Política Nacional

Don Corleone

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21 Agosto 2019
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Ontem o PNS arrancou o debate a ganhar 10 a 0 e terminou o debate a ganhar por 1 ou 2...

A verdade é que o PNS é uma candidatura de continuidade e é muito mais fácil atacar quem está no Governo. É fácil à AD dizer o que o PS fez de mal e o que poderia ser feito melhor. E o PNS tem de tentar defender o que foi feito, mesmo muitas vezes sabendo que não foi grande merda.

Em relação ao Montenegro, reafirmo que se tem saído melhor nos debates do que eu esperava dele. Mas não consigo ter confiança num partido que promete tudo a todos... Vai repor o tempo integral dos professores, vai fazer 50.000 novas habitações por ano, vai negociar com os polícias, vai aumentar as reformas para o valor do salário mínimo, vai dar médico de família a todos...etc... Ou o Montenegro descobriu o ouro que o Salazar deixou nos cofres ou então nunca na vida vai conseguir cumprir metade do que está a prometer.

Estão com uma ânsia de governar que prometem tudo a todos. Eu preferia que fossem sérios e fizessem promessas menores mas que efetivamente fossem para cumprir. Mas não é assim que se faz política em Portugal...
Ninguém prometeu 50.000€. As promessas sao feitas pela esquerda porque as medidas deles partem de investimentos publicos.

O que a AD diz é que projeta, através dos incentivos e da eliminação de determinadas taxas, que haja um aumento da oferta em 50.000 habitações. Se acho realista? Não, não porque o mercado demora tempo a adaptar-se. Se acho que é mais realista o aumento do parque habitacional através destas medidas, do que dizer que o estado vai construir X casas ao mesmo tempo que vai colocar mais entraves ao arrendamento? Não tenho duvidas.

As soluções do PS para a habitação são um vazio. Mas cá estaremos para ver os resultados, até porque duvido cada vez mais que a solução de governo não passe pelo PS.
O país está enterrado num ciclo em que a cada eleição que passa elegem-se governos novos com novas medidas para os mesmos resultados. Os anos passam e nada muda.
 
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Ginjeet

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11 Março 2018
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Ou o Montenegro descobriu o ouro que o Salazar deixou nos cofres ou então nunca na vida vai conseguir cumprir metade do que está a prometer
Ponto-chave dos próximos 4 anos.

A AD começou mal com a apresentação de um programa económico feito para uma la la land que não um país europeu.

E certamente que, durante aquela convenção de economistas, algum perguntou se aquele programa seria exequível, ao que o pensamento "político" terá sido que, a existirem constrangimentos externos, poderão atribuir a culpa de não atingir os objetivos a esse fator e não à nossa gestão.

O próprio Montenegro mostra muito desconforto com aquelas previsões e ontem deu uma argolada gigante quando o PNS apontou para o erro da previsão de redução fiscal.
 

Tiago_com_Dias

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12 Dezembro 2023
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Ponto-chave dos próximos 4 anos.

A AD começou mal com a apresentação de um programa económico feito para uma la la land que não um país europeu.

E certamente que, durante aquela convenção de economistas, algum perguntou se aquele programa seria exequível, ao que o pensamento "político" terá sido que, a existirem constrangimentos externos, poderão atribuir a culpa de não atingir os objetivos a esse fator e não à nossa gestão.

O próprio Montenegro mostra muito desconforto com aquelas previsões e ontem deu uma argolada gigante quando o PNS apontou para o erro da previsão de redução fiscal.
Ninguém colocou em equação um eventual agravamento da guerra e das consequências que isso pode trazer para o nosso país, estamos dependentes disso para governar cá dentro, não precisamos de políticos que se desculpem com a guerra e da Covid para explicar a miséria do país
 

Raba

Tribuna Presidencial
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Ponto-chave dos próximos 4 anos.

A AD começou mal com a apresentação de um programa económico feito para uma la la land que não um país europeu.

E certamente que, durante aquela convenção de economistas, algum perguntou se aquele programa seria exequível, ao que o pensamento "político" terá sido que, a existirem constrangimentos externos, poderão atribuir a culpa de não atingir os objetivos a esse fator e não à nossa gestão.

