Tem aspecto de boa venda, não houvesse Mendes, Wolverhampton e plataformas giratórias envolvidas. Havendo, o que se traduz pela opacidade do costume, ignoramos ao certo a qualidade da operação. E mesmo que, formalmente, a verba anunciada corrija prejuízos e dê resposta a necessidades prementes, uma eventual surpresa negativa acabará por se fazer sentir (empurra-se com a barriga e mascara-se a realidade até certo ponto, o do descalabro). Seria uma boa venda, incomparável à que levou Rúben Neves (que na altura conquistara já um certo estatuto) para o mesmo clube; e aceitar-se-ia sem especial reserva este negócio se se soubesse que os ganhos auxiliariam uma melhoria significativa da actual gestão. Considerando os constrangimentos financeiros por que passamos, creio que se compreenderia até a estratégia de vender preferencialmente os jovens da formação (até porque poderá ser, de facto, uma inevitabilidade), se tudo isto fosse parte de um projecto maior. Uma vez que ignoramos os intentos da direcção, se se trata de puro desespero ou se haverá alguma ideia estruturada para o futuro... o verdadeiro significado da venda, a confirmar-se, fica por determinar.
Diga-se que tudo isto deveria ser escrutinado pela Justiça.
Diga-se que tudo isto deveria ser escrutinado pela Justiça.
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