Frasco...Juary...Madjer... vai ser golo...é golo!!
Arrepiante como se fosse a primeira vez!
A vitória mais doce de um Porto que era (e é ainda) para esta criança de 12 anos o seu Mundo!
Exactamente como sinto este jogo e este momento em particular.
É preciso tê-lo vivido para entender o seu significado.
E parece que foi ontem, mas já lá vão quase 40 anos... Meu Deus!
É um jogo sem igual, não há comparação possível com nada. Seja por ter sido a primeira conquista, seja pelo adversário, seja pelas incidências do jogo.
10 anos de idade, deitado no sofá a ver o jogo ao lado do meu Pai. A magia deste jogo é que me faz recordar não apenas do jogo, não só de memórias vividas nessa noite, mas de muita coisa que vem à memória, coisas essas que estão guardadas num baú mas que de vez em quando vêm à tona.
De recordar que o Bibota e o Lima Pereira estavam lesionados. Duas ausencias de enorme peso.
Fiquei sem pinga de sangue quando o Kogl marcou do nada. Que golo tão mal sofrido. até ao fim da 1ª parte o jogo foi correndo normalmente e não se passou nada de mais. Os alemães não assustavam, ao contrário do que se temia.
Mas a 2ª parte é aquilo que sabemos. Foi um tratado. Virámos a mesa completamente e eles nem piaram... Bayern quem?
Os alemães nem sabiam para que lado se viravam. Era o Futre de um lado, era o Madjer do outro, era o Juary e no meio campo, o André, o Sousa e o Frasco engoliram o meio campo deles. Mas a bola não entrava...
Até que aconteceu, todos sabemos o quê. O golo mais bonito alguma vez marcado numa final europeia. Ao contrário do que se possa pensar, fiquei impávido, quieto, nem festejei.
Digam o que disserem, venha que vier. Podem vir os Messis, os Ronaldos, os Zidanes, os Del Pieros,
you name it, golo como o do Madjer, com aquela classe e no momento delicado do jogo em que aconteceu, a menos de 15 min do fim, nunca vi. Também por este facto, essa final foi tão especial e perdurará eternamente na nossa memória e nos nossos corações.
Quando o Juary marcou o segundo, dei um pulo e quase batia com a cabeça no tecto, usando um pouco de hipérbole.