Fazes piadinhas com uma terapia que comprovadamente matou ou deixou mazelas definitvas em muitos milhares de pessoas, e depois sou eu o que não tem empatia.
Quando se publicam estudos que refutam as tuas convicções, tu qualificas esses estudos como "desinformação" e está feito. Com essa estratégia vences todos os debates. Não aprendes é nada, mas também não estás aqui para isso..
Study based on data from emergency services. COVID infection itself not linked to significant increase in cardiovascular complications.
www.israelnationalnews.com
drtrozzi.org
Eu apenas faço piadinhas com alguém que está constantemente a contradizer-se e apenas replica o que lê numa determinada bolha das redes sociais. E vieste bater à porta errada, porque trabalho em ciência.
Se há algo que aprendemos e que toda a gente que pensa minimamente na natureza do trabalho cientifico sabe é que expressões como "está comprovado cientificamente" não têm lugar em ciência. Quem trabalha em ciência e usa esse tipo de expressões certamente não sabe nem nunca se preocupou em saber o que é o método científico. Prova científica é algo que não existe, não podemos provar nada em ciência e é muito frequente as pessoas confundirem prova com evidência. Aquilo que nós fazemos é encontrar o maior número de evidências possível para explicar um determinado fenómeno.
Só porque um determinado estudo científico foi publicado não significa que as conclusões a que os investigadores chegaram são verdadeiras. Aliás, nós sabemos que a maioria dos estudos publicados reportam resultados falsos por problemas de viés, baixo poder estatístico, etc., especialmente nos dias de hoje onde o mais importante é produzir artigos independentemente da sua importância e aplicabilidade. Mesmo com o sistema de peer-review há muita coisa que escapa e é publicada. Independentemente disso, a replicabilidade dos estudos permite o mecanismo de autocorreção da ciência, isto é, a publicação detalhada da metodologia utilizada permite que outros cientistas repliquem o estudo e corroborem ou refutem os resultados prévios. E dessa forma a ciência vai avançado e solidificando as teorias que melhor explicam a realidade.
O estudo que colocaste eu não refuto, é apenas mais um estudo. Os próprios autores terminam dizendo que
não podem estabelecer uma razão causal entre a vacinação e problemas cardíacos severos e, inclusive, listaram uma série de limitações do estudo (prática comum em ciência). Eles não examinam qual a causa dos problemas cardíacos se infeção ou vacinação, nem tão pouco outras causas que podem ter provocado os problemas cardíacos. Nem sequer conseguiram estabelecer uma correlação entre as vacinas e os problemas cardíacos. Não é preciso ser um génio para se perceber logo à partida que o estudo tem problemas. Estudar a causa de problemas cardíacos a nível populacional, sem sequer fazer uma avaliação individual dos pacientes e apenas usar chamadas de emergência também não deixa de ser bizarro. É um estudo cheio de problemas.
O que está bem estabelecido atualmente (não provado porque nada pode ser provado), é que os eventos de miocardite são muito mais comuns devido à covid do que devido à vacina, mas certamente muitos mais estudos continuarão a ser feitos.