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Durante a vida do Futebol Clube do Porto existiram múltiplas atividades dos seus aniversários e comemorações centradas na sua data de fundação de 2 de agosto de 1906. Ao completar 50 anos de atividade, em 1956, foi uma vez mais campeão nacional, um objetivo que perseguia há 16 anos, tendo constituído ainda maior júbilo. Na obra "História do F.C. Porto" publicada por António Rodrigues Teles nesse mesmo ano comemorativo, na sua página 68 entre os 100 primeiros sócios do clube não consta António Nicolau d'Almeida. Uma das mais ativas diligências para a angariação de sócios realizou-se com as festividades do 70º aniversário do clube, entre agosto e novembro de 1976, com a Campanha dos 70.000 sócios. No final da década seguinte, festejando o 80º aniversário, a Companhia Seiva Trupe criou uma atraente obra intitulada "Um cálice de Porto: 1906-1986, 80 anos do Futebol Clube do Porto". | Durante a vida do Futebol Clube do Porto existiram múltiplas atividades dos seus aniversários e comemorações centradas na sua data de fundação de 2 de agosto de 1906. Ao completar 50 anos de atividade, em 1956, foi uma vez mais campeão nacional, um objetivo que perseguia há 16 anos, tendo constituído ainda maior júbilo. Na obra "História do F.C. Porto" publicada por António Rodrigues Teles nesse mesmo ano comemorativo, na sua página 68 entre os 100 primeiros sócios do clube não consta António Nicolau d'Almeida. Uma das mais ativas diligências para a angariação de sócios realizou-se com as festividades do 70º aniversário do clube, entre agosto e novembro de 1976, com a Campanha dos 70.000 sócios. No final da década seguinte, festejando o 80º aniversário, a Companhia Seiva Trupe criou uma atraente obra intitulada "Um cálice de Porto: 1906-1986, 80 anos do Futebol Clube do Porto". | ||
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Em junho de 1922, arranca a primeira edição do Campeonato de Portugal, primeira prova nacional oficial, criada pela União Portuguesa de Futebol, antecessora da Federação Portuguesa de Futebol, com o objetivo de juntar os campeões regionais de Lisboa e Porto. É o FC Porto quem leva a melhor na primeira edição, ganhando ao Sporting por 3–1, na finalíssima, a 18 de junho, e tornando-se no primeiro campeão português de futebol. Nesse mesmo ano, o futebolista "Simplício", que fora também artista gráfico, conjugou o antigo símbolo do FC Porto com as armas da cidade do Porto, dando origem ao atual emblema do clube. | Em junho de 1922, arranca a primeira edição do Campeonato de Portugal, primeira prova nacional oficial, criada pela União Portuguesa de Futebol, antecessora da Federação Portuguesa de Futebol, com o objetivo de juntar os campeões regionais de Lisboa e Porto. É o FC Porto quem leva a melhor na primeira edição, ganhando ao Sporting por 3–1, na finalíssima, a 18 de junho, e tornando-se no primeiro campeão português de futebol. Nesse mesmo ano, o futebolista "Simplício", que fora também artista gráfico, conjugou o antigo símbolo do FC Porto com as armas da cidade do Porto, dando origem ao atual emblema do clube. | ||
Revisão das 22h17min de 30 de janeiro de 2021
Índice
História
A Fundação e os primeiros anos
A 28 de setembro de 1893 no dia do aniversário do rei D. Carlos e da rainha D. Amélia, o Foot-Ball Club do Porto é fundado, por obra e graça do jovem de 20 anos António Nicolau d'Almeida, um comerciante do vinho do Porto que descobriu o futebol nas suas viagens a Inglaterra. O FC Porto inicia então os seus primeiros treinos no Campo do Prado, em Matosinhos, e no dia 8 de outubro disputa o primeiro jogo da história do clube, contra o Clube de Aveiro.
