Não é o principal culpado, mas parece evidente que está longe de ser uma solução para contornar o problema. Senão expliquem como é possível fazê-lo sem um treinador que valorize ativos capazes de proporcionar mais valias. Na era Conceição, até o Sporting realiza mais-valias superiores à nossa. Se tens um treinador há 6 anos, onde paralelamente ocorre uma degradação gigante da condição financeira - sendo que o treinador é o gestor da actividade de onde advem a possibilidade de gerar retornos mais significativos - é óbvio que o trabalho do treinador não está a ter um impacto positivo nas finanças do clube.
Nesse aspecto, e se por um lado podemos colocar algum ónus no SC sobre a permanência de alguns jogadores para lá do prazo de venda razoável, a responsabilidade das vendas abaixo do potencial não é do treinador, é exclusivamente de uma direcção que:
- Obriga o clube a vender para não ser penalizado (ver caso Diaz)
- Coloca cláusulas baixas, facilmente batíveis e que nivelam por baixo os valores de transferências.
- Necessidade de fazer mais-valias a fim de ir "mascarando" o estando de DEFCON 2 das contas do clube
A reponsabilidade dessas coisas vem mais de cima, e vem de erros de gestão que se estendem a um período anterior até aos dias de hoje.
Aqui não há uma "batata quente a passar de um treinador para a direcção e vice versa".
O treinador deu à direcção muitos milhões em campanhas europeias, e em jogadores que a direcção vendeu abaixo de preço.
O treinador terá com o seu conservadorismo conhecido contribuido para a manutenção de alguns atletas para lá do período e com isso sairam a custo 0.
O ganho pesam mais do que a perda, e se podemos responsabilizar o treinado por não ser tudo "ganho", o de haver perda e a responsabilidade em 99,9% é da direcção.
Não há como escapar a isso.
Assim como para mim não há outra forma a não ser mostrar o vermelho à mesma nas próximas eleições.