Lista B - André Villas-Boas

Estado
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MartinsDragão

Tribuna Presidencial
4 Fevereiro 2015
27,078
19,196
Houve quem falasse no Zubizarreta pela ligação que houve com ele no Marselha e pelo mesmo estar sem clube no momento. Mas não adianta especular muito até porque podem se elevar expetativas e depois sair desapontados.

Estou confiante que será um nome competente, até pela forma como o André tem falado dessa pasta da gestão desportiva e da sua importância.
A relação de Zubizarreta, diretor desportivo no Marselha, com AVB sempre foi muito boa, ao contrário da ligação de Zubizarreta com a direção do clube marcada por diversas divergências. Recorde-se que AVB foi sugerido ao Marselha por Zubizarreta e foi considerado o treinador do ano pelo jornal L'Equipe e pelos adeptos franceses, nessa primeira época dos dois.
 

grandeFCP

Tribuna Presidencial
25 Maio 2014
6,312
6,695
Se o Casillas tivesse experiência como director desportivo, acredito que fosse um nome possível.

Lucho Gonzalez pode ser um nome possível também!
Acho que AVB irá apostar em alguém com o perfil semelhante ao Miguel Ribeiro do Fama.
A qualidade de reforços que teem chegado ao Famalicão, oriundos de diversos pontos geográficos e a preços baixos, julgo ser esse um dos caminhos que temos que apostar para o reforço do plantel da equipa B, etc.
Sendo certo que a formação e o scouting vão ser uma aposta real julgo que um ex jogador sem provas dadas a esse nível não será neste momento a opção para tal, não querendo dizer que não possa trabalhar com o FCPorto na descoberta de talento, mas o " Tal" que será apresentado espero que tenho um perfil mais "sólido".
 
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Roberto_FCP

Tribuna Presidencial
Staff
9 Março 2012
17,726
41,422
A relação de Zubizarreta, diretor desportivo no Marselha, com AVB sempre foi muito boa, ao contrário da ligação de Zubizarreta com a direção do clube marcada por diversas divergências. Recorde-se que AVB foi sugerido ao Marselha por Zubizarreta e foi considerado o treinador do ano pelo jornal L'Equipe e pelos adeptos franceses, nessa primeira época dos dois.
Ainda há pouco tempo li uma entrevista do Zubi e ele falou dessa boa relação.

 

grandeFCP

Tribuna Presidencial
25 Maio 2014
6,312
6,695
A relação de Zubizarreta, diretor desportivo no Marselha, com AVB sempre foi muito boa, ao contrário da ligação de Zubizarreta com a direção do clube marcada por diversas divergências. Recorde-se que AVB foi sugerido ao Marselha por Zubizarreta e foi considerado o treinador do ano pelo jornal L'Equipe e pelos adeptos franceses, nessa primeira época dos dois.
Conheces o trabalho do Zubizarreta?
Para além do Marselha passou por onde?
Se a aposta em AVB foi dele acho que foi uma grande aposta ( bom olho).
No resto e no talento que possa ter levado para o Marselha não sei, desconheço.
Julgo que iremos necessitar de alguém forte nesta matéria, com um perfil sólido nesta área.
O FCPorto tem que aposta bem não próxima época desportiva, com um bom planeamento, como tal sera crucial alguém que mostre desde logo bom trabalho, digamos assim.
 

Portista 88

Bancada lateral
9 Junho 2019
743
1,235
Respondendo a todos, individualmente já não dá.

O problema dos apoiantes do AVB, pelo menos neste fórum, continua a ser a deslegitimação de quem se lhes opõe, ou contra-argumenta. Partem sempre do princípio que têm toda a razão. Quem não pensa como eles, ou está cego, ou é burro, ou é mamão. Todo o esclarecimento e razão está do seu lado. A melhor maneira para perder uma eleição é ter essa atitude. Nesse sentido, o melhor para o AVB é mesmo ter-vos presos na cave, umas espécies de Nuno da Câmara Pereira.

Por outro lado, continua a retórica de que tudo está mal, o clube acabará se não vencerem, o céu vai cair em cima da cabeça, etc. Nesse sentido, parecem o José Gomes Ferreira antes das eleições, ou, com o devido respeito aos mortos, o Medina Carreira durante décadas. Presumo que no dia seguinte às eleições, de repente, afinal tudo está bom. Quando assim não for, claro, será a herança pesada.