A 25 de outubro de 1893, Nicolau d'Almeida convida o Club Lisbonense para uma partida de futebol, que decorreria no dia 2 de novembro. O Diário Ilustrado, com sede em Lisboa, é quem noticia o convite, e até a resposta do Club Lisbonense. Guilherme Pinto Basto, o então presidente do Club Lisbonense, aceitara então o convite mas não no dia previsto. A data escolhida foi o dia 2 de março do ano seguinte e para além disso, Pinto Basto conseguiu convencer D. Carlos a patrocinar o jogo, oferecendo também uma taça por parte do rei. O nome escolhido foi Taça D. Carlos I, ou ainda Cup d'El Rey. Jogado no Campo Alegre, no Porto, também chamado Campo dos Ingleses, casa do Oporto Cricket and Lawn-Tennis Club, o jogo acaba com uma derrota do FC Porto, por 1–0.
Em 1896, António Nicolau d'Almeida casa-se com Hilda Rumsey e esta pede-lhe para se afastar do futebol, que considerava uma modalidade demasiado violenta. António aceita o seu pedido e afasta-se do clube que entrou num período de letargia.
A Refundação
Doze anos depois, em 1906, José Monteiro da Costa regressou de Inglaterra, fascinado pelo mesmo desporto que encantara o seu amigo há mais de uma década e resolveu criar uma equipa de futebol, sob o nome "Grupo do Destino".
Entretanto, José conversou com Nicolau d'Almeida sobre o projeto que iniciara em 1893. José não hesitou e extingue o Destino, refundando assim o FC Porto e instalando a primeira sede do clube nas instalações do recém-extinto Destino. A nova fundação ocorre no dia 2 de agosto de 1906, assumindo desde logo uma faceta de clube eclético, no qual se começaram a praticar também diversas outras modalidades. José decidiu o azul e branco como as cores do clube e manteve o nome do mesmo. Para além disso, foi desenhado o primeiro emblema do clube, que consistiu numa bola de metal azul com as iniciais "FCP". Entretanto, é alugado à Companhia Hortícola Portuense o primeiro campo do clube, o Campo da Rainha, que fora simultaneamente o primeiro relvado de Portugal.
José Monteiro da Costa escolheu pintar o FC Porto de azul e branco, então as cores da bandeira nacional, e aprovou o primeiro emblema: uma bola de futebol azul, com as iniciais FCP em branco.
Divergências sobre o ano de fundação
Até ao ano de 1988 era oficial a data de fundação do FC Porto como tendo sido a 2 de agosto de 1906, por iniciativa de José Monteiro da Costa. A 26 de fevereiro de 1988, realizou-se mais uma Assembleia Geral Ordinária, que tinha como principal ponto agendado a apreciação e votação do Relatório e Contas da Direção e Parecer do Conselho Fiscal referente à anuidade de 1987. Após várias intervenções de apoio ao presidente em funções, Jorge Nuno Pinto da Costa, o sócio Custódio Castro, encarregado da comissão nomeada para apreciar a problemática da fundação do clube, dissecou a questão, tendo decidido que "o FC Porto foi fundado em 1906 embora a semente tenha sido lançada em 1893".
Foi, no entanto, a apresentação de Rui Guedes, autor da "Fotobiografia do FC Porto" quem haveria de dominar a noite, apresentando dois recortes de jornais da década de 90 do século XIX que, a seu entender, corroboraram a sua teoria de fundação do clube. Tendo sido apresentada e votada por ampla maioria a sua proposta de alteração dos estatutos, a redação do artigo primeiro passou a referir que o FC Porto, pessoa coletiva e de utilidade pública, foi fundado em 28 de setembro de 1893, tendo iniciado imediatamente a sua atividade.
Durante a vida do Futebol Clube do Porto existiram múltiplas atividades dos seus aniversários e comemorações centradas na sua data de fundação de 2 de agosto de 1906. Ao completar 50 anos de atividade, em 1956, foi uma vez mais campeão nacional, um objetivo que perseguia há 16 anos, tendo constituído ainda maior júbilo. Na obra "História do F.C. Porto" publicada por António Rodrigues Teles nesse mesmo ano comemorativo, na sua página 68 entre os 100 primeiros sócios do clube não consta António Nicolau d'Almeida. Uma das mais ativas diligências para a angariação de sócios realizou-se com as festividades do 70º aniversário do clube, entre agosto e novembro de 1976, com a Campanha dos 70.000 sócios. No final da década seguinte, festejando o 80º aniversário, a Companhia Seiva Trupe criou uma atraente obra intitulada "Um cálice de Porto: 1906-1986, 80 anos do Futebol Clube do Porto".
