O empresário César Boaventura alegou no Tribunal de Matosinhos, durante o processo em que é arguido por em 2016 ter alegadamente aliciado os jogadores Lionn, Marcelo, Cássio e Salin em favor do Benfica, que foi contactado pelo FC Porto para negociar Marega como forma de compensação de todo o seu suposto envolvimento com o clube da Luz.
O advogado do agente pediu para anexar ao processo o suposto documento em que o FC Porto terá mandatado, através de terceira pessoa, César Boaventura para tratar do negócio. O Ministério Público, por simpatia, não se opôs, mas o coletivo de juízes, após deliberação, recusou a solicitação, mas anexou o documento ao processo como possível prova para um eventual recurso e alegou para o efeito que "César Boaventura foi constituído arguido em maio de 2022 e não apresentou o documento em tempo útil, além de que o mesmo não constitui prova relevante para o processo em questão".
"Não tenho qualquer relação com o FC Porto e é público que houve um encontro entre dois clubes no Hotel Altis com denúncias contra o Benfica. Posto isto, a 18 de dezembro de 2016, fui contactado por alguém do clube do Norte para uma reunião que se realizou num hotel em Esposende. Nesse encontro disseram-me que sabiam que o Benfica estaria a tentar aliciar jogadores e que a minha ligação pública ao clube da Luz era conveniente e seria muito vantajosa para mim", começou por explicar César Boaventura, revelando de seguida que "assim seria mandatado para negociar um jogador do FC Porto por 20 milhões de euros" e que a sua "comissão seria de dois milhões de euros": "Achei tudo muito estanho sendo eu um inimigo público, para mais quando o Francisco J. Marques disse no Porto Canal para não me deixarem aproximar dos jogadores dos clubes que vão jogar contra o Benfica. Precavi-me e pedi para me enviarem essa mandatória em meu nome, mas o clube do Norte disse que isso iria estabelecer uma relação direta, pelo que me enviaram um mandato em nome de uma terceira pessoa".