Vítor Bruno, técnico do FC Porto, dirigiu-se à Sport TV após a vitória por 2-1 contra o SC Braga. Entre os elogios à sua equipa e os apelos aos adeptos, o treinador admitiu o sofrimento no final e comentou que a pausa na competição chega em boa altura.
Assobios em alguns momentos: «Tudo se baseia numa lógica de reciprocidade. É fundamental que haja uma união. Compreendo a impaciência dos adeptos, é algo normal, eu também sinto o mesmo. 50 mil pessoas impõem uma grande pressão sobre os jogadores. Por vezes, é necessário uma palavra de incentivo, confortar os jogadores, e entender o que o jogo exige. O plantel é jovem, apresenta alguma imaturidade e o espaço para errar é limitado. Na quinta-feira, fui para casa com uma grande dor de alma; hoje, saio contente porque os jogadores merecem esta vitória.»
Reflexão sobre o jogo: «Foi uma partida com um elevado grau de dificuldade. Deveríamos ter decidido o jogo na primeira parte, com quatro ou cinco oportunidades para marcar. O resultado é escasso ao intervalo e o SC Braga iguala com o primeiro remate na segunda parte. É verdade que já tinham criado um lance perigoso no primeiro tempo. Tivemos uma resposta forte e, nos últimos 20 minutos, foi uma questão de defender o que construímos. Também não aprecio que a equipa se fixe em cima da baliza, mas há momentos que exigem isso. Não existem equipas vencedoras que não se unam em momentos difíceis. Os jogadores mostraram um bom desempenho, mesmo os que entraram durante a partida. Sofremos no final, embora não tenhamos visto o adversário a ter muitas oportunidades.»
Onze repetido: «As mensagens que transmito são de fácil compreensão. Não é simples garantir estabilidade a uma equipa nova. Realizámos seis jogos seguidos com a mesma linha defensiva. Recebemos o Nehuen e o Moura, jogadores novos, e eles precisavam de passar por esta experiência. A equipa precisa de descansar, fazer uma pausa e preparar-se para o que vem a seguir. Há muito por conquistar. Era importante encerrar este ciclo com uma vitória, ao contrário do que aconteceu anteriormente, quando perdemos em Alvalade.»
Diálogos com Fábio Vieira: «Ele era o jogador que estava mais próximo e foi o canal para transmitir a mensagem aos outros.»
Influência do apanha-bolas no 2-1: «São jovens inteligentes e capazes, e ele receberá o reconhecimento que merece.»