Primeiros títulos nacionais e períodos de menor fulgor (1922–1981)
Em junho de 1922, arranca a primeira edição do Campeonato de Portugal, primeira prova nacional oficial, criada pela União Portuguesa de Futebol, antecessora da Federação Portuguesa de Futebol, com o objetivo de juntar os campeões regionais de Lisboa e Porto. É o FC Porto quem leva a melhor na primeira edição, ganhando ao Sporting por 3–1, na finalíssima, a 18 de junho, e tornando-se no primeiro campeão português de futebol. Nesse mesmo ano, o futebolista "Simplício", que fora também artista gráfico, conjugou o antigo símbolo do FC Porto com as armas da cidade do Porto, dando origem ao atual emblema do clube.
Dois anos depois, na primeira prova de sempre nas piscinas do FC Porto, Luíz Canto Moniz ganha os 200 metros livres do campeonato nacional de natação, iniciando-se no mesmo ano a prática do hóquei em patins. Na modalidade de futebol, dias depois da derrota do FC Porto contra o Deportivo por 7–3, já na época seguinte a 15 de julho de 1925, Velez Carneiro, então jogador portista, é assassinado com quatro tiros pelo escriturário Carmindo Duarte, tendo a sua homenagem sido feita por Coelho da Costa, jogador que marcou o golo que valeu o título de campeão nacional de futebol. A 1926, inicia-se o basquetebol, por iniciativa de três jogadores, e três anos depois o clube estreia-se no hóquei em campo, a 20 de outubro de 1929.
O FC Porto conseguia tanto público que o Campo da Constituição começou a ficar pequeno. Por isso em 1933, foi proposta em Assembleia Geral a aquisição de terrenos para a construção de um novo estádio, o futuro Estádio das Antas. Enquanto não estava disponível, o clube jogava não só na Constituição, mas também em outros campos emprestados, de vez em quando, como o Campo do Ameal ou o Estádio do Lima.
Em 1934–35, arranca a primeira edição do Campeonato Nacional da Primeira Divisão, ou simplesmente da Primeira Divisão, estimulada pela necessidade de se estabelecer uma estrutura futebolística mais forte no país, tendo essa ideia surgido após Portugal ter perdido com a Espanha por 9–0, na eliminatória de acesso ao Mundial de 1934. É o FC Porto quem a vence, com dois pontos de avanço sobre o segundo classificado, o Sporting, sob a gerência do húngaro Joseph Szabo. Contudo, o FC Porto só volta a ser campeão nacional quatro anos depois, em 1938–39, no mesmo ano em que o Campo da Constituição aumenta a lotação para 20 mil lugares. Foi por pouco que o FC Porto não garantiu a descida à Segunda Divisão na temporada seguinte, pois a equipa futebolística acabou o campeonato regional na terceira posição nesse mesmo ano, lugar que não dava acesso à Primeira Divisão. Mas devido ao alargamento de clubes do principal escalão, o clube manteve-se na mais alta competição de futebol e curiosamente foi bicampeão pela primeira vez na sua história, em 1939–40. O mesmo aconteceu em 1941–42, quando o FC Porto voltou a ficar num lugar do campeonato regional que não dava acesso à Primeira Divisão, mas graças a um novo alargamento efetuado pela Federação, o FC Porto manteve-se novamente na Primeira Liga.
Logo na temporada seguinte, em 1942–43, o clube conseguiu um humilhante sétimo lugar no campeonato, pior da história até aquela altura. Os 12–2 sofridos pelo Benfica para o campeonato no dia 7 de fevereiro de 1943, e a eliminação na Taça de Portugal, sucessora do Campeonato de Portugal, pelo Vitória de Setúbal por 7–0, reforçaram ainda mais a fraca época dirigida pelo técnico húngaro Lipo Herczka. Apesar disso, o clube é hexacampeão nacional de andebol na temporada seguinte, e o número de sócios dos dragões aumenta, passando dos 1800 sócios para 4 mil.
