Ele foi o principal impulsionador, mas o projeto nunca teve pernas para andar.
Nem os EUA entraram, porque ele não conseguiu convencer o Senado, como o bloco central foi obrigado a ser membro da Liga. Nunca houve grande articulação para aquilo que era o objetivo, de criar uma verdadeira união na Europa.
A história é escrita pelos vencedores, e isso faz com que se deturpe alguns factos importantes. A Alemanha não foi responsável pela WWI. O império Austro-húngaro, depois do assassinato do príncipe, ativa a aliança que tem com a Alemanha, porque a Sérvia tinha as costas guardada pela Rússia. Rússia que tinha uma aliança com a França desde a guerra Franco-prussiana, que também não foi iniciada pela Alemanha (embora nessa tenha até responsabilidade) e, portanto, quando a França começa a mobilizar, a Alemanha vê-se em duas frentes e decidiu invadir antes de ser invadida.
O tratado de Versalhes foi altamente penalizador para a Alemanha e criou uma situação insustentável. Tirou território, tirou capacidade industrial, mantiveram-se embargos que deixaram os alemães à fome durante décadas, exigiram-se pagamentos de indemnizações durante um século. A segunda guerra é inevitável a partir do momento em que tens uma superpotência limitada militarmente, economicamente e socialmente. Juntas este caldo ao stab in the back (que estamos a repetir atualmente) e ao carisma do Hitler (ou à propaganda do Goebbels, como preferires) e tens uma nação que apoia completamente uma guerra que foi visto de "libertação".
O plano Marshall teve sucesso, porque foi exatamente o contrário. Apoiou inclusivamente a Alemanha (Oeste) e também porque o pós-guerra trouxe luz sobre as atrocidade cometidas por Hitler, de que os alemães não tinham conhecimento durante a guerra. A própria cultura germânica cresceu com isso e perdeu a tradição isolacionista que tinha até então.