Quais foram as palavras causadoras de incómodo para levar com um processo disciplinar?
A notícia do Ojogo explica:
“O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol instaurou um processo disciplinar a Sérgio Conceição “por inobservância de outros deveres relacionadoscomdeclaraçõesproferidas em conferência de imprensa de antevisão a jogo oficial”. Em causa, sabe O JOGO, está a posição assumida pelo treinador do FC Porto, antes da receção Marítimo (3 de outubro), sobre a comportamento a adotar pelos árbitros perante o antijogo, em particular o tempo de compensação e os cartões amarelos no final das partidas. “Não quero que mostrem amarelos aos nossos adversários nessa altura, não vale a pena”, afirmou, na altura. A decisão foi tomada pela Secção Profissional do CD, a 31 de dezembro, na sequência de um processo de inquérito tramitado na Comissão de Instrutores da Liga. O processo foi reenviado ontem à Comissão de Instrutores. Os passos seguintes são audiência disciplinar e produção de prova. A sentença será estabelecida,posteriormente, pelo Conselho de Disciplina.
DeacordocomoqueOJOGO apurou, a Comissão de Instrutores propôs o arquivamento, no inquérito inicial, mas o CD, presidido por Cláudia Santos desde julho, recusou e decidiu instaurar o processo disciplinar ontem anunciado, enquadrado numa moldura penal de um mês a dois anos de suspensão para o treinador do FC Porto.
Curiosamente, Sérgio Conceição já tinha dito algo semelhante em junho, também antes de um jogo com o Marítimo, mas relativo à época passada. “Faço um pedido aos árbitros: não quero cartões amarelos aos 90+2 minutos... É perda de tempo”, disse, sem que isso tivesse motivado qualquer processo disciplinar. Em outubro, o técnico portista voltou a fazer o mesmo pedido como forma de evitar as perdas de tempo de jogo útil. “Espero é que haja coragem por parte dos árbitros para darem 15 ou 20 minutos a mais no final, se tiver de ser. Não podemos passar por cima de algumas situações como um guarda-redes ou um jogador no chão, pode ser algo grave e não se pode impedir a equipa médica de entrar, mas o árbitro tem de perceber o que está acontecer e não mostrar um amarelo aos 90’. Isso não serve, eu não quero que mostrem amarelos aos nossos adversários nessa altura, não vale a pena”, referiu na sala de conferências do Olival um dia antes de perder com o Marítimo por 2-3, em jogo da 3ª jornada do campeonato.”