Em 1948, Fernando Moreira vence a 13ª edição da Volta a Portugal em bicicleta, e em 1952 o clube vence pela primeira vez o campeonato de basquetebol. Ainda no mesmo ano, desta vez na modalidade de futebol, o FC Porto venceu o poderoso Arsenal num amigável, considerado a melhor equipa do mundo na altura, por 3–2. Para compensar o feito, um grupo de seis sócios lançou uma campanha para a compra de uma taça: a "Taça Arsenal", a maior taça do mundo, tendo custado duzentos contos e pesando cerca de 250 quilos, repartidos por 130 quilos de prata, os restantes num relicário com quase três metros de altura.
Depois das obras terem começado em inícios de 1951, o "Estádio do Futebol Clube do Porto" é inaugurado em 28 de maio de 1952, mas ficou para a história como Estádio das Antas. Na inauguração, os dragões perdem por uns incríveis 8–2 contra o convidado Benfica. Apesar de tudo, o clube chega à sua primeira final da Taça de Portugal na época seguinte, mas é novamente vencido pelo mesmo Benfica por 5–0. Estes episódios dramáticos chegaram ao fim em 1955–56, quando o clube portuense venceu a primeira dobradinha de futebol da sua história, ganhando ao Torreense na final da Taça por 2–0, e terminando em igualdade pontual com o Benfica no campeonato, que só deu o título de campeão por ter perdido 3–0 nas Antas e empatado em casa 1–1,campeonato esse que foi ganho quinze épocas depois. Com efeito, o clube participa pela primeira vez em competições europeias na época seguinte, mas o sonho de seguir longe terminou rapidamente após a eliminação contra o Atlético de Bilbao na 1ª eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus (derrota por 2–1 em casa na primeira mão e por 3–2 fora no segundo jogo).
Nas épocas posteriores, entraram para o palmarés do clube duas Taças de Portugal de futebol, em 1958 e em 1968, um campeonato da mesma modalidade em 1959, quatro títulos consecutivos de Volta a Portugal em bicicleta em 1963 e o primeiro título de campeão nacional de voleibol em 1965. No futebol, o cenário inverteu-se quando o FC Porto termina a liga em nono lugar em 1969–70, pior da história, e é eliminado tanto na Taça de Portugal pelo Tirsense, como na Taça das Cidades com Feiras pelos ingleses do Newcastle. O número de sócios aumenta para cerca de 41 mil em 1971, e no bilhar o clube obtém o terceiro lugar no campeonato europeu em 1972, melhor classificação da história por um equipa portuguesa. Entretanto, Pavão, antigo futebolista do clube, falece no dia 16 de dezembro de 1973 devido a um ataque cardíaco, durante um jogo em casa para o campeonato. Em 1977, o regresso de José Maria Pedroto, que fora jogador do clube por largas épocas, e a entrada de Jorge Nuno Pinto da Costa para diretor do departamento de futebol acaba com o jejum de títulos no futebol, com a conquista da Taça de Portugal frente ao Braga, e a promessa de uma estrutura mais forte no clube. Em 1977–78, 19 anos depois do último título de campeão nacional de futebol, os dragões voltam a conquistá-lo, mas perdem a final na Taça de Portugal frente ao Sporting, na finalíssima.] Na época seguinte: mais uma vez campeão nacional de futebol, e vários títulos nas modalidades, nomeadamente a Taça de Portugal em basquetebol, o campeonato nacional de ciclismo em equipas, a Taça de Portugal de andebol e o campeonato nacional de corta-mato, graças a Aurora Cunha. A 18 de novembro de 1981, o clube foi feito Membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique.
