Política Nacional

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Rm95

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Julgo-o mais inteligente, embora possa estar enganado. Quero dizer que a economia global é governada por princípios neoliberais e que o capitalismo se asselvajou, libertando-se de muitas preocupações sociais clássicas. E que isso se manifesta independentemente do partido que nos governa, embora algumas ideologias contribuam para intensificar o fenómeno e outras tentem mitigá-lo.
O problema não e os ricos, sao os pobres.
 
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Vítor Bruno existe porque você o criou!
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Aveiro, Braga e Coimbra não têm essa desculpa. São cidades razoavelmente evoluídas, com malta jovem, comércio, turismo, universidades, enfim mais mundo que o interior esquecido. Não esperava sinceramente. Desilusão.
A malta jovem tem grande desinteresse na política.
Não tenho dedos nem mãos para contar malta jovem conhecida que caga de alto nisto.

Como já referi a iliteracia política é transversal e atinge novos e velhos.

E a atração por movimentos polarizadores é também engraçada.
 
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A malta jovem tem grande desinteresse na política.
Não tenho dedos nem mãos para contar malta jovem conhecida que caga de alto nisto.

Como já referi a iliteracia política é transversal e atinge novos e velhos.

E a atração por movimentos polarizadores é também engraçada.
E estamos a pagar o preço. Nem o PS acreditava em tamanha cagança.
 

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  • Alfredo Quintana
O problema não e os ricos, sao os pobres.
O colega crê que quase oito biliões de seres humanos podem ser ricos? Ricos como os verdadeiramente ricos que o sistema produz? Não há planeta para isso. Ou será que muitos são miseráveis porque esse mesmo sistema contribui para que 1% da população mundial detenha 50% de toda a riqueza disponível? Olhe para os Estados Unidos da América, berço do capitalismo. São a economia mais poderosa do globo, têm as melhores universidades e hospitais. Não lideram um único ranking de desenvolvimento humano. Porquê? Porque a economia funciona de forma tal que apenas alguns beneficiam muito, enquanto os outros remedeiam-se ou nem isso. A desigualdade é menor nos países nórdicos, que têm economias de mercado, países capitalistas. Porquê? Porque fazem um esforço deliberado para corrigir assimetrias sociais e desigualdades produzidas pelo sistema. Inclusive através da política fiscal. É giro dizer que os países nórdicos são liberais e tal, mas diga-se também que empregam muitos mais funcionários públicos que Portugal. Que compreendem que o Estado desempenha um papel fundamental na correcção de injustiças. O que eu vejo aqui em Portugal, e muito tipicamente nas redes sociais, é o devaneio da aplicação do almanaque liberal, a mesma taxa, poucos impostos, Estados mínimos... e depois tudo se resolverá por uma qualquer magia. A realidade não funciona assim.

Não é preciso procurar muito: Relatório. 1% da população ficou com 80% da riqueza mundial – Observador

A realidade expõe de forma gritante as limitações do liberalismo económico. De uma certa maneira de gerir o capitalismo. Quem tem capital investe, e gera riqueza, e isso é positivo para todos; daí a necessidade de baixos impostos e regulações laborais flexíveis, a pensar nas empresas e tal... . Sim. Contem-me histórias. Finjamos que não existe uma profunda desigualdade não só no país como no mundo, que a riqueza não é acumulada e, a aumentar, o que não é certo, não aumenta em ritmos estupidamente desproporcionais, o que só aprofunda o fosso. Convém que me contem mais do que isto.
 
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Miguel Alexandre

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A bancada parlamentar do chega tem tao pouca qualidade.
Vou corrigir:
O nosso parlamento tem um défice de intelectualidade gigantesco. As bancadas são invariavel e intelectualmente rascas, o Chega apenas consegue ser ainda mais cartoonesco e boçal na falta de qualidade.

Nota: Sai do parlamento o Antonio Filipe da CDU dos poucos que ainda dava algum cérebro aquele sítio.
 
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Vou corrigir:
O nosso parlamento tem um défice de intelectualidade gigantesco. As bancadas são invariavel e intelectualmente rascas, o Chega apenas consegue ser ainda mais cartoonesco e boçal na falta de qualidade.

