Vitória frente à Oliveirense (84-74) e liderança segura

Foi uma partida bem disputada aquela a que se assistiu no Dragão Caixa, com índices de agressividade, em especial do lado forasteiro, a roçarem os limites: que o diga Elvis Évora, que sensivelmente ao terceiro minuto escapou incólume a uma expulsão após um lance com Pedro Bastos.

Casos à parte, e falando no verdadeiro basquetebol, foram os portistas que mandaram nos instantes iniciais, cavando um parcial de 7-2 nos tais três minutos de jogo. Uma defesa agressiva, assente numa grande pressão, foi a chave para a boa entrada dos azuis e brancos, que tiveram em Nick Washburn o homem dos pontos – marcou 12 dos primeiros 15 da equipa e foi o principal responsável pela vantagem no final do primeiro quarto (19-17).

O segundo período trouxe um jogo menos pensado de parte a parte e a grande beneficiada foi a equipa da Oliveirense, que aproveitou para fazer um parcial de 7-0 e assumir o comando da partida após 15 minutos de jogo. Mas menos de um minuto foi o que durou essa única vantagem, já que os Dragões reassumiram a liderança bem perto do intervalo, para chegar ao descanso com 33-32 favorável.

A melhor versão do FC Porto apareceu após o reatamento e com ela a maior vantagem na partida. Três triplos consecutivos, bem como um acerto assinalável na defesa, ajudaram a cavar uma vantagem de 19 pontos com pouco mais de três minutos para jogar no terceiro período, que terminou com um parcial de 32-19. Esteve aqui a chave da vitória dos campeões nacionais, que chegaram com vantagem de 14 pontos aos derradeiros 10 minutos.

Embora a qualidade de Oliveirense não aconselhasse a descompressão, o quarto período acabou por ser um exigente teste de gestão do marcador para os jogadores de Moncho López. Tiveram o mérito de nunca se desligarem da partida, apesar da confortável vantagem, e foram premiados com um triunfo (84-74) difícil, mas saboroso, que deixa a liderança segura por dois pontos.

No final da partida, o treinador Moncho López destacou o bom jogo dos seus jogadores, elogiando a capacidade de controlo emocional e de trabalho para ganharem uma partida muito difícil: “Jogámos bem dentro e fora, quer os grandes, a contruírem o espaço, quer os pequenos, que na segunda parte tiveram uma melhor percentagem de lançamento. Defensivamente estivemos bem, talvez a única lacuna foi a recuperação defensiva, que nos fez sofrer alguns pontos de contra-ataque”, disse.