Entrada de Pinto da Costa (1982–1999)
A 17 de abril de 1982, Jorge Nuno Pinto da Costa é eleito presidente do FC Porto, começando o clube a ganhar terreno ao longo dos anos sobre os rivais de Lisboa em qualquer modalidade. A conquista da Taça das Taças em hóquei em patins na mesma época, frente ao Sporting—naquele que foi o primeiro título internacional do clube—, e a reconquista na época seguinte, frente ao Benfica, foi prova disso mesmo. Em 1982–83, Pedroto regressa, mas não consegue nenhum título na temporada, acabando no segundo lugar do campeonato e perdendo a final da Taça de Portugal diante do Benfica por 1–0 nas Antas. Em 1983–84, na última temporada de Pedroto, que entretanto cedeu o lugar a António Morais por causa de uma doença, o clube acaba a época com a Taça de Portugal no museu, ganha ao Rio Ave por 4–1, e a Supertaça, ganha ao Benfica na segunda mão por 2–1 na Luz, depois dum empate a zero em casa. Para além disso, o FC Porto chegou à primeira final europeia, a Taça das Taças, perdido para a Juventus por 2–1, com uma arbitragem tendenciosa para o lado dos italianos. Na época seguinte, o clube é finalmente campeão graças ao treinador Artur Jorge, vencendo também a Supertaça ao Benfica. Relativamente ao atletismo, Aurora Cunha bateu dois recordes nacionais e sagrou-se campeã mundial dos 10 km de estrada. A equipa de hóquei em patins vence novamente uma competição internacional em 1985–86, a Liga Europeia, numa época em que o FC Porto volta a ser campeão nacional em futebol e Aurora Cunha volta a vencer o Campeonato Mundial dos 15 e dos 10 quilómetros.Entretanto, a 9 de dezembro de 1986, é criada a secção de Desporto Adaptado do clube.
A 27 de maio de 1987, na época de 1986–87, o clube finalmente consegue ganhar uma competição europeia no futebol, tendo ganho brilhantemente o favorito Bayern de Munique por 2–1 na final da Taça dos Campeões Europeus de 1986–87. Conquistada no Estádio Prater, em Viena, a equipa portuguesa esteve a perder até aos 78 minutos por 1–0, minuto em que Rabah Madjer se inspira, marca o famoso golo de calcanhar e empata a partida. Poucos minutos a seguir, Juary marca o golo da vitória do terceiro título da Taça dos Campeões Europeus em Portugal. O FC Porto nessa época foi ainda campeão da Supertaça, ganha novamente ao Benfica (1–1 em casa na primeira mão e 4–2 fora no segundo jogo), apesar de ter ficado em segundo lugar e de ter sido eliminado na Taça de Portugal frente ao Sporting.
Com a saída de Artur Jorge na época seguinte, Tomislav Ivić assumiu o cargo mas nem por isso quebrou a série vitoriosa internacional—dois títulos internacionais, somando aos dois internos. Entre eles, a primeira Taça Intercontinental do clube e de Portugal, ganha na neve ao Peñarol por 2–1, e a primeira Supertaça Europeia do clube e novamente de Portugal, ganha ao Ajax (1–0 em ambas as mãos). O FC Porto foi ainda campeão nacional a quinze pontos do Benfica, segundo classificado, e vencedor da Taça de Portugal, tendo ganho ao Vitória de Guimarães por 1–0. A 3 de março de 1988, o clube foi feito Membro Honorário da Ordem do Mérito. Mais tarde, em 1989–90, a equipa de hóquei em patins volta a vencer a Liga Europeia, e quatro anos depois conquista pela primeira vez a Taça CERS, o que voltaria a acontecer em 1996. E foi na mesma época que o FC Porto gelou o Estádio da Luz na Supertaça de futebol, com a goleada de 5–0 ao seu maior rival, a sua maior vitória na casa do Benfica, num ano em que venceu o campeonato de futebol pela terceira vez consecutiva. Em 1998–99, o clube consegue vencer o campeonato nacional da mesma modalidade, o quinto consecutivo, um feito inédito e ultrapassado pelo Sporting que detinha o recorde de quatro campeonatos seguidos, alcançado nos anos 50. Apesar de ter sido eliminado na Taça de Portugal pelo Torreense nas Antas, a Supertaça não escapou e é vencida ao Braga.
