Station Eleven, a minha nova paixão/admiração/sensação de perda pós visionamento.
Uma pérola, muito ao jeito da Tales From The Loop e do filme Were The Wilds Things Are.
Um retrato muito humano, emocional e criativo do que seria a sociedade pós pandemia mortal e devastadora, a necessidade dos humanos se procurarem uns aos outros, a passagem do tempo - a série vive muito de flashbacks que vão contando a história e construindo o puzzle, desvendando os detalhes da vida das personagens e como todos estão ligados e como alguns sobrevivem e chegam ao presente, 20 anos depois da pandemia.
Belíssimas, ricas e exóticas personagens, como somos todos nós, muito boa fotografia e cenários realistas, isolados, devastados, em que a decadência dos objetos e dos espaços - interiores e exteriores - pelo tempo é muito bem feita e realista. Há Hamlet e um comic book, cheio de frases tão bonitas, poéticas que ficam cá dentro, são peças centrais da história.
Nota também para a banda sonora, como sempre nestas séries de qualidade, feita com uma sensibilidade e doce melancolia perfeitamente adaptada ao ambiente e às criaturas que deambulam naquela vastidão perdida no tempo.
Mackenzie Davis, Himesh Patel, Matilda Lawler, David Wilmot, Gael Garcia Bernal, Danielle Deadwyler, Caitlin FitzGerald e mais uns quantos muito bons atores que dão vida às personagens, daquelas que queres que nunca mais te abandonem de tão humanas e profundas.