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EM lisboa e em Portugalito é facil ser fanático pelo boifica, qualquer ministro, humorista, politico, artista ou paineleiro tem tomates para assumir a defesa dos corrutos e gritar trafica. O que é dificil e precisa de tomates é ser Portista e ser quase vilipendiado se assumir o seu Portismo.
Nos anos 80 enquanto fazia 18 meses de tropa em Sacavém na Escola Pratica de Material de Guerra, como já tinha a licenciatura em Engenharia e escrevia bem, mandei uns textos para a bolha sobre jogos do mundial de 86. Em terras de cegos, tive a oportunidade de fazer umas experiencias e fui ganhando à peça em jogos banais. Os problemas surgiram quando fui fazer um jogo de basquete Barreirense - FC do Porto, e escrevi que tinha assistido a um jogo em ambiente medieval com anti Portismo primário quer da equipa da casa quer dos arbitros José Coelho (pai) e Carlos Gonçalves. Disse a verdade que a equipa do Norte entrou debaixo de uma chuva de isqueiros, guarda chuvas e outros objetos e que durante o jogo os arbitros foram parciais.
Entreguei aquilo e na segunda feira, nada daquilo, saiu. Falei com o Jorge Shenitzer e o Farinha, falei não, gritei e chamei-lhes de tudo. Era jovem e maluco, não havia seguranças privados e consolei me de lhes chamar nomes. Claro está que nunca mais os vi.
Mas há cerca de 10 anos conheci um rapaz que fez estágio na bolha e o filme foi quase o mesmo. Escrevia bem, mas quando descobriram que era Portista puseram no a fazer cada vez menos reportagens e de menos importancia. Quando deu conta andava a ver os treinos e os lesionados do Arouca, do Penafiel, etc.
Claro está que o rapaz, ta como eu, agora não é jornalista desportivo (ainda bem para ele). O custo de ser fanático é pesado mas valea pena dizer o que vai na alma.
