Diogo costa marchesin/casilhas- casilhas tinha muito nome mas nao e superior a eles.
Ricardo/joao mario-vence ricardo
Alex telles/zaidu-vence telles
Felipe/pepe- vence pepe
Marcano/mbemba-mesmo nivel
Danilo/uribe-vence uribe, acho o mais intenso e melhor com bola
Herrera sergio oliveira/vitinha- vence vitinha de longe
Corona/ otavio- empate
Brahimi/luis diaz fabio vieira-luis diaz e fabio vieira superiores, brahimi era muita parra e pouca uva
Marega/taremi-taremi de longe.
Soares/evanilson- evanilson de longe.
Analisando bem acho este onze deste ano superior.
A questão é que cada um dos onzes e planteis interpreta um tipo de futebol diferente.
E o actual é o indicado para o que se pratica agora, um futebol associativo, de constantes trocas posicionais, de grande flexibilidade tática, de avançados com um papel duplice de provider/scorer, que se conectam com a manobra de criação do meio campo, a alta mobilidade de peças e capacidade de interpretar vários sistemas dentro de um jogo em momentos diferentes.
Para isso precisas de jogadores com alto grau de inteligência futebolística e percepção do jogo além da mera bola, dos adversário. diria que são jogadores a pensar em mover em 4D, e o Vitinha, o Otávio, o Fábio, o Uribe, o Taremi, o Evanilson têm isso e em simultâneo qualidade de execução que permite uma matriz de futebol trabalhado, versátil, móvel, mais imprevisível e capaz de se desdobrar em soluções.
A matriz dos onzes das primeiras épocas é uma matriz mais mecânica, quase old school, assente em posições e peças muito menos móveis, mas numa execução mecânica prática, direta, rápida e intensa. E tinhas os jogadores mais indicados para tal, jogador com grande presença física no meio campo defensivo (Danilo), jogador de vaivém com alta intensidade para assegurar transporte e ligação (Herrera), jogadores nas alas bastante abertos, os laterias bastante verticais um deles com uma capacidade de cruzamento muito alta (Telles) outro com maior capacidade de furar em sobreposição (Ricardo) os extremos eram as peças de "instinto/improviso" como o eram Brahimi e Corona e avançados com capacidade física, velocidade e combatividade para poderem martelar a defesa em constantes movimentações (Abou e Marega) ou capazes de corresponder aos cruzamentos lançados pelos especialistas (Tiquinho). A equipa jogava sempre fixamente apenas na variante de 4-4-2, que se desdobrava na pratica em 4-2-4 no momento atacante, com uma constante presença de gente nas zonas de finalização
Em jogos mais difíceis e Champions era onde ocorria a única adaptação com um dos avançados (Marega) a fechar num flanco em situação defensiva de forma a fazer uma linha de 5 que depois rapidamente pós recuperação se lançava no 4-4-2 base com o Marega a fazer constantes movimentos de agressão à linha defensiva para a desestabilizar ou para soltar uma desmarcação na bola profunda.
Este futebol "hard hitter" apanhou todos em Portugal de abanão, habituados ao jogo de toque, e esta matriz rompeu praticamente com o estabelecido cá no futebol nacional. A revolução seguinte, a dos 3 centrais e 5 defesas nasceu para responder a isto, ninguém jogava com linhas de 5 atrás em Portugal.
Foi o contra movimento ao qual a readaptação custou, e diminui claro está a eficácia dessa nossa matriz. Após 18-19 a nossa matriz já era mais mista, mas faltavam as pedras de toque para interpretar completamente uma nova forma de pensar e executar o futebol do Porto. O aparecimento do Vitinha (capaz de ser pensador e gerir ritmos como o S.O mas a uma intensidade , velocidade e versatilidade maior), o atingir da maturidade futebolística do Otávio (é o joker de todo o sistema pois a variação parte muito da sua capacidade de ocupar diferentes espaços à necessidade da equipa e do jogo), e o facto de desaparecer um avançado monodimensional (ataque à profundidade, agressão do espaço, desgaste) como Moussa, e o papel ser desempenhado por jogadores com um QI futebolístico mais elevado, com capacidade para ter bola e ao invés de explorar apenas espaço também ser capaz de o criar e de se associar com os outros elementos e por fim o aparecimento de algo que não tínhamos há muito muito tempo, até nos tempos de VP víamos adeptos com um olho mais analítico para o futebol e após isso no período sem títulos também que era termos um jogador que joga "in the hole", na zona de criação, aquele espaço entre o meio campo e a defesa adversária, extensível de um lado ou outro do campo onde proliferam os prodígios, os homens com luva no pé e olhos na bola, o Fábio trouxe isso (e ainda tem para crescer, e se o fizer oh boy), trouxe de volta o criador livre, mas vestido na roupagem moderna do futebol mega competitivo.
São Portos muito diferentes, e a clara indicação que num clube como este temos sempre de encontrar métodos para ganhar e todos nos servem desde que ganhem.
Podemos gostar mais de uns ou outros (por uma questão quase afectiva as pessoas em Portugal por norma ligam-se mais a este futebol muito mais identificado com a génese do jogar traçado entre o continental e o latino, do que por exemplo com o modelo mais das ilhas ou de génese mais anglo-saxônica que era aplicado antes, é uma questão de identificação com as raízes futebolísticas).
Mas eu sou como PdC nisto, o que serve ao FC Porto é vencer com uma matriz ou outra.
A matriz que atualmente preconizamos, obviamente beneficiaria mais de uma qualidade superlativa nos corredores defensivos laterais, não tanto em termos defensivos (embora primordialmente laterais sejam defensores) mas mais na tal associação com os elementos do fulcro do FC Porto que são os do ataque e meio-campo, por exemplo é visível que a adaptação do Pepê e anteriormente a do João Mário têm essa ideia porque eles são, pela natureza das suas posições naturais e tipo de futebol jogadores associativos enquanto o Zaidu sente muitas dificuldades de associação porque sabe que o seu patamar técnico é inferior ao dos colegas, e se sente mais confortavel "left to his own devices" defendendo o corredor onde pode usar a sua velocidade extrema e capacidade física.