Nota: Sai do parlamento o Antonio Filipe da CDU dos poucos que ainda dava algum cérebro aquele sítio.
Esse era dos poucos bons que havia. Na direita havia o Telmo Correia, de resto e' um vazio.
 

tripeiro_de_gema

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Aveiro, Braga e Coimbra não têm essa desculpa. São cidades razoavelmente evoluídas, com malta jovem, comércio, turismo, universidades, enfim mais mundo que o interior esquecido. Não esperava sinceramente. Desilusão.
O distrito de Aveiro é um distrito ao qual estou familiarizado é um distrito pode ser um pouco bipolar, provavelmente quando muita gente fala do distrito de Aveiro, a primeira coisa que pensam é logo nos concelhos da região Norte, que pertencem à Área Metropolitana do Porto, tal como Santa Maria da Feira, Espinho, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Arouca, Castelo de Paiva e Vale de Cambra, que é a zona mais populosa do distrito.
Mas depois tens a região do Baixo Vouga que não é tão urbana como a zona Norte, principalmente os concelhos mais oeste são acima de tudo serranos tal como Sever do Vouga e Águeda, Anadia é um concelho pouco industrializado, depois há aqueles concelhos muito dependentes da actividade pesqueira tal como Vagos e Murtosa e há concelhos também que practicamente servem de dormitório a Aveiro tal como Oliveira do Bairro, Estarreja e Albergaria-a-Velha, e é bem possível que o voto de protesto tenha funcionado nessa zona, o Chega terá talvez ganho os votos nessa região, enquanto que é provável na zona Norte o IL ter ficado à frente(vantagem talvez não tenha sido significativa).
 
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Rm95

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O colega crê que quase oito biliões de seres humanos podem ser ricos? Ricos como os verdadeiramente ricos que o sistema produz? Não há planeta para isso. Ou será que muitos são miseráveis porque esse mesmo sistema contribui para que 1% da população mundial detenha 50% de toda a riqueza disponível? Olhe para os Estados Unidos da América, berço do capitalismo. São a economia mais poderosa do globo, têm as melhores universidades e hospitais. Não lideram um único ranking de desenvolvimento humano. Porquê? Porque a economia funciona de forma tal que apenas alguns beneficiam muito, enquanto os outros remedeiam-se ou nem isso. A desigualdade é menor nos países nórdicos, que têm economias de mercado, países capitalistas. Porquê? Porque fazem um esforço deliberado para corrigir assimetrias sociais e desigualdades produzidas pelo sistema. Inclusive através da política fiscal. É giro dizer que os países nórdicos são liberais e tal, mas diga-se também que empregam muitos mais funcionários públicos que Portugal. Que compreendem que o Estado desempenha um papel fundamental na correcção de injustiças. O que eu vejo aqui em Portugal, e muito tipicamente nas redes sociais, é o devaneio da aplicação do almanaque liberal, a mesma taxa, poucos impostos, Estados mínimos... e depois tudo se resolverá por uma qualquer magia. A realidade não funciona assim.

Não é preciso procurar muito: Relatório. 1% da população ficou com 80% da riqueza mundial – Observador

A realidade expõe de forma gritante as limitações do liberalismo económico. De uma certa maneira de gerir o capitalismo. Quem tem capital investe, e gera riqueza, e isso é positivo para todos; daí a necessidade de baixos impostos e regulações laborais flexíveis, a pensar nas empresas e tal... . Sim. Contem-me histórias. Finjamos que não existe uma profunda desigualdade não só no país como no mundo, que a riqueza não é acumulada e, a aumentar, o que não é certo, não aumenta em ritmos estupidamente desproporcionais, o que só aprofunda o fosso. Convém que me contem mais do que isto.
Voltando ao início da conversa, permite-me discordar, mas nao faz sentido falar de politicas neoliberais no caso português para justificar as desigualdades de 5% dos portugueses deterem grande parte da riqueza. E esse o ponto.
Nunca houve nenhum capitalismo selvagem em Portugal.
 

tripeiro_de_gema

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A vida vai ser muito complicada para PSD, Rui Rio perdeu todas as condições para continuar na liderança do partido, e o PSD não tem grandes alternativas, não estou a ver Luís Montenegro, Paulo Rangel, Miguel Morgado, ou até Miguel Poiares Maduro com perfil para liderar o partido e levá-lo a bom porto. O PSD vive muito refém de D. Sebastiões, tal como Sá Carneiro e Passos Coelho.
O Carlos Moedas pode vir a ser uma grande possibilidade no futuro quando deixar o seu mandato autárquico, mas a realidade lisboeta é bastante diferente da realidade nacional.
 