A retórica utilizada, sim, tem muito a ver com a do CHEGA. São "os tachos", "a corrupção", etc. Num universo como o dos associados de um clube de futebol popular algum populismo é mesmo inevitável. Mas acaba por ser um pouco como o caso do CHEGA. Trata-se de uma pequena elite burguesa a financiar e municiar uma candidatura utilizando uma retórica que pensam agradar às massas. Ou seja, incitam ao ódio para com ele enganarem e atraírem as massas. Pode resultar. Com o CHEGA resultou. Assim como no caso do CHEGA, já começou o processo de colocar em causa o resultado eleitoral se lhes vier a ser desfavorável. Hoje vindo do próprio candidato.

Em relação ao fórum, o tipo de linguagem utilizada para descrever dirigentes, treinadores, jogadores, etc está muito para lá daquilo que é razoável. Uma coisa é utilizar ironia, picardias, etc. Outra coisa é o insulto gratuito. Insultar por insultar. Não é chamar nomes ao Pêpê por ter falhado aquele golo no jogo do Gil Vicente, ou ao Wendell por ter sido expulso com o Atlético. É mesmo atirar à honra e querer dizer isso. Na minha opinião, deverá ser matéria de reflexão.
 

apocalypto

Tribuna Presidencial
28 Novembro 2006
85,086
83,200
40
Respondendo a todos, individualmente já não dá.

O problema dos apoiantes do AVB, pelo menos neste fórum, continua a ser a deslegitimação de quem se lhes opõe, ou contra-argumenta. Partem sempre do princípio que têm toda a razão. Quem não pensa como eles, ou está cego, ou é burro, ou é mamão. Todo o esclarecimento e razão está do seu lado. A melhor maneira para perder uma eleição é ter essa atitude. Nesse sentido, o melhor para o AVB é mesmo ter-vos presos na cave, umas espécies de Nuno da Câmara Pereira.

Por outro lado, continua a retórica de que tudo está mal, o clube acabará se não vencerem, o céu vai cair em cima da cabeça, etc. Nesse sentido, parecem o José Gomes Ferreira antes das eleições, ou, com o devido respeito aos mortos, o Medina Carreira durante décadas. Presumo que no dia seguinte às eleições, de repente, afinal tudo está bom. Quando assim não for, claro, será a herança pesada.

A retórica utilizada, sim, tem muito a ver com a do CHEGA. São "os tachos", "a corrupção", etc. Num universo como o dos associados de um clube de futebol popular algum populismo é mesmo inevitável. Mas acaba por ser um pouco como o caso do CHEGA. Trata-se de uma pequena elite burguesa a financiar e municiar uma candidatura utilizando uma retórica que pensam agradar às massas. Ou seja, incitam ao ódio para com ele enganarem e atraírem as massas. Pode resultar. Com o CHEGA resultou. Assim como no caso do CHEGA, já começou o processo de colocar em causa o resultado eleitoral se lhes vier a ser desfavorável. Hoje vindo do próprio candidato.

Em relação ao fórum, o tipo de linguagem utilizada para descrever dirigentes, treinadores, jogadores, etc está muito para lá daquilo que é razoável. Uma coisa é utilizar ironia, picardias, etc. Outra coisa é o insulto gratuito. Insultar por insultar. Não é chamar nomes ao Pêpê por ter falhado aquele golo no jogo do Gil Vicente, ou ao Wendell por ter sido expulso com o Atlético. É mesmo atirar à honra e querer dizer isso. Na minha opinião, deverá ser matéria de reflexão.
As tácticas do chega são precisamente aquelas que são utilizadas pela candidatura de PdC.
 

Dragon G

Tribuna Presidencial
28 Abril 2012
5,868
4,133
Respondendo a todos, individualmente já não dá.

O problema dos apoiantes do AVB, pelo menos neste fórum, continua a ser a deslegitimação de quem se lhes opõe, ou contra-argumenta. Partem sempre do princípio que têm toda a razão. Quem não pensa como eles, ou está cego, ou é burro, ou é mamão. Todo o esclarecimento e razão está do seu lado. A melhor maneira para perder uma eleição é ter essa atitude. Nesse sentido, o melhor para o AVB é mesmo ter-vos presos na cave, umas espécies de Nuno da Câmara Pereira.

