Críticas que, até ver, considero justas:
- Teimosias em jogadores que insistem em não render, havendo quem cumpra melhor as respetivas funções dentro do plantel - Otávio, Pepê e Namaso à cabeça. A fazer lembrar o seu antecessor;
- Afinação da transição defensiva - ainda noto bastante facilidade para o adversário nos conseguir apanhar desprevenidos e nos colocar em situações de pânico com processos relativamente simples;
- Substituições tardias - hoje e em Alvalade foi por demais evidente.
Críticas nas quais não consigo ver fundamento:
- Comparações com o futebol do antecessor - aqui há mudanças evidentes. De um modelo de procura constante da profundidade e de pouco risco em organização ofensiva, agora vejo uma equipa a querer jogar apoiado e mais associativo, explorando muito (por vezes demais) a zona interior do terreno. Nota também para o facto de explorarmos bem mais a meia-distância, algo que anteriormente não existia. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, e prefiro de longe a abordagem atual;
- Críticas a vitórias no sofrimento - este foi o primeiro jogo da época em que aconteceu, muito por culpa de um GR a fazer a exibição da vida dele, com a colaboração dos postes. Criámos o suficiente para sair para o intervalo com o jogo resolvido. Depois, na segunda parte, um erro patético do Otávio intranquiliza a equipa, e aí sim, começou a ser tudo feito mais com o coração do que com a cabeça - a rever. De resto, tivemos vitórias tranquilas no Dragão e nos Açores e uma derrota natural contra uma equipa que joga há mais de um ano de olhos fechados, e que neste momento está, como é normal, num patamar superior ao nosso;
- Vereditos definitivos - já li por aí que não serve e que devemos mudar o mais rápido possível. Para mim é extremamente precoce para dizer isto, tendo em conta o trabalho até agora demonstrado. Prefiro esperar para ver mais, se consegue evoluir nos erros que comete e se consegue continuar a potenciar uma ideia de jogo que considero interessante e que tenho esperança que evolua para outro patamar com alguns intérpretes diferentes.
De resto, quem me conhece sabe que VB não seria, de todo, a minha aposta para esta época. A partir do momento em que é nosso treinador, cabe-me apoiar com toda a racionalidade, sem que isso me impeça de reconhecer os defeitos. Enquanto vir que há condições, terá a minha defesa.
Temos um teste de fogo no próximo fim-de-semana. Conto com uma exibição muito melhor que a de hoje para podermos vencer esse jogo importantíssimo.