A imagem de Hector Herrera degradou-se, parcialmente, devido à titularidade continuada a que foi sujeito. Titular, capitão, somando erros individuais aumentados pelo descalabro colectivo, Herrera tornou-se um dos rostos mais visíveis do insucesso sem abordar as questões económicas, que em nada o ajudam. Haverá alguma casualidade nesta infeliz conjugação de factores, a envolvência negativa que rodeia o jogador não será da sua exclusiva responsabilidade, não obstante as falhas cometidas em campo (algumas com consequências desastrosas). A falta de qualidade do sector intermediário nos últimos anos contribuiu decisivamente para a situação delicada que Herrera agora enfrenta. O mexicano seria, noutro cenário, uma opção válida enquanto figura de segundo plano, ou melhor, não necessariamente como titular. Lamentavelmente, Herrera espelha o declínio do clube, da perda de qualidade dentro das quatro linhas aos negócios onerosos fora delas.
De qualquer das formas, alegro-me pela sua última prestação na taça das confederações. Sendo nosso profissional, inclusive capitão, resta-nos torcer pelo seu sucesso e apoiá-lo.