Por outro lado, continua a retórica de que tudo está mal, o clube acabará se não vencerem, o céu vai cair em cima da cabeça, etc. Nesse sentido, parecem o José Gomes Ferreira antes das eleições, ou, com o devido respeito aos mortos, o Medina Carreira durante décadas. Presumo que no dia seguinte às eleições, de repente, afinal tudo está bom. Quando assim não for, claro, será a herança pesada.

A retórica utilizada, sim, tem muito a ver com a do CHEGA. São "os tachos", "a corrupção", etc. Num universo como o dos associados de um clube de futebol popular algum populismo é mesmo inevitável. Mas acaba por ser um pouco como o caso do CHEGA. Trata-se de uma pequena elite burguesa a financiar e municiar uma candidatura utilizando uma retórica que pensam agradar às massas. Ou seja, incitam ao ódio para com ele enganarem e atraírem as massas. Pode resultar. Com o CHEGA resultou. Assim como no caso do CHEGA, já começou o processo de colocar em causa o resultado eleitoral se lhes vier a ser desfavorável. Hoje vindo do próprio candidato.

Em relação ao fórum, o tipo de linguagem utilizada para descrever dirigentes, treinadores, jogadores, etc está muito para lá daquilo que é razoável. Uma coisa é utilizar ironia, picardias, etc. Outra coisa é o insulto gratuito. Insultar por insultar. Não é chamar nomes ao Pêpê por ter falhado aquele golo no jogo do Gil Vicente, ou ao Wendell por ter sido expulso com o Atlético. É mesmo atirar à honra e querer dizer isso. Na minha opinião, deverá ser matéria de reflexão.
Vai chamar Pai a outro.
 

VPM

Tribuna Presidencial
3 Junho 2019
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O Luis Campos não estava meio tremido no PSG por causa do caso Mbappe?
Dassss… Gostaria de saber sinceramente de onde vem esse hype com o Luís Campos… E que fique claro que não dou nenhuma relevância ao facto de não ser portista…
 

MeteOMarega

E, azul e branca, essa bandeira avança...
15 Maio 2018
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  • André Villas-Boas
  • José Maria Pedroto
  • Deco
  • Lucho González
Dassss… Gostaria de saber sinceramente de onde vem esse hype com o Luís Campos… E que fique claro que não dou nenhuma relevância ao facto de não ser portista…
Hype nenhum. Vi uma noticia à pouco sobre isso do Mbappe, só isso. É tuga, conhecido, andava por França na altura AVB. Sei lá, era um nome para o barulho 😂
 

MartinsDragão

Tribuna Presidencial
4 Fevereiro 2015
27,078
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Conheces o trabalho do Zubizarreta?
Para além do Marselha passou por onde?
Se a aposta em AVB foi dele acho que foi uma grande aposta ( bom olho).
No resto e no talento que possa ter levado para o Marselha não sei, desconheço.
Julgo que iremos necessitar de alguém forte nesta matéria, com um perfil sólido nesta área.
O FCPorto tem que aposta bem não próxima época desportiva, com um bom planeamento, como tal sera crucial alguém que mostre desde logo bom trabalho, digamos assim.
Conheço o que todos conhecem por alto. Zubizarreta trabalhou no Athletic Bilbau aproximadamente uma década e foi, posteriormente, diretor desportivo de 2010 a 2015, no Barcelona. Depois foi para o Marselha e de momento encontra-se sem clube. Acho um bom nome para um clube onde a figura de diretor desportivo nunca existiu e via com bons olhos essa função.
 
