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A "sobrecarga" na rede de oxigénio do Hospital Amadora-Sintra originou, esta terça-feira, uma falha que obrigou à transferência de 31 doentes covid, dos quais 20 ventilados. "Ninguém esteve em perigo de vida", assegurou fonte hospitalar ao JN.
A mesma fonte negou que tenha havido uma "rutura" no sistema, garantindo que o que ocorreu foram "flutuações" do nível de oxigénio. Ao detetarem que esse nível não era constante, os alarmes do sistema foram accionados.
Essas flutuações, apurou o JN, terão sido causadas pela "sobrecarga" a nível do número de infetados: o patamar máximo do plano de contingência do Hospital Doutor Fernando Fonseca prevê receber 120 doentes covid, mas o complexo mas estava, neste momento, a tratar um total de 363.
O hospital garante que existe oxigénio de sobra nos depósitos, embora admita que o sistema não suporta tantos doentes covid. Ainda assim, assegura, ninguém terá deixado de estar ventilado.
O Hospital Amadora-Sintra está a transferir 31 doentes. Destes, 20 estão ventilados, estando a ser encaminhados para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Os 11 restantes, mais próximos da alta médica, têm como destino o hospital de campanha da Cidade Universitária e o hospital de retaguarda das Forças Armadas, ambos também na capital.
A ajudar nas transferências dos pacientes estão médicos e enfermeiros de várias unidades. A mudança de local dos doentes em causa está a ser coordenada entre o Conselho de Administração do Amadora-Sintra e o INEM.
O hospital em questão está, de momento, a construir um novo tanque de oxigénio para aumentar a sua capacidade - uma vez que é, neste momento, o hospital mais sobrecarregado com doentes covid na região de Lisboa e Vale do Tejo.
No entanto, a fonte hospitalar contactada pelo JN garante que as obras em curso não tiveram qualquer relação com o sucedido e que o problema foi ao nível das tubagens. As obras deverão ficar concluídas dentro de duas semanas.