Se formos por ai( sentimento individual de cada pessoa) se calhar temos de ilibar quer judeus quer palestinianos de qualquer responsabilidade.Cabe a cada um questionar-se sobre se é legítimo bombardear campos de refugiados densamente povoados, unidades de saúde, edifícios onde funcionam serviços de média... matar indiscriminadamente, da mesma forma cega que os rockets ceifam vidas. Já quanto aos números, a assimetria é clara.
Convém não desumanizar o outro nem caricaturá-lo. O cidadão palestiniano terá a sua família, o seu emprego, a sua rotina quotidiana... tal como o cidadão israelita. Talvez se julgue que os palestinianos são por natureza terroristas, ou que após largarem as suas ocupações, os trabalhos, ... desatem a atirar bombas para o lado de lá, que todos pertencem às fileiras terroristas do Hamas... Mas é pouco provável que a realidade seja essa. Talvez formem um povo com anseios sociais, políticos, determinadas concepções do mundo... como muitos outros.
Algumas práticas não serão consentâneas com as nossas instituições, desrespeitarão os princípios das sociedades em que vivemos, haverá intolerância... como acontece noutros países e entre outros povos que gozam de autonomia política. Não consta, por exemplo, que os atropelos aos direitos humanos na Arábia Saudita ou no Qatar constituam motivo suficiente para negar a autodeterminação às respectivas comunidades. Pelo contrário, alguns sectores do mundo dito ocidental nutrem-lhes até uma certa reverência. Eventualmente, o primeiro passo para uma paz duradoura será precisamente a formação de um estado palestiniano. É possível que a tensões tenham em grande parte que ver justamente com o actual estado das coisas.
Foram ludibriados e promteram lhes a ambos que seria criado um estado independente para cada 1.
Isto na altura da administração britanica, que não só prometeu aos palestinianos auto determinação como tambem promoveu a emigração judaica para a zona e um futuro estado judeu.
Depois não conseguiram garantir isso de facto e despejaram o fardo para a UN que ao ter criado uma solução equitativa ainda que motivada por interesses ocultos (não sabia que a Russia tinha votado a favor daPlano de Partição 1948) mas no meu entender equilibrada para todos.
A partir daí a responsabilidade é essencialmente palestiniana porque recusou sempre.
A diferença de "outcome" para ambos os povos esteve nos aliados de cada 1
Os Judeus tiveram do seu lado os vencedores da II Guerra balançados por altos desenvolvimentos tecnologicos decorrentes daí, alguns paises para se verem livre das comunidades Judaicas dos seus proprios paises, outros por simpatia.
Os Palestinos tiveram do seu lado a comunidade arabe movida esencialmente pela religião mas como todos sabemos tambem associada a falta de avanço civilizacional, a uma restrição de liberdades e uma sociedade assente num tribalismo medieval.
Obviamente que hoje analisando em 2021 a diferença de potencial entre ambos, haja muita simpatia internacional pelo mais fraco mas esquecem se que a diferença de capacidade prende se por decisões tomadas pelos intervenientes à mais de 70 anos atrás
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