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vitor oliveira

Tribuna Presidencial
26 Janeiro 2007
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Gondomar
  • André Villas-Boas
  • Alfredo Quintana
  • Reinaldo Teles
  • Vítor Hugo
Fica aqui algumas parte mais interessantes de uma entrevista de Zubizarreta:
No seu último período como diretor-desportivo, no Marselha, trabalhou com André Villas-Boas. Como foi essa convivência?
A verdade é que foi muito boa. Eu já tinha alguma relação com o agente do André, o Carlos [Gonçalves], mas nunca tínhamos tido a possibilidade de trabalharmos juntos num clube. Quando se deu a saída de Rudi Garcia, eu falei com o presidente do clube e disse-lhe que achava que o André era a nossa melhor opção. Temia que ele tivesse outras possibilidades, mas falámos, entendemo-nos muito rapidamente e a partilha do quotidiano foi muito boa. Tanto falávamos do nosso trabalho no Marselha, como sobre futebol em geral, dos caminhos em direção aos quais o jogo vai… É um homem com uma inteligência futebolística extraordinária e isso permitiu-me aprender e conhecer muito. Foi óptimo ver a equipa a crescer, conseguimos a classificação para a Liga dos Campeões, que era algo que procurávamos há muito tempo. Foi o ano da Covid, a Liga parou a 15 de março e a partir daí tudo foi mais complexo. Trabalhámos juntos durante 10 meses e eu aprendi e desfrutei muito desse período, porque o André é um grande profissional, mas também uma grande pessoa. Ele tem grandes qualidades como ser humano, as quais te permitem discutir, falar e debater, não só sobre o futebol, mas também sobre muitos outros temas.
Fala de “outros temas”. André Villas-Boas tem muitos outros interesses além do futebol...
Eu creio que, no futebol, cada qual tem a sua personalidade, mas é verdade que o André, por ter começado muito cedo e ter tido uma carreira muito particular — sem ter jogado futebol e tendo um início muito jovem em grandes clubes —, tem acumulado experiências no futebol que, geralmente, chegam-te muito mais tarde. Ele ainda é jovem, mas tem um percurso, vivências e uma experiência próprias de gente muito mais velha. E claro que o André é uma pessoa com interesses diferentes. Podes falar com ele de carros ou sobre tudo na vida. E isso é importante porque, no final de contas, o futebol não deixa de ser um elemento que está nas nossas vidas. E num clube com tanta paixão como o Marselha — e sei que o André tinha estado no FC Porto, outro clube de grande paixão — isso também o levou a conectar muito bem com a massa social. Creio que ele gostou da energia que dá essa paixão da gente de Marselha, a energia que dá aquela maneira de viver o futebol, a vida, o Velodróme com público. Tudo isso não é estritamente o jogo, mas faz parte do futebol como atividade que junta gente, que reúne e gera paixão.
 

