mulher ou homossexual: sacrilégio!, não pode ser, agora é só mulheres, estão a impingir coisas!... A personagem é mulher mas... pois, não faz sentido, há incoerências e tal... Ou seja, no fundo, nada pode ser. Somos pela igualdade, sim, claro, mas apenas de forma abstracta. No momento em que faz alguma coisa para dar mais visibilidade a um determinado grupo populacional... ai ai ai, ai ai ai, como dizia outro.

É tudo fumo e teoria. Assim que se fala em dar um nome de mulher a uma rua, em celebrar uma personalidade qualquer, se introduz... até nos jogos de vídeo... se introduz uma personagem que não reproduz um certo padrão de beleza... ultraje! A igualdade, a diversidade, a representatividade, etc. ... são louváveis, sim, e nenhum de nós é racista, misógino, intolerante, discriminatório... ora essa!... desde que nada se faça por esses valores. Infelizmente, há muito disto. Não necessariamente aqui e não necessariamente em todos os casos. ... porém, é uma característica muito actual. Por vezes não se compreende se a pessoa argumenta para apresentar o que pensa, ou se o faz para esconder aquilo em que acredita. Muitas vezes é demasiado óbvio. Como o caso de muitos criadores nas redes sociais, que têm canais inteiramente dedicados a malhar em filmes, séries, etc. etc. etc.... ; por mais racionalizações que apresentem, o que estão a defender encontra-se à vista de todos.

De resto, como é verdade que os extremos se tocam ou até se sobrepõe.
 
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Reações: MiguelDeco
Estado
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