O próprio Montenegro mostra muito desconforto com aquelas previsões e ontem deu uma argolada gigante quando o PNS apontou para o erro da previsão de redução fiscal.
Não é possível investir tanto em todo o lado.
Por isso é que eu digo, prefiro que me falem verdade, que me prometam pouco mas que seja exequível.
Nota-se que o Montenegro está mais bem acompanhado e mais bem aconselhado nos bastidores do que o PNS, que parece sempre atordoado e sem saber como agir ou o que dizer. Mas isso é cosmética, a forma de estar e agir durante a campanha é importante, mas não resolver nenhum problema do país.
Provavelmente continuarei sem votar em qualquer um destes 2 partidos (já nem me recordo da última vez que votei neles). Pura e simplesmente nenhum deles me dá confiança e lamento que sejam estes os candidatos a PM em dois partidos com tanta gente de valor.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Ninguém colocou em equação um eventual agravamento da guerra e das consequências que isso pode trazer para o nosso país, estamos dependentes disso para governar cá dentro, não precisamos de políticos que se desculpem com a guerra e da Covid para explicar a miséria do país
Como economista, duvido que tenhamos novo impacto negativo de conflitos internacionais, a menos que seja algo de grande escala com envolvimento direto dos grandes poderes ou, no pior dos casos, no nosso território. A economia ainda está a absorver os efeitos da crise inflacionista e há muita margem de alívio. O próprio BCE, assumindo a continuação da guerra, optou por contramedidas de precaução e uma atuação de médio/longo prazo.

Mas tendo em conta o cenário de recuo económico (não se pode dizer recessão que assusta as pessoas) e as previsões existentes para a recuperação económica, é utópico pensar em 5% de desemprego em 2028. Ainda mais utópico é assumir um crescimento económico acima dos 3% baseado nessa redução de desemprego, que é o que diz o programa da AD.

O impacto das medidas de redução fiscal foram calculadas em cima do joelho e o PS tem aproveitado isso. A aposta no aumento do consumo privado parece-me irreal, tendo em conta o cenário macroeconómico de rec... Espera, não se pode dizer. E ainda estou à espera, porque o programa não esclarece e ontem ele fugiu à questão, como vão fazer crescer os rendimentos. Aliás, aqui convém esclarecer o que definem como rendimento médio (bruto, bruto total, líquido base, líquido total), porque consoante a variável que escolherem, poderemos estar a falar de um valor -1750€ - muito ou pouco ambicioso.

Da mesma forma, a AD propõe-se alienar o parque público habitacional, algo que ontem o Montenegro desmentiu, mas que está no seu programa. Goste-se ou não, a história demonstra que em tempos de crises na habitação, a construção pública é a mais eficiente. Os ditos liberais dos Países Baixos têm um parque habitacional público nos 30%. Finlândia, Dinamarca, Alemanha resolveram o seu problema através da construção e não na desburocratização e apoio aos privados.

Tenho poucas dúvidas que a AD irá formar governo, até porque haverá uma maioria parlamentar significativa de direita. Mas o programa, quando analisado para lá dos chavões, é uma dissertação de base ideológica pouco adaptada à realidade e o Montenegro não se mostra minimamente preparado para ser PM. Essa é talvez a maior convergência entre os dois candidatos.
 

Don Corleone

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Ponto-chave dos próximos 4 anos.

A AD começou mal com a apresentação de um programa económico feito para uma la la land que não um país europeu.

E certamente que, durante aquela convenção de economistas, algum perguntou se aquele programa seria exequível, ao que o pensamento "político" terá sido que, a existirem constrangimentos externos, poderão atribuir a culpa de não atingir os objetivos a esse fator e não à nossa gestão.

O próprio Montenegro mostra muito desconforto com aquelas previsões e ontem deu uma argolada gigante quando o PNS apontou para o erro da previsão de redução fiscal.
o PNS não apontou para erro nenhum. Limitou-se a um exercício de manipulação muito simples, porque efetivamente as medidas da AD não custam milhares de milhões de euros. O que acontece, prevêm eles, é que determinadas fontes de receita irão efetivamente diminuir, mas essa receita será recolhida através de outras fontes, ou mesmo na mesma fonte por via do aumento da produtividade.
Diminuir o IVA na construção de 23% para 6% significa uma redução fiscal, tudo certo. Mas se a construção aumentar 300% com a taxa de 6% o estado não recupera parte dessa receita? Nem digo que recupere tudo (também podiamos contabilizar os apoios diretos que o estado dá na vertente da procura e cujo custo é elevado), mas no minimo não terá uma perda de receita tão avultada.