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Voltando ao início da conversa, permite-me discordar, mas nao faz sentido falar de politicas neoliberais no caso português para justificar as desigualdades de 5% dos portugueses deterem grande parte da riqueza. E esse o ponto.
Nunca houve nenhum capitalismo selvagem em Portugal.
Esse é um dos problemas, as pessoas vão-se habituando ao actual estado de coisas e consideram-no normal, ou melhor, resignam-se enquanto o mal-estar aumenta. Não vivemos num sistema inofensivo, embora a imaginação política de alguns considere Portugal um regime socialista. Nós alinhamos com o resto do mundo e seguimos as regras predominantes. E a determinada altura, depois das trinta décadas de prosperidade que se seguiram à II Guerra Mundial, em resposta a uma série de crises, as ideias económicas alteraram-se: do keynesianismo e do Estado de Bem-Estar Social para a doutrina neoliberal. Credo que organizações como o FMI e o Banco Mundial advogaram e instituíram. Situamo-nos nos anos 70, altura em que o neoliberalismo ganha força e a desigualdade aumenta significativa e generalizadamente. A esquerda mudou, tornou-se menos esquerda e incorporou de alguma forma princípios económicos neoliberais. A Terceira Via. Portugal, país com uma história já de si muito complicada, seguiu o fluxo. Assim funciona. Se o sistema diz para o país impor austeridade o país impõe-na, se diz para responder à crise com emissão de dívida e investimento, o país fá-lo. Quando afirma que o capitalismo em Portugal não é selvagem... eu digo-lhe que poderia ser muito diferente.

Outra leitura interessante: Pandemia agravou desigualdades: ganhou quem já recebia mais (dn.pt)

No trabalho, Eugénio Rosa analisa "o aumento da desigualdade na repartição da riqueza criada no país (PIB -- Produto Interno Bruto) entre os trabalhadores e os 'donos do capital' no período 2008/2019, assim como as profundas desigualdades salariais que existem entre os próprios trabalhadores e trabalhadoras, que não são apenas de género, e que permitem às entidades patronais apropriarem-se de uma parte ainda maior da riqueza criada no país".

"É este contexto de enormes desigualdades que já existiam antes da pandemia que torna mais grave a situação atual", sustenta o economista.

Tendo por base os dados das contas nacionais divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o investigador -- licenciado em Economia e doutorado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) -- avança que a diferença entre os salários recebidos pelos trabalhadores e o Excedente Bruto de Exploração recebido pelos 'donos do capital' aumentou 75,6% entre 2008 e 2019, de 7 303 milhões para 12.828 milhões de euros.

Isto porque se em 2008 os trabalhadores receberam 65 454 milhões de euros (36,5% do PIB) em 'ordenados e salários' e os "donos do capital" receberam 72 757 milhões de euros (40,6% do PIB) em Excedente Bruto de Exploração, esse valor passou para 74 640 milhões de euros (35% do PIB) e 87 468 milhões de euros (41% do PIB), respetivamente, em 2019.

"Entre 2008/2019, o total de 'ordenados e salários' recebidos pelos trabalhadores foi inferior ao Excedente Bruto de Exploração recebido pelos 'donos do capital' em 149 957 milhões de euros, o que agravou enormemente a repartição da riqueza criada no nosso país", sustenta, precisando que, nesse período, "a parte do 'trabalho' no PIB diminuiu de 36,5% para 35% e a do 'capital' aumentou de 40,6% para 41%".
 
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Esse é um dos problemas, as pessoas vão-se habituando ao actual estado de coisas e consideram-no normal, ou melhor, resignam-se enquanto o mal-estar aumenta. Não vivemos num sistema inofensivo, embora a imaginação política de alguns considere Portugal um regime socialista. Nós alinhamos com o resto do mundo e seguimos as regras predominantes. E a determinada altura, depois das trinta décadas de prosperidade que se seguiram à II Guerra Mundial, em resposta a uma série de crises, as ideias económicas alteraram-se: do keynesianismo e do Estado de Bem-Estar Social para a doutrina neoliberal. Credo que organizações como o FMI e o Banco Mundial advogaram e instituíram. Situamo-nos nos anos 70, altura em que o neoliberalismo ganha força e a desigualdade aumenta significativa e generalizadamente. A esquerda mudou, tornou-se menos esquerda e incorporou de alguma forma princípios económicos neoliberais. A Terceira Via. Portugal, país com uma história já de si muito complicada, seguiu o fluxo. Assim funciona. Se o sistema diz para o país impor austeridade o país impõe-na, se diz para responder à crise com emissão de dívida e investimento, o país fá-lo. Quando afirma que o capitalismo em Portugal não é selvagem... eu digo-lhe que poderia ser muito diferente.

