Eu compreendo a opção de AVB pela estabilidade, sacrificando alguns dias na preparação. Creio que o objetivo é claro: dar tranquilidade total ao treinador para pelo menos garantir o terceiro lugar (até acho que isso deve ser uma maior preocupação para AVB do que a Taça) porque isso será determinante para planear a próxima época.Adiar a decisão sobre a continuidade ou não do treinador para mim é um erro estratégico. São mais 18 dias com esta situação pendente e consequentemente com a preparação da próxima época em suspenso. Eu percebo que a tomada de posse como diretores da SAD possa atrasar algum tipo de decisões mas para se ter uma conversa sobre o projeto desportivo e sobre a vontade ou não do treinador abraçar esse projeto pode ser feita a qualquer hora.
Acho que neste caso nenhuma das estratégias pode ser considerada 100% infalível. Falar já com SC, se a conversa correr mal, acarreta riscos de cisão e rutura e de descomprometimento com os objetivos que faltam, mas ganhava-se tempo para começar a preparar já próxima época. Falar com SC depois da Taça garante que até lá o foco dele é aquele (e também caso aconteça uma hecatombe e acabes em quarto e percas a taça, dá a AVB mais argumentos para o despedir ou rever drasticamente o contrato) mas perde-se aqui alguns dias onde já se podia começar a arrumar a casa.
Aqui é uma moeda ao ar e AVB fez a sua escolha mas não se pode dizer que foi inconcebível. Havia duas estratégias plausíveis possíveis, ele escolheu uma.