Sendo economista deves compreender isto certamente. Pode-se questionar se era esta ou não a argumentação que PNS usou, a mim parece-me que sim.

Não deixa de ser engraçado ver o PS a querer pssar a imagem de partido responsável. Só dá para rir mesmo. Responsabilidade rima com PS 🤣
 

Raba

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Já é mau uma pessoa achar-se melhor que outra, baseada na ideologia política.
Meter ainda os filhos ao barulho, é de uma falta de tudo...
Ironicamente, uma pessoa mal educada a falar sobre a educação alheia.
Clássico das redes sociais nos dias de hoje.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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o PNS não apontou para erro nenhum. Limitou-se a um exercício de manipulação muito simples, porque efetivamente as medidas da AD não custam milhares de milhões de euros. O que acontece, prevêm eles, é que determinadas fontes de receita irão efetivamente diminuir, mas essa receita será recolhida através de outras fontes, ou mesmo na mesma fonte por via do aumento da produtividade.
Diminuir o IVA na construção de 23% para 6% significa uma redução fiscal, tudo certo. Mas se a construção aumentar 300% com a taxa de 6% o estado não recupera parte dessa receita? Nem digo que recupere tudo (também podiamos contabilizar os apoios diretos que o estado dá na vertente da procura e cujo custo é elevado), mas no minimo não terá uma perda de receita tão avultada.

Sendo economista deves compreender isto certamente. Pode-se questionar se era esta ou não a argumentação que PNS usou, a mim parece-me que sim.

Não deixa de ser engraçado ver o PS a querer pssar a imagem de partido responsável. Só dá para rir mesmo. Responsabilidade rima com PS 🤣
As medidas fiscais da AD custam milhares de milhões. Mas o problema não é esse. Podiam vender isso até como um ponto positivo. Redução fiscal de 7 mil milhões soa melhor do que redução fiscal de 5 mil milhões para quem paga impostos. O erro aqui foi no cálculo. A progressividade não é suficiente para anular esses mais de 2 mil milhões e as contas feitas andam por aí em grupos de chat, assumindo que os dados base utilizados são verídicos (tal como assumo que essas imagens tenham sido feitas e distribuídas pelo PS). Convém lembrar que a AD estima um baixo aumento da produtividade, assente acima de tudo na redução do desemprego. No cenário que criaram, não assumem grande retorno fiscal das suas medidas, até porque o IRS e o IRC são receitas muito estáveis.

O IVA na construção é mais variável, mas convém lembrar que só se aplica a construtoras imobiliárias. Já existem reduções e isenções para requalificação e construção para habitação própria e até para rendas acessíveis.

Na minha ótica, a redução de IRS e IRC deveriam estar agregadas a medidas de aumento de rendimentos. Sei que sou repetitivo, mas os rendimentos baixos são o grande problema do país e todas as medidas que implicam fiscalidade laboral deviam exigir contrapartidas. O alívio fiscal só porque sim transfere dinheiro dos cofres do Estado para os bolsos errados.
 
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SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Estava decidido a votar PSD até ontem.
O vazio de ideias de Montenegro é assustador mais assustador que o wild Card PNS.
PNS ao menos sabemos o que ele é: trapalhão, demasiado afoito e pouco cérebro.
Montenegro tem uma nuvem Sith por cima dele: shady diz que não a coisas que tem no programa, diz que sim a coisas que não tem...
O Chega vai capitalizar com isto porque se a AD ganhar não tem hipótese de governar sem o Chega
 
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Don Corleone

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As medidas fiscais da AD custam milhares de milhões. Mas o problema não é esse. Podiam vender isso até como um ponto positivo. Redução fiscal de 7 mil milhões soa melhor do que redução fiscal de 5 mil milhões para quem paga impostos. O erro aqui foi no cálculo. A progressividade não é suficiente para anular esses mais de 2 mil milhões e as contas feitas andam por aí em grupos de chat, assumindo que os dados base utilizados são verídicos (tal como assumo que essas imagens tenham sido feitas e distribuídas pelo PS). Convém lembrar que a AD estima um baixo aumento da produtividade, assente acima de tudo na redução do desemprego. No cenário que criaram, não assumem grande retorno fiscal das suas medidas, até porque o IRS e o IRC são receitas muito estáveis.

O IVA na construção é mais variável, mas convém lembrar que só se aplica a construtoras imobiliárias. Já existem reduções e isenções para requalificação e construção para habitação própria e até para rendas acessíveis.

