PdC é tudo menos parvo. Mesmo com a idade que tem. É o melhor gestor desportivo do mundo dos últimos 40 anos. Infelizmente o seu modelo de gestão desportiva não é acompanhado por dextreza na gestão económica do clube.
Durante muitos anos, nos tempos pré-SAD, PdC enquanto presidente teve no Comendador Adolfo Roque (Revigrés) um apoio fantástico que foi permitindo amparar as contas. Já em tempos de SAD soube acompanhar-se de colaboradores sérios e competentes como Angelino Ferreira ou Fernando Gomes (actual Presidente da FPF) que foram amparando as contas (contabilisticamente falando). Quando estes bateram com a porta (AF duas vezes, FG uma) por discordarem do rumo despesista desta direcção, voltou-se para o outro Fernando Gomes, que, mais do que ser um yes-man, funciona como uma autêntica marionete de ventriloquo, A mais bem paga marionete de ventriloquo do mundo e que faz o seu papel muitíssimo bem, ao contrário do que muitos afirmam por aí.
O problema não é o Francisco ou o Fábio ou o Vitor. O problema são anos de negligência (para não dizer dolo) na gestão financeira da SAD do FC Porto.
Já muitos sócios e adeptos discutem isto desde os bons tempos de 2004/05. Nessa altura a carruagem continuou a acelerar até chegarmos a Dublin. Depois disso deixou de haver um projecto. Meteu-se o Apito Dourado e a direcção fechou-se, os treinadores foram sendo os escudos humanos do costumeiro vilipendio lisboeta e o Porto, ferido na asa, foi cambaleando até encontrar a muleta de S. Conceição.
O SC, que tem feito milagres, mais não pode fazer. Neste momento vê-se envolvido, voluntariamente ou não, nesta embrulhada de querer ter os seus filhos por perto mas de ao mesmo tempo não lhes poder dar o mínimo favorecimento em relação aos colegas de plantel. O mais talentoso deles, Francisco, sai por valor de uma cláusula que enfurece os adeptos de rídiculo que é.
Para o jogador e para o seu pai (que é também treinador da equipa A do Porto) esta solução tem imensas vantagens e quase de certeza foi tomada em família.
Resta saber em que ponto isto deixa o Santo Milagreiro, SC, em relação à direcção que tantas loas públicas lhe tem tecido, e à massa adepta que elegeu esta direção e continuará a eleger enquanto o Presidente Pinto da Costa se continuar a candidatar.
Eu não sou sócio nem accionista, apenas um adepto e observador externo, portanto esta situação nem me espanta nem me chateia muito. É mais uma.