vitor oliveira

Tribuna Presidencial
26 Janeiro 2007
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Gondomar
  • André Villas-Boas
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Já que falamos do Marselha. Considera que França é o país onde mais talento se forma, neste momento, na Europa?
Portugal também não está nada mal nesse campo [risos]. Eu creio que em França sucede o mesmo que em Portugal, e que é algo diferente de outros países: o talento viaja, isto é, quando há um talento interessante, esse jogador acaba por sair do país, e fá-lo, provavelmente, demasiado cedo. Antes, um jogador podia estar até aos 23 ou 24 anos em clubes franceses ou portugueses, como o Sporting, o Benfica ou o FC Porto. Isso permitia aos clubes crescer e depois vender os jogadores. Agora o talento cresce rapidamente e sai muito rapidamente, não dando muito tempo para que os clubes de origem possam desfrutar desses talentos. É verdade que em França surge imenso talento, também porque há uma população numerosa — aí não se pode comparar a Portugal — e como resultado das misturas culturais e de diferentes estilos e culturas de futebol. Isso leva à criação de um tipo de jogador francês que se consegue adaptar muito bem à globalidade do futebol europeu, sobretudo ao inglês, que é aquele que mais compra no mercado, mas também ao espanhol, italiano e alemão. Trata-se de um tipo de futebolistas que, pelas suas características físicas e técnicas, costuma adaptar-se muito rapidamente ao futebol europeu. Julgo que essa é a causa pela qual há muitos jogadores que saem de França e que levam a que haja tantas atenções de grandes clubes sempre centradas na Ligue 1, clubes esses que já sabem que a adaptação do jogador que sai dali será, provavelmente, rápida.
Pelo que diz, parece considerar que, neste aspeto, há algumas semelhanças entre o contexto do futebol francês e o do português.
Julgo que no futebol francês há uma grande importância de certas virtudes físicas, enquanto, em relação ao talento do futebol português, eu diria que está mais relacionado com talento do jogo, adaptação ao jogo, velocidade. Gente como João Félix ou Bernardo Silva, para dar exemplos de dois jogadores com talento para a associação, com técnica. É algo mais parecido ao futebol espanhol, como uma característica do futebol peninsular, digamos assim. Em França, há, também, jogadores com este estilo técnico, mas também futebolistas de muita capacidade física, muito fortes na recuperação. Claro que esta é uma análise muito simplista. Se o Ricardo Carvalho me estivesse a ouvir agora, ele ficaria muito chateado comigo, mas dá a sensação de que, em Portugal, se formam muitos jogadores ofensivos e de ataque, com o Cristiano como número um, ao passo que França dá outro tipo de jogadores, desde logo muitos defesas-centrais. Ainda que, tendo eu trabalhado com o Ricardo Carvalho [que foi adjunto de Villas-Boas no Marselha], me veja forçado a relativizar isto.
Já foi diretor-desportivo no Athletic, Barcelona e Marselha. Há muitas maneiras diferentes de interpretar essa função. No seu entender, o que deve fazer um diretor-desportivo?
A primeira coisa é, de facto, definir o que se quer em cada trabalho e como é cada clube. Por exemplo, ser diretor-desportivo no Athletic ou no Barça é totalmente diferente, desde logo porque o Athletic está muito condicionado na sua abordagem ao mercado. O mais importante é começar por entender para que clubes vais e de que é que esse clube precisa. No Marselha, o que era preciso era desenvolver toda a estrutura do futebol, todo o futebol de formação, criar uma cultura de clube desde os mais jovens até à equipa principal, explicar o projeto ao público. Neste caso, era preciso criar infraestruturas e trabalhar para melhorar as condições de trabalho de todas as equipas, tanto que no Marselha criámos uma nova academia. Às vezes, avaliam-se os diretores-desportivos só pelo mercado, pelos jogadores que são contratados, mas há muito mais trabalho na organização da estrutura de futebol: que jogadores vão subindo de categoria para categoria, que tipo de contrato devem ter esses jogadores, que treinadores são os mais indicados para cada grupo etário, qual a melhor metodologia de treino para que haja algum tipo de linha de continuidade desde que um jogador tem 15 ou 16 anos até à equipa principal. Tudo isto integra-se nesta ideia de criação de cultura de clube, na qual também passa o papel da escola para os jovens ou a atenção às famílias dos jogadores. Estas tarefas podem estar todas na esfera do diretor-desportivo, só que há clubes onde algumas destas componentes já estão mais desenvolvidas e outros nos quais certas áreas não estão tão trabalhadas e é preciso trabalhar mais nelas. Outra componente muito importante é a capacidade de explicar o projeto, quer no plano interno (ao proprietário e direção), quer no externo (aos adeptos e público em geral).
Há sempre um grande debate sobre que peso devem ter os treinadores nas contratações. Acha que os técnicos devem ter que papel na definição das aquisições?
Depende de que projeto de clube for. Por exemplo, se contratas André Villas-Boas, tens de explicar-lhe qual é o projeto e, dentro do projeto que tínhamos, era importante a opinião do André. Nós podíamos oferecer-lhe alguns jogadores e ele também podia contribuir com certas opções, gerando-se depois um debate para escolhermos qual a melhor opção. E às vezes a melhor opção não é exatamente o jogador que querias contratar, porque é mais caro ou acabou de renovar no seu clube, logo tens de estar sempre a avaliar tudo isso. Mas isso era neste caso concreto. Há outros clubes nos quais, quando o treinador é contratado, já lhe é dito que, no mercado, o peso da sua opinião será mínimo porque as decisões são tomadas pela direção ou pelos donos. Cada clube é um mundo com as suas particularidades. No Athletic, um treinador pode ter a sua opinião, mas depois o mercado de jogadores bascos é muito reduzido e limitado. Para mim, o mais importante é que fique claro, desde o momento em que um treinador se incorpora ao clube, quais são as condições de trabalho, e se dentro dessas condições a opinião do técnico vai ser fundamental ou não. Eu costumo dizer que é quase impossível incorporar a um plantel um jogador que o treinador não quer. Se há um jogador que, seja pelas razões que forem, não é do agrado do treinador, é muito difícil que o coloques no plantel e que, de repente, ele funcione muito bem. É importante saber ir encontrando consensos.
 
Estado
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