Na antevisão do encontro em Famalicão, Vítor Bruno caracterizou-o como uma “oportunidade” para que o F. C. Porto conquistasse três pontos, sem se preocupar em demasia com o campeonato, mesmo ciente de que os dragões têm a possibilidade de igualar o Sporting na liderança, após a derrota do emblema leonino em Moreira de Cónnegos.
“Não assisti a esse jogo, não sei o que ocorreu. É algo que nos diz que um rival direto perdeu pontos, mas não nos orienta. Esta semana focámo-nos em nós, para potenciar o que fizemos contra o Casa Pia. Aspiramos a ter uma mentalidade vencedora e triunfar em Famalicão, para continuarmos a alcançar o nosso objetivo, que é o campeonato”, afirmou o técnico do Porto.
“Todo o cuidado é pouco. Já havia mencionado que o campeonato não se decide nos confrontos entre os grandes. Queremos dar continuidade ao ciclo de vitórias que iniciámos na jornada anterior e é crucial triunfar neste jogo, considerando o cenário de elevada exigência que pretendemos cultivar internamente. É uma oportunidade para somar pontos e para nos aproximarmos do topo”, acrescentou, sem se querer alongar sobre a eventual crise que já se vive no Sporting.
“São ciclos que as equipas atravessam. Já nos aconteceu, agora é a vez de um rival direto. É futebol e temos de estar prontos para isso. Nos quatro jogos que não vencemos [antes do Casa Pia], apenas perdemos de forma clara frente ao Benfica. Não é necessário ter meias palavras. Com todo o respeito, o Moreirense não fez muito para nos vencer. Em Itália, com a Lazio, o resultado é completamente injusto. Na Bélgica, parece que temos o jogo na mão e deixámo-lo escorregar”, referiu Vítor Bruno, sem querer definir qualquer objetivo até ao final do ano civil, ao contrário do que já fez Bruno Lage, que desafiou os jogadores do Benfica a vencer todos os jogos que restam em 2024.
“Só tenho um desafio, que é vencer amanhã. A equipa tem demonstrado sinais positivos. Famalicão é um terreno tradicionalmente difícil, mesmo que tenhamos obtido um bom resultado lá na época passada [vitória do F. C. Porto por 3-0]. Não jogamos sozinhos e haverá sempre momentos nos jogos em que teremos de nos adaptar”.
Questionado sobre o regresso às opções de Alan Varela, que cumpriu suspensão no jogo anterior, e sobre o facto de isso poder ser uma dor de cabeça, uma vez que poderia significar a saída de jogadores que se destacaram contra o Casa Pia, como Eustaquio ou Fábio Vieira, o treinador do F. C. Porto mostrou-se sereno. “Ter o Varela em campo nunca será um problema, mas sim uma solução que nos traz conforto. A equipa que vai entrar em campo é uma questão estratégica, que não pretendo revelar aqui”.
Relativamente ao Mundial de Clubes, cujo sorteio colocou o F. C. Porto no mesmo grupo que o Palmeiras, Al Ahly e Inter Miami, Vítor Bruno afirmou que ainda não está a focar-se na competição. “É um cenário que, de todo, não me preocupa neste momento. Falta mais de meio ano. Vamos ver em que condições as equipas e, sobretudo, os jogadores, chegarão lá. São eles que correm e jogam. Vamos ver também se o Mundial será encarado com a coragem que uma competição desta natureza exige”, afirmou.
“Sorteio? São três equipas de continentes diferentes. É claro que há jogadores que apenas pelo nome já trazem a vontade de defrontar, mas a minha preocupação é que tipo de Messis estarão amanhã do outro lado em Famalicão. Gil Dias, Aranda, Rochinha, Gustavo Sá… É isso que me preocupa”, concluiu.