Outra leitura interessante: Pandemia agravou desigualdades: ganhou quem já recebia mais (dn.pt)

No trabalho, Eugénio Rosa analisa "o aumento da desigualdade na repartição da riqueza criada no país (PIB -- Produto Interno Bruto) entre os trabalhadores e os 'donos do capital' no período 2008/2019, assim como as profundas desigualdades salariais que existem entre os próprios trabalhadores e trabalhadoras, que não são apenas de género, e que permitem às entidades patronais apropriarem-se de uma parte ainda maior da riqueza criada no país".

"É este contexto de enormes desigualdades que já existiam antes da pandemia que torna mais grave a situação atual", sustenta o economista.

Tendo por base os dados das contas nacionais divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o investigador -- licenciado em Economia e doutorado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) -- avança que a diferença entre os salários recebidos pelos trabalhadores e o Excedente Bruto de Exploração recebido pelos 'donos do capital' aumentou 75,6% entre 2008 e 2019, de 7 303 milhões para 12.828 milhões de euros.

Isto porque se em 2008 os trabalhadores receberam 65 454 milhões de euros (36,5% do PIB) em 'ordenados e salários' e os "donos do capital" receberam 72 757 milhões de euros (40,6% do PIB) em Excedente Bruto de Exploração, esse valor passou para 74 640 milhões de euros (35% do PIB) e 87 468 milhões de euros (41% do PIB), respetivamente, em 2019.

"Entre 2008/2019, o total de 'ordenados e salários' recebidos pelos trabalhadores foi inferior ao Excedente Bruto de Exploração recebido pelos 'donos do capital' em 149 957 milhões de euros, o que agravou enormemente a repartição da riqueza criada no nosso país", sustenta, precisando que, nesse período, "a parte do 'trabalho' no PIB diminuiu de 36,5% para 35% e a do 'capital' aumentou de 40,6% para 41%".
Falar ‘em Neoliberalismo sem mencionar as mudancas demograficas que forms tornando os estados sociais incomportaveis nos anos 70 nao fax sentido.
 
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VisceraEater

Bancada central
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Esse é um dos problemas, as pessoas vão-se habituando ao actual estado de coisas e consideram-no normal, ou melhor, resignam-se enquanto o mal-estar aumenta. Não vivemos num sistema inofensivo, embora a imaginação política de alguns considere Portugal um regime socialista. Nós alinhamos com o resto do mundo e seguimos as regras predominantes. E a determinada altura, depois das trinta décadas de prosperidade que se seguiram à II Guerra Mundial, em resposta a uma série de crises, as ideias económicas alteraram-se: do keynesianismo e do Estado de Bem-Estar Social para a doutrina neoliberal. Credo que organizações como o FMI e o Banco Mundial advogaram e instituíram. Situamo-nos nos anos 70, altura em que o neoliberalismo ganha força e a desigualdade aumenta significativa e generalizadamente. A esquerda mudou, tornou-se menos esquerda e incorporou de alguma forma princípios económicos neoliberais. A Terceira Via. Portugal, país com uma história já de si muito complicada, seguiu o fluxo. Assim funciona. Se o sistema diz para o país impor austeridade o país impõe-na, se diz para responder à crise com emissão de dívida e investimento, o país fá-lo. Quando afirma que o capitalismo em Portugal não é selvagem... eu digo-lhe que poderia ser muito diferente.

Outra leitura interessante: Pandemia agravou desigualdades: ganhou quem já recebia mais (dn.pt)

No trabalho, Eugénio Rosa analisa "o aumento da desigualdade na repartição da riqueza criada no país (PIB -- Produto Interno Bruto) entre os trabalhadores e os 'donos do capital' no período 2008/2019, assim como as profundas desigualdades salariais que existem entre os próprios trabalhadores e trabalhadoras, que não são apenas de género, e que permitem às entidades patronais apropriarem-se de uma parte ainda maior da riqueza criada no país".

"É este contexto de enormes desigualdades que já existiam antes da pandemia que torna mais grave a situação atual", sustenta o economista.

Tendo por base os dados das contas nacionais divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o investigador -- licenciado em Economia e doutorado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) -- avança que a diferença entre os salários recebidos pelos trabalhadores e o Excedente Bruto de Exploração recebido pelos 'donos do capital' aumentou 75,6% entre 2008 e 2019, de 7 303 milhões para 12.828 milhões de euros.

Isto porque se em 2008 os trabalhadores receberam 65 454 milhões de euros (36,5% do PIB) em 'ordenados e salários' e os "donos do capital" receberam 72 757 milhões de euros (40,6% do PIB) em Excedente Bruto de Exploração, esse valor passou para 74 640 milhões de euros (35% do PIB) e 87 468 milhões de euros (41% do PIB), respetivamente, em 2019.

