Ainda treina ?
Primeiro, na minha opinião, o plantel da equipa B foi mal construído.@Paul Ashworth, @Tmgd99, gostava de saber o que vocês fariam neste caso; e estou a referir-me ao panorama mais abrangente do que apenas se mudavam de treinador (se sim, quem iam ou tentavam ir buscar para o lugar ?)..
Acreditam que esta nova direção não está muito preocupada (ou se é mesmo esse o objectivo) em ter a equipa B na Liga 3 ?
Nessa competição os jogadores podem (ou não) continuar a desenvolverem-se ao nível que tem acontecido com as ultimas fornadas que jogam na segunda liga ?
A questão económica pesa muito, ou seja, os custos de ter a equipa B na Liga 3 em vez da segunda liga, poupa-se milhões por época ou é praticamente a mesma coisa ?
Quando vejo o campeonato que um regime que também joga com miúdos e sem jogadores já em final da carreira, como nós temos tradição de fazer na nossa equipa B desde a sua criação, custa-me ver esta diferença de rendimento tao grande e gostava de saber o que vocês pensam sobre tudo isto.
Concordo plenamente e até escolhia Folha.Primeiro, na minha opinião, o plantel da equipa B foi mal construído.
Começo pela questão da LE. O Martim Cunha subiu dos sub17 (espero que regresse o mais rápido possível), Adramane Cassamá transitou da época passada, Kaio Henrique foi contratado e o André Lopes veio como um remendo.
Martim Cunha dono e senhor do lugar até à lesão. Nada a dizer. Se o Adramane Cassamá não contava para o totobola porque razão transitou da época passada?
Kaio Henrique foi contratado mas pelos vistos foi só para treinar.
Para mim não faz qualquer tipo de sentido começar a época com três jogadores para uma posição e meses depois ter que ir contratar um quarto elemento porque o titular se lesionou. É no minimo bizarra esta situação.
Passando para a LD, custa-me a crer que quando os responsáveis pela construção do plantel se sentaram para discutir pontos frágeis da equipa esta posição não estivesse no topo da lista. Custa-me ainda mais a crer que alguém ache que em contexto de segunda liga, Dinis Rodrigues e Filipe Sousa (que nunca antes tinha jogado como lateral) dessem garantias para este nível.
No meio campo, não faz absolutamente sentido nenhum ter Castro e Rodrigo Fernandes em simultâneo no plantel. Ou um ou outro. Até porque a contratação do Domingos Andrade para além de qualidade também aportou experiência à equipa.
Na frente, e uma vez mais, custa-me a crer como alguém pode considerar que Anha Candé chega para atacar uma época na II Liga. Nem vale a pena tocar em nomes como Afonso Leite e Luís Mota. Mas este problema, na minha opinião podia perfeitamente ser resolvido/atenuado com a promoção do Leonardo Fajardo. Não é dessa opinião a coordenação desportiva do clube.
Há também uma questão muito importante que merece ser debatida. Que "filosofia" se pretende para a equipa B?
Uma equipa que seja a imagem da equipa A? Sistema tático e dinâmicas similares de forma à futura integração dos jovens na equipa A ser mais "pacífica" mesmo que isso implique abdicar de talento.
Ou uma equipa que tenha em consideração o talento e as características dos seus jogadores e que se adapte de forma a aproveitar o melhor que cada um pode dar mesmo que isso dificulte de certa forma a posterior integração na equipa A?
Nenhuma das opções é perfeita. No entanto eu sou da opinião de que se deve priviligiar e procurar desenvolver sempre o talento. É disso que o futebol é feito e é disso que o mercado procura visto que o jogo atualmente se encontra padronizado.
De qualquer das formas, João Brandão não é treinador para liderar este projeto. Eu procuro sempre dar o benefício da dúvida aos treinadores (no início da época os resultados nem sempre correspondiam às exibições) mas depois de montar um meio campo com Domingos, Castro e Rodrigo foi a prova final que está completamente perdido. O último onze foi só mais um exemplo.
Para mim há dois candidatos óbvios (embora um a maioria não goste).
O primeiro é o Sérgio Ferreira. Disse-o no início da época e volto a dizê-lo agora. Deveria ter sido ele a comandar a equipa B desde o início. Capacidade de trabalhar jovens talentos, capacidade tática, comunicação e experiência.
O segundo é o regresso do António Folha. Com gerações limitadas a nível de quantidade e qualidade, conseguiu não só garantir o objetivo da permanência aliando qualidade de jogo (especialmente nestas últimas duas épocas) como também colocar jogadores na equipa A em todas as épocas. Já para não falar que o conhecimento que ele tem do clube como da equipa em si é um ponto importante numa troca a meio da época.
Certamente haverão outras escolhas de qualidade mas as minhas opções seriam estas.
Quanto à questão da descida à Liga3, se esta direção não está preocupada deveria estar. A Liga3 é menos competitiva do que a II Liga. Logo, os jogadores não estarão tão preparados para entrar na equipa A. Olhemos para o caso do SCP. Rodrigo Ribeiro, Afonso Moreira, Dario Essugo, Diogo Travassos, Mateus Fernandes, Samuel Justo, Diego Callai... tudo jovens com talento que depois de ultrapassarem a etapa na equipa B precisaram de empréstimos para tentar chegar à equipa principal. Basicamente, o funil para chegar à equipa A do SCP está ainda mais estreito devido à falta de competição adequada para o talento desses jovens.
Em relação à comparação com a equipa B do SLB, a equipa B do FCP tem mais juniores a jogar que a equipa B do SLB.
Segundo ponto, a equipa B do SLB também tem os seus jogadores experientes (e não são tão poucos como isso).
E terceiro, a equipa técnica faz toda a diferença.
Ps: peço desde já desculpa pelo "testamento"![]()
Gostava. Muito.O Ac. Viseu rescindiu com o Rui Ferreira, não seria de aproveitar e ir buscá-lo? Acho-o bem superior ao Brandão.