Novas conquistas internacionais (2000–)
O "onze" que derrotou o Mónaco na final da Liga dos Campeões por 3–0. Este novo século começou com um segundo lugar no campeonato de futebol, atrás do Boavista, por obra de Fernando Santos que foi depois despedido nessa época devido à falha do objetivo principal dois anos consecutivos. Apesar disso, o FC Porto não deixou de vencer títulos e conquistou a Taça de Portugal frente ao Marítimo. Na época seguinte, valeu a Octávio Machado e a José Mourinho um terceiro lugar no campeonato. No entanto, a Supertaça entrou novamente no palmarés portista, conquistada frente ao Boavista.
A 16 de novembro de 2003, o Estádio do Dragão, com capacidade para cerca de 50 mil espetadores, foi inaugurado, mas só começou a ser jogado mais tarde devido a problemas relacionados com a relva. A inauguração ficou marcada pela estreia de Lionel Messi no Barcelona, clube convidado para a inauguração e derrotado por 2–0, com golos de Derlei e Hugo Almeida. Já no ano anterior, havia sido inaugurado outro complexo, a 5 de agosto de 2002: o Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, destinado para os treinos da equipa e construído em Vila Nova de Gaia, composto por um miniestádio com capacidade para três mil pessoas, três campos de relva natural e um campo de relva sintética, entre outras instalações.
A primeira época de glória chegou na segunda época de José Mourinho, em 2002–03, com a conquista da primeira Taça UEFA do clube e de Portugal, tendo eliminado pelo caminho nomes ilustres como o Panathinaikos (perdendo a primeira mão por 1–0 em casa, e ganhando fora 2–0, nos quartos de final), a Società Sportiva Lazio (vitória por 4–1 em casa e 0–0 fora, nas meias-finais), e finalmente o Celtic, na final por 3–2, já no prolongamento. Para além disto, Mourinho ganhou também a Taça de Portugal, frente à "sua" União de Leiria, por 1–0, e o campeonato.
Apesar de ter conquistado três títulos, Mourinho atingiu apenas o apogeu da sua carreira no clube no ano seguinte, quando o FC Porto venceu o Mónaco na final da Liga dos Campeões por 3–0, com golos de Carlos Alberto, Deco e Alenichev. Entre as suas vítimas, destacaram-se o Manchester United, que perdeu fora por 2–1 e empatou em casa 1–1, com um golo de Costinha aos 90 minutos que garantiu a passagem aos oitavos de final; o Lyon, que perdeu no Dragão por 2–0 e empatou em casa 2–2; e o Deportivo da Corunha, que, apesar de ter empatado fora, perdeu em casa por 1–0, permitindo à equipa portuguesa passar para a final. Voltou a vencer a Supertaça diante do Leiria, nessa mesma época, e na época seguinte, sob o comando de Víctor Fernández, o FC Porto derrotou o Once Caldas nos penaltis para vencer a segunda Taça Intercontinental, a última disputada. A Supertaça Europeia voltou a escapar, perdendo pela segunda vez consecutiva diante do Valência.
Em 2008–09, o FC Porto sagrou-se tetracampeão nacional de futebol e ganhou a Taça de Portugal—sexta dobradinha da história—, por obra e graça de Jesualdo Ferreira (com a ajuda de Co Adriaanse, que venceu o campeonato em 2005–06). Os dragões atingiram ainda os quartos de final da Liga dos Campeões (depois de eliminarem o Atlético de Madrid nos oitavos), tendo sido eliminados graças a um golo de Cristiano Ronaldo na segunda mão, no Dragão, que valeu a passagem do Manchester United à fase seguinte, depois de ter empatado por 2–2 em casa dos red devils. Entretanto, com uma capacidade de 2 179 lugares, o Dragão Caixa, palco das modalidades de hóquei em patins, basquetebol e andebol, é inaugurado no dia 23 de abril de 2009, substituindo assim o antigo Pavilhão Américo de Sá.[