"Entre 2008/2019, o total de 'ordenados e salários' recebidos pelos trabalhadores foi inferior ao Excedente Bruto de Exploração recebido pelos 'donos do capital' em 149 957 milhões de euros, o que agravou enormemente a repartição da riqueza criada no nosso país", sustenta, precisando que, nesse período, "a parte do 'trabalho' no PIB diminuiu de 36,5% para 35% e a do 'capital' aumentou de 40,6% para 41%".
Dados muito interessantes mas que não correlacionam inteiramente com o argumento que iniciaste. Vários sectores da função pública viram as suas carreiras congeladas. Em comparação com a maioria dos demais paises da Zona Euro temos os professores, médicos e enfermeiros mais mal pagos. No caso da enfermagem então é assustador na medida em que em grande parte dos países europeus, nem sequer se trata de um curso superior. Por outro lado tens exemplos vários de países europeus mais liberais em que essas desigualdades diminuíram. O facto de termos muitos jovens licenciados desempregados e ou a recibos verdes contribui para essa figura. Ainda assim, um sistema liberal não exclui o estado da vida económica, atribui ao mesmo reaponsabilidade regulatória e também lhe concede o dever de garantir as condições necessárias para que o tecido económico cresca, desenvolvendo “a plataforma” para atrair empresas. Por outras palavras investir na infrastructura inacessível as empresas para que estás a possam explorar no futuro, tornando o país num polo de atração empresarial.
Um dos principais responsáveis por essa desiguldade que enuncias é o custo do risco. Investir nos grandes negócios, iniciar uma empresa ser pró-activo é muito arriscado e nos poucos casos em que corre bem acaba por compensar. Já trabalhar por conta de outrem num mercado saturado por mão de obra barata entre outras coisas a custa do desemprego entre os licenciados e recibos verdes, acaba por resultar em mais salários.
 

Raba

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Não votei PS mas há que admitir que tiveram uma grande vitória. Muito à custa de deputados do BE e da CDU, mas isso não interessa.

Hilário que o Chicão se demita agora depois de foder o CDS todo. Mandou embora tudo que era notável do partido e agora vai entregar o CDS ao Nuno Melo todo fodido, com a reputação na merda e sem um único deputado. Acho que nem o Nuno Melo vai querer agora.. um partido que já teve quase 50 deputados na AR a dada altura, já era...
 
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JJC

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em 2026 quando este governo terminar farão 24 anos de governaçao com politicas de esquerda nos ultimos 30 anos.
mas ainda vamos ouvir dizer que a culpa da crise é do passos coelho.

portugal é um pais socialista e não vai mudar .
Tal como hoje ninguém votou em Sócrates, em 2026 ninguém terá votado em Costa.
 

tripeiro_de_gema

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Não votei PS mas há que admitir que tiveram uma grande vitória. Muito à custa de deputados do BE e da CDU, mas isso não interessa.

Hilário que o Chicão se demita agora depois de foder o CDS todo. Mandou embora tudo que era notável do partido e agora vai entregar o CDS ao Nuno Melo todo fodido, com a reputação na merda e sem um único deputado. Acho que nem o Nuno Melo vai querer agora.. um partido que já teve quase 50 deputados na AR a dada altura, já era...
Eu tenho muita pena do CDS e ainda acreditava que o CDS pudesse pelo menos eleger um ou dois deputados, um partido com tantos anos de história de democracia, até com implantação local e regional levou a maior humilhação de sempre do partido.

Infelizmente o CDS meteu-se a jeito para este triste desfecho, foi preciso chegar dois novos movimentos à direita para "esvaziar" o CDS. O CDS apresentava há muito tempo uma crise de identidade, ainda ao final de 47 anos o CDS nunca soube explicar ou esclarecer aos portugueses o que é a democracia-cristã, o Chicão é que se lembrou agora a pouco tempo das eleições de enaltecer a matriz democracia-cristã do CDS, durante este tempo todo na oposição não fez nada de jeito, e mesmo nos debates e na campanha andou à peixeirada, como se isso ajudasse a eclarecer o que é ser democrata-cristão. CDS dificilmente voltará ao parlamento, para já o partido tem que resolver a sua crise identitária, como também tem que resolver os seus problemas de tesouraria, além disso os novos partidos também vão aproveitar este mandato(mesmo com maioria absoluta do PS) para se consolidarem no parlamento.

Muita gente parece esquecer, mas acabaram-se com os debates quinzenais, o que condiciona ainda mais o escrutínio do governo. Fruto de uma proposta do PSD, que foi aprovada também pelo PS, este Rui Rio só tem ideias de m**da também.
 
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