Na minha ótica, a redução de IRS e IRC deveriam estar agregadas a medidas de aumento de rendimentos. Sei que sou repetitivo, mas os rendimentos baixos são o grande problema do país e todas as medidas que implicam fiscalidade laboral deviam exigir contrapartidas. O alívio fiscal só porque sim transfere dinheiro dos cofres do Estado para os bolsos errados.
Como se aumentam os rendimentos? Produtividade e inovação serão fatores importantes certo? Como podemos ser um país que crie mais riqueza, senão começarmos por segurar a mão de obra mais qualificada?

Aproveito para te perguntar. Para haver salarios atrativos primeiro não é preciso que hajam um quadro fiscal que torne um salário de 1.200€ atrativo?

Se a premissa que defendes é de que o nosso maior problema não sao os escalões de IRS mas sim o salário baixo, eu concordo. Mas, ao contrário do que o Paulo Raimundo diz, a forma de subir salarios não é subindo salarios.
 

wolfheart

Tribuna Presidencial
30 Novembro 2015
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Bragança
Quem diria que a instrumentalização da polícia acabaria nisto.. Que surpresa...
Quando o MAI garante ser governo de Gestão e não pode mudar nada.... mas afinal podiam. Apagar fogos com gasolina...inteligente.

" A promessa surge depois do ministro da Administração Interna ter negado o subsídio de missão a polícias por pertencer a um Governo em gestão. José Luís Carneiro acaba por abrir uma exceção para as corporações de bombeiros. "


Depois de sem provas os acusar de baixas fraudulentas....
 

Baiao

Bancada central
26 Maio 2016
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Depende.
Vai votar ao lado do ps e mandar abaixo a governação?
Se tiverem 15%-20% é tudo menos justo ver as coisas por esse prisma. Um partido com essa expressão e com esse número de votantes tem de aceitar passar um governo sem que seja sequer ouvido ou sem que tenha propostas do mesmo? Não me parece justo nem a maneira correta de ver as coisas.

E eu sou um dos que espera que saia daqui uma alternativa estável ao PS, com um governo PSD + IL. Então estou à vontade para falar. O que acho que acontece nesse caso que falas é que PSD + IL apresentam algumas propostas para agradar ao Chega e estes abstêm-se e deixam passar o orçamento a ver no que vai dar.
 

Raba

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O que acho que acontece nesse caso que falas é que PSD + IL apresentam algumas propostas para agradar ao Chega e estes abstêm-se e deixam passar o orçamento a ver no que vai dar.
Nesse cenário nem sei se faz sentido a coligação com a IL.
Se o Chega aceitar viabilizar um governo minoritário de direita, provavelmente a coligação com a IL não vai servir para nada.
 

Baiao

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26 Maio 2016
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Estava decidido a votar PSD até ontem.
O vazio de ideias de Montenegro é assustador mais assustador que o wild Card PNS.
PNS ao menos sabemos o que ele é: trapalhão, demasiado afoito e pouco cérebro.
Montenegro tem uma nuvem Sith por cima dele: shady diz que não a coisas que tem no programa, diz que sim a coisas que não tem...
O Chega vai capitalizar com isto porque se a AD ganhar não tem hipótese de governar sem o Chega
Os debates não são bem a melhor forma de analisar as coisas. Ainda mais um debate daqueles como o de ontem, cheio de interrupções e provocações.

Não sei se é o caso mas deixares de votar PSD e votares PS pelo debate de ontem não faz nenhum sentido a meu ver. Aliás, votar PS e em específico no PNS depois de 8 anos que pioraram o país a vários níveis importantes, acreditando que vão resolver todos os problemas criados... pá, é ter muita fé, no mínimo.

As alternativas não são as melhores e estamos mal quando o caminho a escolher é entre estes líderes partidários. Eu que sempre votei estava a ponderar abster-me desta vez por causa disso mesmo. Ainda não decidi se vou optar por isso ou por dar o meu voto na única alternativa a este lodo que temos hoje em dia. E, indo votar, a única alternativa é o voto na AD ou na IL, a meu ver. Um voto que não seja esse é condenar o país a mais 4 anos disto, com a agravante de ser liderado por um indivíduo despreparado como o PNS, ao contrário do que era o Costa que apesar de todos os defeitos era alguém com outra preparação e postura.