Um olhar sobre os destaques individuais na Nova Zelândia (continuação2)
Traoré (Mali)
Em termos de meio-campo ofensivo, apareceram alguns dos jogadores mais predestinados e notáveis desta competição. O melhor jogador do torneio, Adama Traoré, já tinha jogado com alguma regularidade no Lille na segunda volta da última temporada mas foi em território neozelandês que se apresentou ao mundo: tecnicamente dotado, possui uma visão de jogo notável, colocando a bola praticamente onde quer. Dinamismo e precisão ao serviço de uma seleção do Mali que apresentou um futebol de qualidade admirável numa seleção jovem africana, apostando mais no toque e na envolvência do que na correria desmesurada.
O ucraniano Kovalenko (técnica e pujança física ao serviço de uma equipa), o germânico Stendera, dono de atributos técnicos formidáveis, o ganês Aboagye (virtuoso com bola), o criterioso Raphael Guzzo (sim, esqueçam o Panenka, o Mundial deste rapaz teve momentos muito interessantes) ou o Rony Lopes dos últimos encontros foram outros dos bons destaques na zona central do meio-campo ofensivo, tal como o brasileiro Andreas Pereira.
Zivkovic (Sérvia)
Nas alas, surgiram vários extremos/alas/avançados de qualidade soberba. O sérvio Zivkovic foi um deles. Esquerdino entusiasmante, com boa técnica, mobilidade e velocidade, é capaz de transformar um jogo sozinho, graças à sua imprevisibilidade. Revelou-se decisivo, tanto através de golos como de assistências. Além do sérvio, destacaram-se: Gabriel Jesus (Brasil), Gelson Martins (Portugal), Musa Yahaya (Nigéria), Gbakle (Mali), Tetteh (Gana), Marcos Guilherme (Brasil), Khamdamov (Uzbequistão) ou Hirving Lozano (México).
Na frente de ataque, sobressaíram alguns nomes, entre avançados mais completos e puros «9» de área. O robusto e inteligente André Silva foi um dos naturais destaques. Autor de uma fase de grupos excecional, o internacional português caiu de rendimento nos dois jogos a eliminar, mas ainda assim não deixou de ser um Mundial muito interessante em termos individuais para o avançado portista.
De resto, vários outros nomes estiveram em plano de evidência: os sérvios Mandic e Saponjic (avançados possantes, embora móveis, caindo bem na faixa), o «falso 9»/segundo avançado germânico Mukhtar, o nigeriano Awoniyi, o húngaro Bence Mervó, os argentinos Correa e Simeone, o maliano Diallo ou o uzebeque Urinboev foram alguns dos jogadores que mostraram mais pormenores interessantes ao longo da prova. »
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