O VB enquanto for treinador do Porto será o treinador que apoiarei e a quem desejarei o melhor.
Neste momento, honestamente, não acho que mostre capacidade para treinar um clube da dimensão do Porto, provavelmente porque precisa de mais tempo para crescer e aumentar as suas capacidades em vários pontos.
Seja como for, este é um treinador que foi contratado num determinado contexto e que, acredito piamente, se a situação fosse outra nao estaria a treinar o FC Porto. Talvez num futuro a médio prazo o seu projeto de carreira pudesse passar por aqui, mas certamente, estando o clube numa outra situação financeira, não seria agora.
A questão que se coloca aqui é: devemos trocar o treinador ou não?
Já li diferentes respostas a esta questão e, qualquer delas com justificações que podem fazer sentido.
Honestamente, se a ideia é trocar de treinador, acredito que podemos ter perdido o momento ideal para o fazer e que seria depois do jogo em Lisboa com o benfica. Esse seria o momento que eu apontaria como ideal para uma mudança. Seja como for, temos sempre que ter em conta o que implicará essa mudança e no que é que se traduz.
Qual é o tipo de treinador que temos capacidade para trazer e para pagar? Esta é uma questão importante porque, se for para trazer alguns nomes que já li por aqui e que ouvi noutras paragens (desde Caixinha a Rui Borges) então mais vale estar quieto e manter a aposta no VB.
Trocar por trocar faz zero sentido e traz-me memórias do tempo em que mandamos o Lopetegui embora para trazer o Peseiro!
A época está longe de estar totalmente perdida ou destruída. Um dos objetivos caiu é certo e o momento que atravessamos está longe de ser o melhor. Ainda assim, estamos em segundo no campeonato e, embora o nosso plantel esteja abaixo do nível dos principais rivais (opinião pessoal, claro), estamos numa posição que nos permite ainda ambicionar e lutar pelos dois lugares do topo da tabela. Na Liga Europa estamos perfeitamente dentro da competição e com todas as condições para avançar para a próxima fase. Depois, convém não esquecer que não vão chegar clubes da champions pelo que, temos obrigação de ser um dos candidatos. Assim o devemos exigir. Não se exige ganhar a competição, mas exige-se uma prestação de um clube que é candidato a vencer. Ou seja, nao se podem tolerar mais situações como a que vimos na Noruega contra o Bodo.
Seja com este treinador ou com outro (acredito que vai ser com este) o que me parece é que a nossa exigência tem que ser máxima, o nosso apoio à equipa tem que ser incondicional. Ainda podemos conseguir coisas boas este ano.
Quanto ao resto, vou confiar no presidente AVB que foi a melhor coisa que aconteceu a este clube nos últimos largos anos. Não está imune à critica nem tem direito a um cheque em branco por parte dos adeptos (como é óbvio), mas merece pelo menos o beneficio da dúvida pelo muito e bem que tem feito. Vamos a ver no que isto dá!
Estamos em segundo à condição, mas o mais provável é sermos 3º em breve, com uma diferença significativa no confronto direto. É a realidade que enfrentamos e que precisa de ser encarada sem muitas ilusões.
Este treinador, não só não valorizou um único jogador, como está a desvalorizar o plantel inteiro. Jogadores como Diogo Costa, Varela ou até os jovens talentos da formação (Vasco, Mora, Martim), que poderiam ser ativos importantes para o clube, estão a perder valor a olhos vistos. Até o Samu que começou bem já perece estar a ser arrastado pela ineficácia dos planos de jogo promovidos pelo treinador. Se continuarmos neste ritmo, chegaremos ao final da época em 3º lugar, fora da Champions, obrigados a jogar uma pré-eliminatória da Liga Europa (depende da final da Taça) e sem argumentos para negociar vendas vantajosas. O impacto desportivo vai arrastar-se para o plano financeiro, e não podemos ignorar que o sucesso financeiro depende diretamente do desportivo. Neste momento, Vítor Bruno é um empecilho. Para mim é simples.
A prestação europeia é uma autêntica vergonha. Perder com o Bodo, empatar com um United reduzido a lances de bola parada e andar a fazer contas para passar uma fase de liga onde éramos um dos favoritos é um atestado de incompetência total. Vamos ser claros: ter sequer de jogar a fase a eliminar extra da Liga Europa, uma competição em que devíamos estar tranquilos, é o reflexo do estado atual da equipa. Não adianta tapar o sol com a peneira ou usar chavões para defender o indefensável. O cúmulo foi o treinador nem ter tido coragem para falar com os jogadores depois da goleada na cesta do pão. Isto é sintomático de uma liderança frágil e sem rumo.
Enquanto os nossos rivais com o Lage a apostar num modelo básico, mas que vai resultando, e o outro rival a viver uma incógnita mas com bases que podem ser utilizadas – nós parecemos uma equipa de meio da tabela, sem processos defensivos sólidos, sem construção de jogo decente e incapazes de criar uma única oportunidade contra uma defesa do Moreirense em 45 minutos. Isto não é o FC Porto. Acreditar que as coisas vão mudar só porque se dá confiança a Vítor Bruno é wishful thinking. Não há varinhas mágicas no futebol, há trabalho bem feito e competência, e ele já provou que não tem nenhuma das duas. Pode ter trabalho, mas é muito mal excetuado, aliás trocar os exercícios e a abordagem de treino provou isso e mesmo depois da troca ainda piorou a equipa.
Os sinais estão todos à vista. A equipa não melhora – pelo contrário, piora jogo após jogo. A resposta "esperada" foi um desastre, e, mesmo assim, continuamos a arrastar este treinador pelos bancos. Neste momento ele parece um excursionista que vai visitando os estádios onde vamos jogar. Se perder ou empatar o próximo jogo, vai bater outro recorde negativo com mais de 40 anos. Isto é inadmissível para um clube com a nossa história e ambição.
Com o VB não vamos conseguir nada. A Taça de Portugal já foi; contra os rivais, fomos goleados por um e abdicámos de competir com o outro. Na Liga Europa, qualquer jogo é um pesadelo porque a equipa demonstra enormes dificuldades contra qualquer equipa. O que nos foi disfarçando foram as vitórias contra adversários internos mais frágeis, algumas com exibições assustadoras como a primeira parte contra o Arouca ou a segunda contra o Santa Clara e o jogo no Dragão com o Braga. Mal a pressão aumentou, fomos afastados na Taça de Portugal contra uma das equipas "pequenas" com uma exibição má, muito má.
A verdade é esta: não há sinais de que Vítor Bruno vá dar a volta. Continuar a acreditar nisso é uma ilusão perigosa que pode custar muito caro ao clube.