Escrevi sobre isso ontem. O MP estava no limite do prazo (8 anos) para produzir uma acusação (ou o caso prescrevia).
É claro que o MP pode ter um caso muito sólido e bem fundamentado, com provas cabais (com sorte há escutas ou mails que possam ser usados, visto que os do Rui Pinto não podem), e podem ter decidido avançar só agora porque têm a certeza daquilo que têm em mãos.
Mas a história da justiça diz-nos que quando habitualmente o MP deixa arrastar muito a investigação, quase até ao fim do prazo legal para deduzir acusação, é porque o caso é fraco e "vão à guerra com o que têm" só para mostrar à PGR (e aos contribuintes) que pelo menos os recursos gastos na investigação foram aplicados...
Quando digo caso fraco não digo que o prevaricador seja inocente mas sim que é um caso com pouca probabilidade de ser provado em tribunal.
Também vai depender muito dos juizes que apanharem. O E-toupeira apanhou uma juíza na fase de instrução cujo marido, que veio-se a saber depois, era sócio com lugar anual na Luz. Quando assim é fica difícil... Recordo que o que não falta na nossa justiça é juizes sem qualquer distanciamento para apreciar certos assuntos, o que não falta é exemplos assim. Basta ver que neste caso até um atual juiz que chegou ao STJ está envolvido....
Vamos ver mas estou pouco confiante.