O que eu sei é que um vírus com uma taxa de letalidade global de 3% foi tratado com um fármaco que primeiramente foi recomendado, e que existe nos Estados Unidos desde 1955. Curiosamente as melhoras foram mais do que significativas nesse meu familiar, que está em idade de risco.
Se não acreditas, e se conheceres alguém que trabalhe na CUF do Porto, é só tentares perguntar se houve alguém a ser tratado com esse medicamento por lá, ainda que o mesmo não tenha sido prescrito por eles. Simples. Agora se não quiseres acreditar, posso bem com isso.
Eu se calhar não me expressei da melhor maneira, deixa-me tentar clarificar:
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Primeiro, é muito importante perceber que usar a hidroxicloroquina no tratamento da COVID-19 é muito diferente de tratar a COVID-19 com hidroxicloroquina. De forma leiga, o raciocínio é este: se tiveres uma "gripe" daquelas, que ficas enjoado e a vomitar, podes tomar algo para tratamento desse enjoo, mas nao quer dizer que se trata a "gripe" com medicamentos para o enjoo. Nesta corrente de desinformação muitas vezes confundem-se estes conceitos.
Portanto sim, haverá situações em que a hidroxicloroquina poderá ser ponderada como boa pratica medica na abordagem de algumas das situações peculiares, mas isso sempre pendente da decisão e avaliação de quem de direito. Metendo futebol ao barulho, so para aligeirar a questão: usar 3 PLs fixos na área para o chuveirinho esta mto longe de ser a tática que eu quero ver o NGT a usar em Alvalade na próxima jornada, mas se tivermos a perder por 1 golo aos 88min, eu espero bem que ele despeje la dentro tudo o que for arma de ataque.
É um bocado esta falta de bom senso que se perde na "politiquização" de uma questão que nao é política, é medica. Mas e o mundo de verdades absolutas e radicalismo em que vivemos e temos de nos adaptar a ele.
Segundo, eu percebo todas as duvidas e mais algumas que pairam sobre o poder que influencias externas tenham ou possam vir a ter na aprovação de uma vacina, pq mto jogo politico pode passar por ai: a corrida à vacina, em termos de soft power político mundial, provavelmente so tem paralelo na nossa historia moderna com a corrida ao espaço na Guerra Fria. A questão aqui é a própria sobrevivência de muitas dessas companhias da "Big Pharma" estão dependentes da eficácia e segurança das mesmas; um erro, um efeito adverso, um pequeno pormenor negativo que seja associada à mesma e será o fim da agencia em questão, com um valor incalculável de prejuízo, pq nestes negócios o asset que vende, mas que VENDE mesmo, é a sua credibilidade - daí lucrarem milhões e milhões enquanto a sua credibilidade não for abalada.
Acho que sobrestimam muito o poder de influencia politico sobre essas decisões na ciência, e subvalorizado muito o verdadeiro valor que a credibilidade dessas agencias tem, porque e a única coisa que importa.