Depois da época de 2009–10, com apenas dois títulos e um terceiro lugar no campeonato, sob o comando do mesmo Jesualdo Ferreira, André Villas-Boas entra no comando técnico e vence brilhantemente quatro títulos em 2010–11. Um deles internacional, a nova Liga Europa, vencida na final ao Braga por 1–0, com um golo aos 44 minutos do melhor marcador da competição Radamel Falcao, naquela que foi a primeira final entre clubes portugueses numa prova europeia. Entre os adversário eliminados, destacam-se o Villarreal, que foi goleado na primeira mão das meias-finais por 5–1, antes de ter ganho 3–2 em casa na segunda mão; o Spartak de Moscovo, que foi goleado em ambas as mãos, na primeira por 5–1, em casa, e na segunda por 5–2, fora; o CSKA de Moscovo nos oitavos de final e o Sevilha nos dezasseis avos de final. Para além do campeonato (invicto, com 21 pontos de avanço sobre o segundo classificado, o Benfica), da Taça de Portugal (6–2 ao Guimarães na final) e da Supertaça (2–0 ao Benfica), o FC Porto ainda passou a ser a equipa com mais títulos no futebol, com 69 títulos, ultrapassada ao Benfica que tinha na altura 68. Ainda nessa época, os juniores de futebol conquistaram pela primeira vez um título oficial de dimensão internacional para os escalões de formação do clube: o Blue Stars/FIFA Youth Cup. Duas épocas depois, em 2012–13, o FC Porto volta a ser campeão invicto, desta vez sob o comando de Vítor
Recintos
Do Campo do Prado ao Estádio do Dragão
O primeiro campo utilizado pelo FC Porto para a modalidade do futebol foi o Campo do Prado, em Matosinhos, onde iniciou os seus primeiros treinos no inicío de outubro de 1893. Mais tarde em 1906, é alugado à Companhia Hortícola Portuense o Campo da Rua da Rainha, que fora entretanto um terreno não cultivado. Era um pequeno campo de trinta por cinquenta metros, o primeiro relvado de Portugal. No mesmo ano foram transferidos os viveiros de plantas para outro local, permitindo ao clube criar um campo com as medidas oficiais, rodeado de bancos para 600 pessoas e ainda uma pista de atletismo, balneários e um bar. O aluguer anual era de 20.
Para além de tanta assistência que a equipa trazia ao recinto, no final de 1911, o FC Porto foi informado da gradual desocupação do Campo da Rainha para a construção de uma fábrica, que iria ser construído no relvado. Portanto em julho de 1912, uma assembleia geral aprova um novo terreno, o Campo da Constituição, na Rua da Constituição, alugado por 350 escudos anuais e também subalugado por outras três equipas. Para comemorar a nova casa, os ingleses do Oporto Cricket Lawn-Tennis Club organizaram uma partida, do qual saíram vencedores por 5–2. Em agosto do mesmo ano, juntamente com o Leixões, o FC Porto cria a Associação de Futebol do Porto, tendo começado na época seguinte o Campeonato do Porto. Na primeira edição da prova, acabou em segundo lugar, ficando atrás do Boavista, tendo ganho na seguinte temporada, numa competição em que viria a ganhar 30 edições, 21 delas consecutivas, entre 1915 e 1947. A outra modalidade do clube, pesos e halteres, destacar-se-ia na seguinte época de 1915–16, com o duplo campeonato nacional alcançado por Carlos Oliveira. A época posterior foi também de grande interesse, devido à inauguração do campo de ténis, substituindo o rinque de patinagem, que serviu para mostrar os troféus e taças conquistados pelo clube. O FC Porto, no entanto, em 1917–18, perde o título para o Salgueiros depois de três temporadas consecutivas a vencê-la, sendo que os motivos prenderam-se no facto de mais de metade dos jogadores estarem a lutar na I Guerra Mundial. Morreu um jogador, Vidal Pinheiro. Na temporada 1920–21, o clube tenta a compra do Campo Nova Sintra, mas desiste da ideia devido ao alto valor do terreno, que custaria 800 contos, continuando o Campo da Constituição como casa do clube.
