Enquanto a Europa se autodestruia entre a primeira e segunda guerra, o Irão era uma monarquia constitucional focada no desenvolvimento social e económico, com grandes avanços nos direitos laborais, sociais e humanos.
Depois cometeram o erro de quererem garantir que as empresas britânicas que exploravam as reservas petrolíferas estavam a pagar o valor que estava acordado. As empresas recusaram as auditorias, e o governo respondeu com uma limitação de exploração, na prática uma nacionalização do petróleo. A Grã-Bretanha e os EUA gritaram comunismo (quando o Irão até estava em conflitos constantes com a Rússia) e organizaram um golpe de estado para implementar um regime militar com poder total para o Pahlavi, que como já referiram, se tornou num fantoche americano.
A revolução islâmica tem o apoio do povo iraniano porque é vista como uma liberação de uma monarquia repressiva. Mas tem também o apoio americano. Nos últimos anos de vida, o Pahlavi tornou-se um problema para os EUA, aumentando o preço do petróleo (que motivou a crise petrolífera que levou à primeira falência portuguesa, por exemplo) e ao lançamento do programa nuclear iraniano. O Khomeini estava em contacto constante com dirigentes americanos, pedindo apoio sob a promessa de não interferir nos interesses petrolíferos americanos. Depois da revolução, e quando o Khomeini voltou atrás na palavra e apelou a outras revoluções islâmicas em países do Médio Oriente, os EUA apoiaram o Saddam na invasão ao Irão, o que consolidou e popularizou o regime islâmico dentro do Irão.
Tivesse o Ocidente ficado quieto há 70 anos atrás e o Irão poderia talvez ser hoje parte do mundo desenvolvido e não o caos teocrático e balístico que é atualmente...