Mais tarde, para mostrar as taças conquistadas do clube, o FC Porto inaugura o campo de ténis em 1917, substituindo assim o antigo rinque de patinagem. Em 1920, o clube adquire o Campo da Constituição, na sequência do arrendamento por dez anos (400 escudos nos primeiros cinco anos e 450 nos restantes cinco). A comemoração foi feita através de um torneio amigável triangular, do qual saiu vencedor. Na temporada 1920–21, o clube tenta a compra do Campo Nova Sintra, mas desiste da ideia devido ao alto valor do terreno, continuando o Campo da Constituição como casa do clube. Na época 1928–29 é renovado o contrato de arrendamento do Campo da Constituição, com uma renda anual de 12 mil escudos, pagos em duas prestações de 6 mil escudos. Em 1938–39, o campo aumenta a lotação para 20 mil pessoas, o que implicou num aumento das receitas de bilheteira. O atual campo começou a ficar pequeno, por isso em 1933 foi proposta numa assembleia geral a aquisição de novos terrenos para um novo estádio, o Estádio das Antas. Enquanto a nova casa não estava disponível, o FC Porto jogava de vez em quando noutros campos emprestados, como o Estádio do Lima ou o Campo do Ameal.
A primeira pedra foi lançada a dezembro de 1949, mas a obra só começou um mês depois. José Bacelar, sócio número um do clube, pagou o salário do primeiro dia de trabalho a todos os operários. A inauguração acontece finalmente no dia 28 de maio de 1952, oficialmente denominado como "Estádio do Futebol Clube do Porto", onde esteve presente o general Craveiro Lopes, então presidente da República Portuguesa. O Benfica foi a equipa convidada para a inauguração, e com toda a frieza, o clube de Lisboa goleou o FC Porto por 8–2. Em 1962–63 é inaugurada o sistema elétrico das Antas.
Ao longo do século o recinto foi ficando maior, devido à inclusão do Pavilhão Américo de Sá, para as modalidade de basquetebol, andebol e hóquei em patins, da piscina coberta, três campos relvados de treino, a Loja Azul, o Bingo, a Sala-Museu e a Torre das Antas. Além disso, sofreu um rebaixamento que permitiu aumentar a lotação para noventa mil lugares em 1986, o que levou a ser um dos estádios eleitos para o Mundial de juniores de 1991. Mas ainda antes, em 1973, o recinto foi palco de um triste falecimento de um jogador portista, Pavão, caído no relvado num jogo do campeonato devido a um ataque cardíaco.
A 9 de março de 1994, o estádio foi penhorado pelo ministro das finanças, Eduardo Catroga, devido a uma dívida fiscal de cerca de 200 mil contos. O estádio começou por ser demolido em 1 de abril de 2004 e acabou em 28 de junho de 2004, sendo substituído pelo atual Estádio do Dragão.
Inaugurado no dia 16 de novembro de 2003, o atual estádio do clube só começou a ser jogado em 2004 devido a problemas relacionados com a relva. A construção do estádio custou 98 milhões de euros, e tem uma capacidade para cerca de 50 mil espetadores. O amigável da inauguração resultou numa vitória de 2–0 contra o Barcelona, onde também se estreou Lionel Messi, então com dezasseis anos. O estádio também foi utilizado para o Euro 2004 e recebeu o jogo de abertura do Euro, em que Portugal perdeu 2–1 com a Grécia. O Dragão tem recebido entretanto várias distinções, entre elas a certificação GreenLight, entregue em 2004 pela Comissão Europeia, e a certificação "Sistema de Gestão Ambiental", entregue em 2007 pela Associação Portuguesa de Certificação. As instalações do recinto também mereceram o certificado de "Sistema de Gestão de Qualidade".
Outros recintos e infraestruturas
O FC Porto, para além destes recintos, possui também o Dragão Caixa: o pavilhão para as modalidades de hóquei em patins, basquetebol e andebol, inaugurado no dia 23 de abril de 2009 com uma capacidade para 2 179 espetadores; e um centro de treinos alugado para a modalidade de futebol, de nome Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, inaugurado em 5 de agosto de 2002 em Vila Nova de Gaia e cedido pela Câmara Municipal de Gaia por um período de 50 anos. Para além destes centros desportivos, o clube possui também um museu: o chamado Museu do FC Porto by BMG, inaugurado no dia 28 de setembro de 2013. Contudo, o museu só abriu oficialmente ao público no dia 26 de outubro do mesmo ano.